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Desperdícios de milhões! Ponte concluída há dois anos NUNCA recebeu tráfego

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 28/01/2025 às 10:49
Ponte da Integração: dois anos após sua conclusão, a grandiosa estrutura entre Brasil e Paraguai segue sem uso, aguardando obras complementares.
Ponte da Integração: dois anos após sua conclusão, a grandiosa estrutura entre Brasil e Paraguai segue sem uso, aguardando obras complementares.

Inaugurada há dois anos, a imponente ponte permanece inutilizada. Atrasos nas obras de acesso e burocracias impedem sua operação, frustrando expectativas e causando prejuízos econômicos incalculáveis. Será que finalmente veremos essa promessa sair do papel em 2025?

Em meio à paisagem exuberante que separa Brasil e Paraguai, ergue-se uma obra monumental que deveria representar um marco para o desenvolvimento da região trinacional.

A Ponte da Integração, concluída em 2022, permanece inutilizada, aguardando a finalização de obras de acesso e instalações alfandegárias.

Enquanto isso, a promessa de desafogar o tráfego da Ponte da Amizade e impulsionar a economia local segue apenas no papel. O que impede essa estrutura de cumprir sua função e transformar a dinâmica entre os dois países?

Dois anos após sua conclusão, a Ponte da Integração continua fechada para o tráfego, frustrando as expectativas de moradores, comerciantes e autoridades da região.

De acordo com o Ministério dos Transportes, a previsão mais recente é de que a ponte comece a operar em dezembro de 2025.

No entanto, para que isso aconteça, obras complementares essenciais, como a Perimetral Leste no lado brasileiro e o Corredor Metropolitano del Este no lado paraguaio, precisam ser concluídas.

Essa dependência de obras adicionais tem gerado descrença em relação ao cumprimento dos prazos prometidos.

A região trinacional, composta por Brasil, Paraguai e Argentina, há décadas sofre com o fluxo intenso de veículos na Ponte Internacional da Amizade, inaugurada em 1965.

Essa estrutura conecta Foz do Iguaçu, no Brasil, à Ciudad del Este, no Paraguai, e é fundamental para o comércio e o turismo entre os dois países.

No entanto, o volume de tráfego há muito supera sua capacidade, resultando em congestionamentos diários que podem ultrapassar três horas de espera.

A Ponte da Integração foi projetada para aliviar esse cenário, mas sua inauguração depende de ações que parecem estar sempre atrasadas.

No lado brasileiro, a Perimetral Leste é a principal obra de acesso à nova ponte.

Essa rodovia, com extensão de 14,7 km, também dará acesso à Ponte Tancredo Neves, que conecta Foz do Iguaçu à Argentina.

Segundo o Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR), até dezembro de 2024, a obra atingiu 52,95% de execução.

Com um traçado que inclui viadutos e interseções estratégicas, a Perimetral é considerada vital para viabilizar a operação da Ponte da Integração.

O governo do Paraná estima que a rodovia será concluída até o final de 2025, mas o histórico de atrasos gera desconfiança.

No Paraguai, as obras de acesso incluem o Corredor Metropolitano del Este, que formará um anel viário com mais de 30 km de extensão, conectando diversas rodovias estratégicas ao lado paraguaio da ponte.

O governo paraguaio prevê que os trabalhos sejam entregues gradualmente ao longo de 2025, embora alguns trechos possam se estender até 2026.

O atraso na conclusão dessas obras impede que a Ponte da Integração seja plenamente utilizada, prolongando os prejuízos econômicos e sociais para a região.

Além das obras de acesso, outro fator que impede o funcionamento da Ponte da Integração é a falta de instalações alfandegárias.

Essas estruturas são fundamentais para realizar o controle de mercadorias e veículos que cruzam a fronteira.

De acordo com a Itaipu Binacional, responsável pelo financiamento da ponte e de parte das obras complementares, os recursos necessários para a construção das alfândegas estão assegurados.

No entanto, a execução depende de uma articulação complexa entre diferentes órgãos governamentais, o que tem atrasado o andamento do projeto.

O impacto econômico do atraso na ativação da Ponte da Integração é significativo.

Roni Temp, presidente do Conselho de Desenvolvimento da Região Trinacional (Codetri), destacou que a demora afeta diretamente o comércio regional e internacional, além de prejudicar a qualidade de vida dos moradores locais.

Segundo ele, os engarrafamentos na Ponte da Amizade geram custos adicionais para transportadores e comerciantes, que poderiam ser minimizados com a operação da nova ponte.

A Ponte da Integração é vista como uma oportunidade para transformar a logística e a economia da região trinacional.

Com capacidade para receber o tráfego de veículos de carga, ela permitirá que a Ponte da Amizade seja utilizada principalmente para o fluxo de veículos leves e pedestres, melhorando a mobilidade urbana e o comércio local.

Além disso, a nova ponte deve facilitar o transporte de mercadorias entre os países, reduzindo os custos e os tempos de espera nas fronteiras.

Apesar dos desafios, há avanços a serem comemorados.

Desde sua conclusão, a Ponte da Integração tornou-se um símbolo de integração regional, atraindo atenção para a necessidade de melhorar a infraestrutura e a logística na fronteira entre Brasil e Paraguai.

Com a promessa de entrega das obras complementares até o final de 2025, moradores e empresários da região mantêm a esperança de que essa estrutura finalmente cumpra seu propósito.

Entretanto, o ceticismo é inevitável. O histórico de atrasos e a complexidade das obras envolvidas tornam difícil confiar plenamente nos prazos estabelecidos.

Enquanto isso, a Ponte da Integração segue como um monumento à espera de um futuro que parece sempre distante.

Será que a promessa de integração regional se tornará realidade, ou a região trinacional continuará enfrentando os desafios de um tráfego cada vez mais intenso e desorganizado?

E você, acredita que a Ponte da Integração será finalmente inaugurada em 2025, ou novos obstáculos irão adiar novamente esse projeto? Deixe sua opinião nos comentários!

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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