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Descubra como carreira offshore influencia o mercado

Escrito por Adalberto Schwartz
Publicado em 03/07/2025 às 12:00
Plataforma offshore com navio de apoio no mar em dia ensolarado
Plataforma offshore com estrutura metálica amarela e navio de apoio durante operação no oceano
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Entenda como a carreira offshore impacta o mercado global, gera empregos e molda setores como petróleo, gás, logística e tecnologia de forma estratégica.

A carreira offshore, sem dúvida, desperta curiosidade e admiração em muitas pessoas.

Além disso, com salários atrativos, oportunidades internacionais e um cotidiano completamente diferente do trabalho em terra firme, ela representa mais do que um estilo de vida.

Movimenta bilhões de dólares todos os anos e, consequentemente, influencia diretamente o mercado global, especialmente nas áreas de petróleo e gás, logística, engenharia e tecnologia.

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Para compreender como a carreira offshore se tornou tão relevante, é preciso, antes de tudo, olhar para sua origem.

O termo “offshore”, em tradução literal, significa “fora da costa”.

No contexto profissional, ele se relaciona às atividades desenvolvidas no mar, geralmente em plataformas de extração de petróleo e gás natural.

Segundo a International Association of Oil & Gas Producers (IOGP), as primeiras operações comerciais de petróleo offshore começaram nos Estados Unidos em 1947.

Quando a Humble Oil perfurou o primeiro poço em águas rasas no Golfo do México. Conforme destaca o IOGP, essa pioneira exploração marcou o início da expansão da indústria offshore.

Posteriormente, conforme relata a Agência Internacional de Energia (IEA), durante as décadas de 1960 e 1970, o Mar do Norte tornou-se um importante polo de exploração, especialmente para países como Reino Unido e Noruega, ampliando a relevância econômica e tecnológica do setor.

Além disso, o desenvolvimento da tecnologia naval e das técnicas de engenharia possibilitou avanços significativos.

Segundo a American Petroleum Institute (API), essas inovações permitiram que as empresas alcançassem águas cada vez mais profundas e desafiadoras, com plataformas flutuantes, sondas móveis e sistemas de segurança aprimorados, ampliando as fronteiras do que antes parecia impossível.

A força da indústria offshore no Brasil

Infográfico em estilo digital sobre a força da indústria offshore no Brasil, com ilustração de uma plataforma de petróleo no mar e texto explicativo ao lado.

No Brasil, a exploração offshore ganhou força a partir da década de 1970 com a criação da Petrobras, conforme divulgado no site oficial da estatal. Fundada em 1953.

A Petrobras iniciou suas atividades offshore em 1968 e, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), consolidou sua liderança com a descoberta do pré-sal em 2007, considerada uma das maiores reservas de petróleo do mundo em águas ultraprofundas.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), essa descoberta transformou o Brasil em um dos principais players do mercado offshore global, aumentando a demanda por profissionais especializados e estimulando o desenvolvimento de tecnologias nacionais.

Além disso, a carreira offshore no Brasil vai muito além da engenharia de petróleo.

Conforme o IBP destaca, ela envolve uma cadeia complexa de profissionais, como operadores de sondagem, técnicos de manutenção, enfermeiros, cozinheiros, eletricistas, soldadores, geólogos e especialistas em segurança do trabalho.

Todos esses profissionais exercem funções essenciais para o funcionamento das operações marítimas.

Como a Petrobras e a ANP explicam, os trabalhadores geralmente ficam embarcados em turnos longos – por exemplo, 14 dias embarcados e 14 em terra – e cada equipe precisa atuar com precisão, disciplina e cooperação para garantir a segurança e eficiência das operações.

Mais ainda, a indústria offshore contribui para o desenvolvimento econômico das regiões onde atua.

Conforme relatório do IBP, muitas cidades litorâneas brasileiras transformaram-se em polos industriais e logísticos devido à proximidade das operações marítimas, impulsionando setores de serviços, infraestrutura e comércio local, o que gera empregos diretos e indiretos.

Salários atrativos e desafios pessoais

Infográfico digital ilustrando um trabalhador offshore com plataforma ao fundo e lista de vantagens e desafios da profissão.

Um dos atrativos mais mencionados na carreira offshore é o salário.

Segundo pesquisa realizada pelo Sindicato Nacional das Empresas de Perfuração e Montagem Offshore (SINDIPES), os rendimentos offshore costumam ser mais altos do que os de cargos equivalentes em terra, justamente devido aos riscos e à rotina intensa.

Contudo, o fator financeiro não é o único diferencial.

Conforme aponta o Manual de Saúde e Segurança da International Association of Oil & Gas Producers (IOGP), muitos profissionais buscam construir uma carreira sólida em empresas internacionais.

Adquirindo experiência multicultural e aprendendo a trabalhar sob condições extremas, o que valoriza bastante o currículo.

Entretanto, a rotina offshore traz desafios que não podem ser ignorados.

A ausência da família durante longos períodos, a convivência intensa com colegas de trabalho, o isolamento e as condições climáticas adversas exigem preparo emocional.

Por isso, empresas investem em programas de bem-estar, suporte psicológico e treinamentos comportamentais para garantir a saúde mental das equipes embarcadas, segundo a IOGP.

Além disso, o preparo físico é outro ponto importante.

