Com mais de quatro séculos de história, a Fazenda Concórdia, em Itu, atravessou o ciclo do café, a escravidão e a chegada da tecnologia agrícola — e hoje mantém viva a memória rural paulista.
Pisar em certas fazendas do interior de São Paulo é como viajar no tempo. Essas propriedades atravessaram séculos, guardando marcas da era de ouro do café, da escravidão e do início da mecanização agrícola.
Hoje, muitas abrem suas porteiras a visitantes que desejam reviver o passado e conhecer de perto a formação histórica do estado.
Fazenda Concórdia: 400 anos de história preservada
Localizada em Itu, a Fazenda Concórdia é uma das mais antigas do Brasil. Documentos indicam que já existia em 1595, o que a torna uma verdadeira relíquia da história nacional.
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Durante as expedições dos bandeirantes que partiam de São Paulo de Piratininga rumo ao interior, a fazenda servia como ponto estratégico.
Ali também ocorreram episódios ligados à captura de indígenas e ao uso de mão de obra escravizada. Seus campos já abrigaram plantações de cana-de-açúcar, café e pastagens. A sede, construída em taipa de pilão, ainda se mantém firme após centenas de anos.
Nas paredes do salão principal há vestígios do telhado original e das telhas moldadas nas coxas das escravas. As antigas senzalas permanecem no local como testemunho daquele período.
Com a chegada dos imigrantes italianos, a fazenda ganhou equipamentos modernos para a época, como moinhos, esteiras e uma turbina que gerava eletricidade. Eles também pavimentaram o terreiro de café com tijolos, facilitando a secagem dos grãos.
Hoje, a Concórdia vive do turismo histórico e gastronômico. Os visitantes podem degustar o almoço típico e o café Rasma, colhido e produzido no próprio cafezal da propriedade — uma experiência que une sabor e memória.
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