Mercado imobiliário em São Paulo enfrenta uma escassez crescente de mão de obra qualificada, impactando o ritmo das obras e obrigando construtoras a investirem em capacitação e parcerias para preencher vagas essenciais.
A construção civil no Brasil, especialmente em São Paulo, enfrenta uma situação paradoxal: ao mesmo tempo em que milhares buscam colocação no mercado, construtoras de grande porte relatam uma intensa falta de mão de obra qualificada, principalmente para funções técnicas.
Esse cenário foi detalhado por Adalberto Bueno Netto, à frente da construtora Bueno Netto, durante entrevista concedida ao jornal Folha de S. Paulo.
Segundo Bueno Netto, hoje a falta de profissionais é o principal gargalo do setor.
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“O Brasil está com desemprego zero para quem quer trabalhar. Tem muitas oportunidades, os salários subiram muito na construção civil. Quem quer trabalhar, trabalha”, afirmou o empresário ao jornal, ressaltando a dificuldade crescente de preencher vagas em grandes canteiros de obras.
Falta de mão de obra qualificada prejudica setor da construção
A escassez de trabalhadores especializados — como carpinteiros, pintores, azulejistas e pedreiros — tem sido recorrente em empresas de todos os portes.
Dados recentes da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) apontam que, apenas no último ano, foram criados mais de 150 mil novos postos de trabalho no segmento.
Mesmo assim, diversas vagas permanecem abertas por falta de profissionais capacitados, realidade que, segundo Bueno Netto, já afeta prazos e custos dos empreendimentos.
Para minimizar o déficit de mão de obra, a Bueno Netto firmou parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e lançou cursos profissionalizantes voltados a moradores de Paraisópolis, uma das maiores comunidades de São Paulo.
O objetivo é não só suprir a carência de profissionais, mas também oferecer inclusão produtiva e social, promovendo a qualificação de novos trabalhadores diretamente no entorno dos projetos.
Investimento em formação é alternativa para preencher vagas
No ambicioso projeto Parque Global, conduzido pela Bueno Netto nas margens da Marginal Pinheiros, o impacto da falta de mão de obra se tornou um desafio cotidiano.
Com cinco torres residenciais, hospital, centro de inovação, shopping e espaços comerciais em construção, o empreendimento depende do recrutamento e treinamento constantes de trabalhadores qualificados.
O empresário contou à Folha que cursos mensais para funções como carpintaria e pintura já são realizados, e que novas frentes para a formação de azulejistas, inclusive para mulheres, estão em expansão.
Além disso, o Instituto Bueno Netto foi criado para atuar como núcleo permanente de capacitação, tanto para funcionários da construtora quanto para moradores da região.
Esse movimento reflete uma tendência crescente no setor: empresas investem cada vez mais em formação interna diante da dificuldade de encontrar profissionais prontos no mercado.
Construção civil vive cenário de desemprego zero para mão de obra
Em contraste com outros setores, a construção civil mantém o ritmo de contratações acima da média nacional.
Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego geral no Brasil atingiu o menor patamar desde 2015, chegando a 7,1% no segundo trimestre de 2025.
No entanto, o segmento da construção oferece ainda mais oportunidades, e quem deseja ingressar nesse mercado encontra uma oferta constante de vagas.
A valorização dos salários e o aumento dos investimentos em grandes projetos imobiliários, como o Parque Global, reforçam o cenário de “desemprego zero” para trabalhadores dispostos a se qualificar.
Ainda assim, a resistência dos jovens a carreiras tradicionais e a falta de formação técnica dificultam a ocupação total das vagas disponíveis.
Capacitação é vista como caminho para avanço do setor
Lideranças do setor imobiliário e especialistas apontam que a solução para a falta de mão de obra passa necessariamente pelo investimento contínuo em educação técnica e valorização das carreiras.
Escolas próprias, parcerias com entidades de ensino e inclusão de novas frentes de capacitação têm sido estratégias adotadas para manter o avanço de obras e evitar atrasos ou custos adicionais.
A reportagem original publicada pela Folha de S. Paulo destaca que a escassez de trabalhadores já se reflete em debates entre empresários, sindicatos e órgãos públicos, tornando-se pauta prioritária para o futuro da construção civil no Brasil.
Segundo Bueno Netto, a qualificação e inovação são fundamentais para garantir o sucesso dos grandes projetos urbanos e evitar gargalos de produção.
Diante desse cenário, a dúvida que permanece é: o que precisa ser feito para atrair e preparar novos profissionais, garantindo o desenvolvimento sustentável da construção civil diante do atual contexto de falta de mão de obra?
Salários baixos e muito desconto em folha…trabalhar para o patrão e governo ao mesmo tempo. Isso não é animador pra ninguém. Imposto de renda, INSS, sindicato etc.
Faltam mão de obra porque esse governo tira de quem trabalha e dar aos “pobrezinhos coidados” aumentando o celeiro de **** no País, trabalhar pra que se é só passar o cartão no caixa do banco e o dinheiro vai está la; até Bolivianos, Peruanos, Chilenos, Paraguaios, Uruguaios, Argentinos, Africanos, e muitos mais recebem auxilios desse Desgoverno, enquanto isso o País afundando e correndo a passos largos para uma Guerra, esse é o Desgoverno Brasil de Braços e Pernas arreganhados para tudo que não Presta.
Lula aquecendo a economia e desemprego super baixo