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Descobriram uma profissão que paga R$ 12 mil por mês e não exige faculdade — e tem vaga sobrando

Escrito por Débora Araújo
Publicado em 05/08/2025 às 10:07
Descobriram uma profissão que paga R$ 12 mil por mês e não exige faculdade — e tem vaga sobrando
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Em meio ao desemprego e à baixa valorização de muitos diplomas universitários, uma profissão técnica vem se destacando com salários de até R$ 12 mil e contratação imediata — tudo isso sem exigir ensino superior.

Acredite se quiser: técnico em instrumentação industrial ou técnico em automação industrial é uma das carreiras mais promissoras de 2025. Mesmo com baixa visibilidade entre os jovens, esse profissional é peça-chave em indústrias pesadas, plataformas de petróleo, usinas, mineradoras e grandes fábricas do país. E o melhor: não é preciso ter faculdade. Basta um curso técnico.

Segundo dados de mercado coletados pelo Senai, Salario.com.br e plataformas como Glassdoor e Indeed, os salários médios desses profissionais variam entre R$ 6.500 e R$ 9.000, podendo passar dos R$ 12 mil em áreas de risco ou com adicional de periculosidade (caso de plataformas offshore, por exemplo).

O que faz um técnico em instrumentação industrial?

Apesar do nome complicado, a função é bem prática e direta. O técnico em instrumentação é responsável por medir, controlar e calibrar equipamentos industriais. Ele cuida de sensores, válvulas, painéis de controle, indicadores de pressão, temperatura, nível de fluidos, entre outros dispositivos.

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Na prática, ele é o profissional que garante que uma refinaria, uma fábrica de alimentos ou uma usina esteja funcionando perfeitamente, com segurança e máxima eficiência.

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As principais atividades incluem:

  • Instalar e configurar instrumentos de medição e controle;
  • Realizar testes e calibragens periódicas;
  • Fazer manutenção preventiva e corretiva de sistemas automatizados;
  • Atuar junto de engenheiros de processo e operadores;
  • Trabalhar com softwares e painéis de automação industrial.

Por que o salário é tão alto?

Existem quatro grandes motivos:

  1. Alta responsabilidade: Um erro no ajuste de um sensor pode gerar perdas milionárias ou até acidentes industriais.
  2. Ambientes críticos: Muitos desses profissionais atuam em locais como refinarias, navios, indústrias químicas, que oferecem adicional de periculosidade ou insalubridade.
  3. Falta de mão de obra qualificada: O número de técnicos formados é muito menor do que a demanda do setor.
  4. Turnos e plantões: Em muitos casos, o profissional atua em regime de turnos (inclusive noturnos), o que aumenta o salário com adicionais legais.

Setores que mais contratam

A área de instrumentação e automação está presente em praticamente todos os setores industriais. Mas alguns segmentos estão com mais vagas em aberto:

SetorDemanda AtualSalário Médio
Petróleo e Gás (onshore/offshore)Muito altaR$ 9.000 a R$ 12.000
MineraçãoAltaR$ 7.500 a R$ 10.000
Energia (hidrelétrica, eólica, solar)CrescenteR$ 6.500 a R$ 9.000
Indústria Química/FarmacêuticaEstávelR$ 6.000 a R$ 8.500
Alimentos e bebidas (Ambev, Nestlé, etc.)EstávelR$ 5.500 a R$ 7.500

Precisa de faculdade?

A grande vantagem dessa profissão é a entrada facilitada no mercado. O único requisito básico é o ensino médio completo + curso técnico profissionalizante reconhecido pelo MEC.

Isso significa que com menos de 2 anos de estudo e um bom estágio, já é possível conquistar um emprego que paga bem acima da média nacional.

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Onde fazer o curso técnico?

Os cursos mais recomendados para essa formação são:

Senai

  • Curso Técnico em Instrumentação ou Automação Industrial
  • Presente em quase todos os estados
  • Alta taxa de empregabilidade após a formação

IFs – Institutos Federais

  • Cursos gratuitos
  • Alta qualidade e estrutura laboratorial
  • Disputado por jovens do ensino médio

ETECs e Escolas Técnicas Estaduais

  • Fortes em São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul
  • Muitas vezes integrados ao ensino médio

E se eu não tiver experiência?

A instrumentação é uma área muito prática, então os cursos costumam oferecer laboratórios, oficinas técnicas e estágios supervisionados. O diferencial não está só no diploma, mas na capacidade do aluno em demonstrar domínio dos equipamentos e normas técnicas.

Além disso, empresas do setor industrial estão criando programas de trainee e capacitação para iniciantes, justamente por falta de profissionais prontos.

Empresas que estão contratando em 2025

De acordo com levantamento recente de sites de empregos como Gupy, InfoJobs e Glassdoor, as seguintes empresas têm vagas abertas ou recorrentes para técnicos em instrumentação/automação:

  • Petrobras
  • Vale
  • Braskem
  • Raízen
  • Anglo American
  • Nestlé
  • Heineken Brasil
  • GE Renewable Energy
  • Votorantim Cimentos
  • Yara Fertilizantes

Como começar?

Se você se interessou por essa carreira, siga este plano:

  1. Escolha uma boa escola técnica (Senai, IF, ETEC).
  2. Busque cursos com foco em prática e estágios.
  3. Invista em certificações extras: NR10, NR13, elétrica básica, CLP (controladores lógicos programáveis).
  4. Monte um bom currículo técnico e cadastre-se em portais de emprego do setor industrial.
  5. Fique atento a feiras e eventos de recrutamento técnico, como os do Senai e CIEE.

Uma profissão invisível, mas valiosa

Enquanto muitos brasileiros enfrentam dificuldades para entrar no mercado formal mesmo com diploma universitário, os técnicos em instrumentação e automação industrial vivem uma realidade oposta: há mais vagas do que profissionais.

Trata-se de uma profissão silenciosa, bem paga, com crescimento constante, ótimas oportunidades em grandes empresas e nível técnico acessível. Ideal para quem não quer (ou não pode) fazer faculdade, mas busca estabilidade financeira e profissional.

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Débora Araújo

Débora Araújo é redatora no Click Petróleo e Gás, com mais de dois anos de experiência em produção de conteúdo e mais de mil matérias publicadas sobre tecnologia, mercado de trabalho, geopolítica, indústria, construção, curiosidades e outros temas. Seu foco é produzir conteúdos acessíveis, bem apurados e de interesse coletivo. Para sugestões de pauta, correções ou contato direto: deborasthefanecruz@gmail.com

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