Tesouro viking com moedas, prata e pingente misterioso é descoberto na Alemanha e pode revelar sinais da chegada do cristianismo à região
Um impressionante conjunto de objetos da Era Viking foi encontrado no norte da Alemanha. A descoberta ocorreu próximo a Haithabu, uma antiga cidade portuária que foi um dos centros comerciais mais importantes da época.
O responsável pelo achado foi Arjen Spießwinkel, voluntário de um grupo de detectores de metais em Schleswig-Holstein.
O tesouro inclui cerca de 200 artefatos, entre eles moedas árabes, lingotes de prata, fragmentos de prata usados como moeda — conhecidos como hacksilver —, e um pingente misterioso. A peça central da descoberta pode representar tanto uma cruz cristã quanto um martelo de Thor inacabado.
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Sinal de mudança religiosa
O pingente gerou debates entre os pesquisadores. Caso represente uma cruz, o objeto pode ser um dos primeiros sinais da cristianização da região.
Birte Anspach, porta-voz do Escritório Arqueológico do Estado de Schleswig-Holstein, explicou ao portal Live Science que o cristianismo começou a se espalhar em Haithabu no século 9, após a visita de St. Ansgar à área.
Apesar disso, a forma de uso do pingente levanta dúvidas. O ilhó para pendurar fica em uma extremidade longa, o que faz com que o objeto fique de cabeça para baixo quando usado.
Isso pode indicar que não se trata de uma cruz, mas sim de um martelo de Thor, símbolo da mitologia nórdica. Se for esse o caso, a peça pode representar a resistência cultural e religiosa dos povos vikings ao cristianismo.
Indícios de assentamento
Além do pingente, os arqueólogos também localizaram um fragmento de cerâmica e uma pedra de amolar. Esses objetos indicam a possibilidade de um assentamento antigo até então desconhecido na região. A descoberta foi feita nas proximidades do Schlei, braço do Mar Báltico que banha Haithabu.
As autoridades agora investigam se o conjunto foi enterrado intencionalmente ou se fazia parte de um vilarejo viking perdido. A descoberta ajuda a entender o comércio, os rituais e as transformações culturais vividas na região há mais de mil anos.
Com informações de Aventuras na História.