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Descubra como a infraestrutura no Brasil influencia o mercado

Escrito por Adalberto Schwartz
Publicado em 26/06/2025 às 12:00
Infraestrutura no Brasil com rodovia, ferrovia e porto ao fundo.
Vista panorâmica de uma rodovia e ferrovia paralelas, com porto industrial ao fundo, representando a infraestrutura brasileira.
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Entenda como a infraestrutura no Brasil impacta o crescimento econômico, a logística e o desempenho do mercado de forma direta e duradoura.

A infraestrutura no Brasil sustenta o crescimento econômico e o desenvolvimento social do país.

Embora, muitas vezes, só ganhe destaque em crises ou campanhas eleitorais, ela permeia quase todos os aspectos da vida cotidiana e, consequentemente, influencia diretamente o desempenho do mercado, tanto interno quanto externo.

Por meio dela, produtos e serviços chegam até os consumidores, indústrias funcionam e a economia se conecta com o mundo.

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Ao longo da história do Brasil, o desenvolvimento da infraestrutura enfrentou altos e baixos. De fato, sempre houve desafios ligados à extensão territorial, desigualdade regional e limitações financeiras.

No período colonial, que se estende do século XVI ao início do século XIX, o foco ficou na extração de riquezas naturais, principalmente ouro, açúcar e café.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os caminhos construídos nesse período serviam para escoar essas riquezas até os portos, o que contribuiu para o desenvolvimento econômico da colônia, mas não para a integração territorial e social.

Com o ciclo do café no século XIX, empresários privados, segundo registros do Museu da República, criaram as primeiras ferrovias para facilitar o transporte da produção até os portos, especialmente no Sudeste.

Essas ferrovias aumentaram significativamente a capacidade de escoamento agrícola, consolidando a economia exportadora.

Já no século XX, especialmente a partir da década de 1950, o governo federal, conforme dados do Ministério da Infraestrutura, intensificou a industrialização e urbanização, o que aumentou a demanda por transporte, energia e comunicação para sustentar o mercado interno em expansão.

A dependência do modal rodoviário e seus impactos

Infográfico com caminhão em estrada com destaque para os impactos do modal rodoviário no Brasil, incluindo custos elevados, desgaste das rodovias e emissão de gases poluentes.

Durante o governo de Juscelino Kubitschek, na década de 1950, a política conhecida como “cinquenta anos em cinco” priorizou a construção de rodovias.

De acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), essa decisão consolidou a dependência do transporte rodoviário no Brasil.

Fazendo com que hoje mais de 60% da carga seja transportada por estradas.

O Relatório Anual de Transportes do IBGE, de 2023, aponta que essa forte dependência resulta em custos elevados, desgaste das rodovias e vulnerabilidade a acidentes que impactam diretamente a logística e a competitividade das empresas.

Além disso, o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) alerta que o aumento da emissão de gases poluentes devido ao transporte rodoviário compromete o desenvolvimento sustentável, agravando problemas ambientais.

Embora o modal rodoviário ofereça flexibilidade, a falta de investimentos e manutenção deixa muitas estradas em condições precárias.

Elevando os custos operacionais e riscos, prejudicando a cadeia produtiva.

Portos e ferrovias: gargalos e oportunidades

Infográfico com ilustrações de um porto e uma ferrovia, destacando os gargalos logísticos e as oportunidades no transporte brasileiro.

Segundo a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), os portos brasileiros enfrentam desafios estruturais e burocráticos que geram filas e atrasos no embarque e desembarque.

O que aumenta os custos logísticos e prejudica a exportação de commodities, especialmente as agrícolas e minerais.

Já as ferrovias, embora eficientes, não possuem malha ferroviária suficientemente desenvolvida ou distribuída.

Conforme dados do Ministério da Infraestrutura de 2023, muitos trechos estão desativados ou mal conservados, limitando o escoamento interno.

O potencial das ferrovias, reconhecido em estudos da Confederação Nacional da Indústria (CNI), é grande, já que elas consomem menos energia e impactam menos o meio ambiente que o transporte rodoviário.

Portanto, políticas públicas e parcerias são fundamentais para ampliar a malha ferroviária e reduzir custos logísticos.

Energia e saneamento: infraestrutura básica ainda é desafio

 Infográfico dividido entre energia e saneamento, com ilustrações de uma usina hidrelétrica, torre de energia, caixa d’água e esgoto a céu aberto, destacando os desafios de infraestrutura no Brasil.

De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), apesar dos avanços em energias renováveis:

O Brasil ainda enfrenta dificuldades na distribuição e acesso à energia em áreas remotas, afetando a produção industrial e a confiança dos investidores.

A dependência da matriz hidrelétrica, vulnerável a secas, é apontada como fator crítico pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que monitora as mudanças climáticas.

No saneamento básico, o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) de 2023 revela que milhões de brasileiros ainda vivem sem acesso adequado a água tratada e esgoto, o que limita o desenvolvimento local e gera custos para o sistema público de saúde.

Iniciativa privada e sustentabilidade como caminhos para o progresso

Nos últimos anos, a participação da iniciativa privada via concessões e parcerias público-privadas (PPPs), conforme dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), tem acelerado a modernização da infraestrutura.

Além disso, o Ministério do Meio Ambiente destaca que o crescimento sustentável depende do equilíbrio entre desenvolvimento econômico e preservação ambiental, promovendo infraestrutura verde e cidades inteligentes.

O uso de tecnologias para redução de emissões e conservação ambiental também é fundamental para o futuro da infraestrutura no país.

Infraestrutura no Brasil como base do desenvolvimento

Para o mercado, uma infraestrutura eficiente significa redução de custos, aumento da produtividade, agilidade nas entregas e abertura para novos negócios.

Regiões com melhor infraestrutura atraem mais empresas, geram empregos e oferecem melhores condições de vida, como mostram os estudos da Confederação Nacional do Comércio (CNC).

Por outro lado, áreas com infraestrutura deficiente enfrentam estagnação econômica e menor competitividade.

Portanto, planejar estrategicamente, garantir continuidade às políticas públicas e fomentar parcerias público-privadas são ações essenciais para transformar a infraestrutura no Brasil, segundo recomendações do Ministério da Economia.

Em resumo, a infraestrutura no Brasil vai além de obras físicas. Ela é a base do desenvolvimento econômico, social e ambiental do país.

Sua influência no mercado ocorre de forma direta, afetando desde o preço de um produto até a capacidade de um pequeno empreendedor crescer.

Assim, melhorar essa infraestrutura é passo essencial para construir um futuro mais competitivo, equilibrado e sustentável para todos os brasileiros.

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Como destravar os gargalos da infraestrutura brasileira? | Confederação Nacional da Indústria

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Adalberto Schwartz

Adalberto Schwartz é engenheiro de energia e analista técnico com mais de 20 anos de experiência no setor de petróleo, gás, energias renováveis e infraestrutura energética. Formado em Engenharia de Energia em 2003, com especialização em transição energética e exploração offshore, construiu uma carreira sólida atuando em projetos de usinas, plataformas e soluções de baixo carbono. Desde 2015, atua como comunicador técnico, produzindo conteúdos jornalísticos e análises aprofundadas sobre o cenário energético global. Seus textos unem racionalidade técnica, dados confiáveis e linguagem acessível, sendo referência para profissionais do setor, investidores e interessados em geopolítica da energia.

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