Em cerimônia oficial comemorando o Dia Mundial dos Fertilizantes, o Mapa lidera nova assembleia para criar estrutura que alavanca autonomia tecnológica e integra tecnologias de nutrição de plantas sustentável no país
O Dia Mundial dos Fertilizantes é momento simbólico e estratégico para a agricultura brasileira, segundo uma matéria publicada.
Na data escolhida (13 de outubro), o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) participou da Assembleia de Constituição que estruturou o Centro de Excelência em Fertilizantes e Nutrição de Plantas (CEFENP).
A iniciativa emerge como instrumento central para reduzir a vulnerabilidade do país diante da importação de recursos essenciais.
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Embora o Brasil responda por cerca de 85 % dos fertilizantes usados serem importados, o novo centro pretende acelerar avanço tecnológico adaptado ao regime tropical. As ações futuras devem envolver governo, mercado e universidades.
Centro de fertilizantes no Brasil estimula inovação local
A criação do CEFENP coloca em curso um esforço para solidificar um centro de fertilizantes no Brasil com identidade institucional e foco em pesquisa aplicada.
A assembleia realizada na úlitma segunda-feira (13) comemorou o Dia Mundial dos Fertilizantes e oficializou o compromisso com redução da dependência de fertilizantes importados e investiu na governança desse novo organismo.
A aliança firmada entre Mapa, Embrapa e demais instituições reflete esse propósito. O centro buscará desenvolver formulações adaptadas, sob medida para solos ácidos ou tropicais, diferentemente de soluções concebidas para climas temperados.
Redução da dependência de fertilizantes importados é meta central
A crescente oscilação dos preços internacionais e tensões geopolíticas evidenciam o risco de depender de fontes externas.
Nesse contexto, o plano de redução da dependência de fertilizantes importados assume papel fundante.
Na assembleia, que lembrou o Dia Mundial dos Fertilizantes, o Mapa conduziu o processo técnico junto ao Conselho Nacional de Fertilizantes e Nutrição de Plantas (CONFERT), com assistência de universidades e setor privado.
Institutos como CETEM e SGB se comprometeram a colaborar em avaliações químicas e mineralógicas que suportem produção nacional competitiva.
Dia Mundial dos Fertilizantes: Tecnologias de nutrição de plantas sustentável como diferencial
O CEFENP deverá apoiar o desenvolvimento de tecnologias de nutrição de plantas sustentável de baixo carbono, que maximizem a eficiência dos insumos e reduzam impactos ambientais.
A meta é não somente substituir importações, mas produzir inovações que tornem a agricultura mais resiliente.
As parcerias incluem a IFDC, a UNIDO e o DEFRA, além de universidades como UFV, UFMT e UFRJ. A meta inicial prevê que, em 2025, parte das pesquisas já estejam maduras para apresentação durante a COP 30, em Belém.
Autonomia tecnológica para agricultura tropical e fortalecimento institucional
A expressão autonomia tecnológica para agricultura tropical traduz a razão de ser do novo centro. Mais de 90 % das tecnologias aplicadas hoje resultam de modelos adaptados a climas distintos, o que reduz a eficiência no Brasil.
O CEFENP atuará como ponte institucional entre academia, setor industrial e governo federal, alinhado ao Plano Nacional de Fertilizantes 2025.
Essa articulação permitirá que pesquisas regionais se convertam em produtos escaláveis, com suporte local e estratégico.
A iniciativa foi estruturada para estar diretamente conectada ao Plano Nacional de Fertilizantes 2025, fornecendo respaldo técnico e institucional às metas da política pública setorial.
O Mapa lidera a coordenação, com participação de entidades estaduais como Pesagro/RJ e INEA, além de universidades e empresas como Petrobras.
Durante o evento, que comemorou o Dia Mundial dos Fertilizantes, foi entregue o Prêmio Embaixadores da Soberania Alimentar 2025 ao CONFERT e aos parceiros no governo federal. A assembleia institucionalizou a coalizão setorial mais abrangente vista no Brasil nesse nicho.
No episódio de assembleia realizado no Dia Mundial dos Fertilizantes (13 de outubro), esse passo estratégico inaugura uma trajetória promissora rumo à autossuficiência e inovação sustentável no segmento agroquímico no Brasil.