O ambiente offshore exige boa saúde e resistência, já que o trabalho pode ser pesado e as condições climáticas imprevisíveis.

Por isso, muitos profissionais adotam uma alimentação balanceada e praticam atividades físicas para manter o corpo e a mente equilibrados durante os períodos embarcados.

Segurança e tecnologia como pilares da profissão

Infográfico ilustrando os pilares da segurança e tecnologia na indústria offshore, com destaque para regras rígidas, sistemas automatizados e sensores inteligentes.

A segurança é um pilar fundamental na indústria offshore.

Conforme as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e da International Association of Oil & Gas Producers (IOGP), cada colaborador deve seguir regras rígidas e participar de treinamentos obrigatórios.

O curso básico de segurança em plataformas (CBSP) é requisito para todos que desejam ingressar na área, reforçando o compromisso com a integridade física dos trabalhadores e a sustentabilidade ambiental das operações.

Nos últimos anos, o avanço tecnológico transformou significativamente a rotina offshore.

De acordo com o American Petroleum Institute (API), plataformas passaram a contar com sistemas automatizados, sensores inteligentes e monitoramento remoto, aumentando a eficiência e reduzindo riscos.

Essas inovações criaram demanda por novos perfis profissionais, como especialistas em TI, análise de dados e manutenção preditiva.

Assim, a digitalização das operações aproxima a carreira offshore de tendências globais, como a indústria 4.0 e a transição energética, segundo a Agência Internacional de Energia (IEA).

Além disso, as empresas investem em inovação para minimizar impactos ambientais.

Segundo o IBP, técnicas avançadas de monitoramento marinho e processos que reduzem emissões são cada vez mais comuns, reforçando o papel dos profissionais offshore na proteção do meio ambiente.

Impactos da carreira offshore no mercado

Infográfico mostrando os impactos da carreira offshore no mercado, com ícones representando transporte marítimo, aquecimento econômico e queda no preço do barril de petróleo.

A influência da carreira offshore no mercado é evidente.

Conforme relatório da ANP, quando as atividades marítimas se expandem, ocorre um efeito cascata em outros setores, beneficiando empresas de transporte marítimo, construção naval, fornecimento de equipamentos, alimentação e hotelaria.

Cidades portuárias e regiões próximas a polos industriais experimentam aquecimento econômico, geração de empregos e desenvolvimento de infraestrutura, conforme destaca o IBP.

Por outro lado, crises no setor, como a queda do preço do barril de petróleo ou acidentes ambientais, impactam negativamente toda a cadeia produtiva ligada à atividade offshore.

Um exemplo ocorreu em 2014, quando a desvalorização abrupta do petróleo levou empresas a cortarem custos e reduzirem contratações em diversas regiões do mundo, conforme a Agência Internacional de Energia (IEA).

Ademais, a pandemia de COVID-19 trouxe desafios à carreira offshore, exigindo rápidas adaptações em protocolos de segurança e operação.

Ainda assim, segundo a IOGP, o setor mostrou resiliência e capacidade de se reinventar, preservando empregos e retomando o ritmo com novas estratégias.

O futuro da profissão e suas oportunidades

Apesar dos altos e baixos naturais do setor, a carreira offshore mantém-se como uma alternativa profissional sólida e cheia de oportunidades.

Com o aumento da demanda global por energia e a busca por fontes mais limpas, há espaço tanto para profissionais das indústrias tradicionais quanto para aqueles voltados à inovação e à sustentabilidade.

Para quem deseja ingressar nesse mercado, o primeiro passo é buscar qualificação técnica e certificações exigidas para cada função.

Instituições especializadas oferecem cursos específicos, e as próprias empresas promovem treinamentos internos para aperfeiçoamento contínuo.

Além disso, ter um bom nível de inglês e estar disposto a trabalhar fora da zona de conforto tornam-se diferenciais importantes.

A longo prazo, a tendência indica que a carreira offshore se torne cada vez mais estratégica dentro do cenário energético mundial.

A globalização dos mercados, o crescimento da demanda por recursos naturais e a pressão por práticas sustentáveis colocam os profissionais offshore no centro de decisões.

Portanto, investir nessa trajetória é mais do que buscar um bom salário: é fazer parte de um setor que molda o presente e o futuro da economia mundial.

A carreira offshore, portanto, não se resume a um emprego isolado em alto-mar. Ela representa um elo vital entre o fundo do oceano e o topo da economia.

Com desafios singulares e oportunidades valiosas, ela influencia diretamente o mercado, as cidades costeiras, a formação de profissionais e os rumos da indústria energética.

Quem escolhe essa trajetória abraça um estilo de vida único, repleto de responsabilidades, mas também de conquistas.

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Adalberto Schwartz

Adalberto Schwartz é engenheiro de energia e analista técnico com mais de 20 anos de experiência no setor de petróleo, gás, energias renováveis e infraestrutura energética. Formado em Engenharia de Energia em 2003, com especialização em transição energética e exploração offshore, construiu uma carreira sólida atuando em projetos de usinas, plataformas e soluções de baixo carbono. Desde 2015, atua como comunicador técnico, produzindo conteúdos jornalísticos e análises aprofundadas sobre o cenário energético global. Seus textos unem racionalidade técnica, dados confiáveis e linguagem acessível, sendo referência para profissionais do setor, investidores e interessados em geopolítica da energia.

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