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Descoberto poderoso míssil brasileiro que vai entrar em operação nos caças Gripen; A-Darter tem velocidade insana que chega a Mach 3 e supera qualquer caça em velocidade! Promessa é revolucionar a Força Aérea Brasileira

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 26/07/2024 às 08:24
Conheça o míssil A-Darter, desenvolvido pelo Brasil e África do Sul, promete revolucionar a defesa aérea global com tecnologia de ponta. (Imagem: reprodução)
Conheça o míssil A-Darter, desenvolvido pelo Brasil e África do Sul, promete revolucionar a defesa aérea global com tecnologia de ponta. (Imagem: reprodução)

Prepare-se para uma revolução na defesa aérea que promete mudar o equilíbrio de poder nos céus: o míssil A-Darter, fruto da colaboração entre Brasil e África do Sul, está prestes a entrar em operação.

A cooperação entre Brasil e África do Sul na criação de um míssil de alta tecnologia tem chamado a atenção do mundo.

O A-Darter, um míssil ar-ar de curto alcance, surgiu de uma parceria binacional com promessas ambiciosas de fortalecer a defesa aérea e colocar ambas as nações no mapa das tecnologias militares de ponta.

Desde a assinatura do projeto em 2006, o caminho percorrido pelo A-Darter tem sido repleto de desafios, incluindo atrasos, falta de financiamento e a falência de empresas envolvidas. Contudo, o sonho de ver essa poderosa arma em ação ainda está vivo.

Um marco tecnológico na indústria de defesa

Conforme explica o canal no Youtube Top Militar LHB, o A-Darter é um míssil ar-ar de curto alcance, desenvolvido em uma colaboração entre a Força Aérea Brasileira (FAB) e a Força Aérea Sul-Africana, com o intuito de equipar os caças Gripen C/D e F-39 Gripen E/F com a mais alta tecnologia militar disponível.

Lançado em 2006, o projeto visava não apenas criar um míssil de 5ª geração, mas também promover a transferência de tecnologia entre os dois países, permitindo que o Brasil adquirisse know-how em áreas onde a África do Sul já tinha mais experiência.

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Com 2,98 metros de comprimento e pesando 90 kg, o A-Darter é impressionante em termos de capacidades tecnológicas. Equipado com sistema de vetoração de empuxo e capacidade de aquisição do alvo após o lançamento (lock-on after launch), o míssil pode atingir alvos que estão até mesmo atrás da aeronave lançadora.

Isso significa que, em combates aéreos de curta distância, o A-Darter possui uma manobrabilidade superior, além de ser capaz de evitar os sofisticados sistemas de contramedidas eletrônicas e de autodefesa das aeronaves inimigas.

“O A-Darter representa um marco tecnológico na indústria de defesa”, afirmou um representante da ARMSCOR, a estatal sul-africana responsável pela gestão do projeto.

A ARMSCOR, junto com a Denel Dynamics, outra empresa sul-africana, liderou a industrialização da fabricação do míssil, enquanto do lado brasileiro, empresas como a Opto Eletronica, Avibras, e a Mectron foram essenciais no desenvolvimento dos componentes do míssil.

Desafios financeiros e logísticos para o desenvolvimento do A-Darter

Porém, os desafios financeiros e administrativos se tornaram obstáculos significativos. Em 2015, a Força Aérea Sul-Africana tentou acelerar o processo ao encomendar antecipadamente 41 mísseis operacionais e 21 de treinamento, mas a falta crônica de recursos impediu que as entregas acontecessem conforme planejado.

De acordo com o Ministério da Defesa Sul-Africano, a situação financeira das empresas envolvidas e as questões de financiamento estatal foram os principais motivos dos atrasos.

Apesar dos contratempos, o projeto do A-Darter não parou. Em 2019, um teste bem-sucedido demonstrou as capacidades do míssil, quando um Gripen D sul-africano conseguiu destruir um alvo Skua, um drone de teste, em um cenário de combate simulado.

Esse sucesso levou à emissão de certificados de tipo pelas autoridades de certificação brasileira (IFI) e sul-africana (DSI), indicando que o míssil estava pronto para a fase de industrialização.

No entanto, a falta de progressos industriais continuou a ser um problema até 2024. Em março deste ano, a ARMSCOR anunciou um avanço significativo: a Denel Dynamics recebeu um aporte financeiro de quase 4,4 bilhões de rands, permitindo a retomada de importantes projetos, incluindo o A-Darter.

O novo contrato revisado inclui a entrega de 21 mísseis de treinamento e 41 operacionais para a Força Aérea Sul-Africana, com os primeiros quatro previstos para dezembro de 2024.

CaracterísticasDetalhes
OrigemBrasil e África do Sul
TipoMíssil ar-ar de curto alcance
Geração5ª geração
PropósitoDefesa aérea, combate de curta distância (dogfight)
Comprimento2,98 metros
Peso90 kg
VelocidadeMach 3
AlcanceAproximadamente 15 km
Fator de Carga100 g
Investimento Total254 milhões de dólares (aproximadamente 77 milhões do Brasil e 177 milhões da África do Sul)
Situação AtualEm fase de industrialização, com entrega prevista para dezembro de 2024

Perspectivas futuras e colaboração internacional

De acordo com o Top Militar LHB, em paralelo, o Brasil também está fazendo sua parte. A Força Aérea Brasileira (FAB) decidiu adquirir mísseis alemães Iris-T em 2021 como uma solução temporária, enquanto aguarda a conclusão do projeto A-Darter.

De acordo com especialistas, essa decisão visa garantir que os caças F-39 Gripen E/F da FAB permaneçam equipados com mísseis de última geração até que o A-Darter esteja disponível. A FAB também está prestando assessoria técnica à Denel, o que pode acelerar a integração do míssil nos caças Gripen.

No entanto, o caminho à frente ainda não é completamente claro. Embora a Denel tenha garantido fundos suficientes para prosseguir, a execução contínua e a colaboração entre todas as partes envolvidas são cruciais para o sucesso do programa.

A questão de quando a FAB irá adquirir seu próprio lote de mísseis A-Darter ainda está em aberto, mas o interesse do Brasil em garantir a máxima transferência de tecnologia permanece evidente.

Além disso, a SIATT, uma empresa brasileira, tem potencial para substituir a Mectron, que enfrentou dificuldades financeiras, na produção dos componentes do míssil para o Brasil.

Essa substituição pode fortalecer a participação brasileira no projeto, justificando o investimento de US$ 77 milhões em recursos públicos do país.

A capacidade de produzir mísseis nacionalmente é vista como crucial para a segurança nacional, proporcionando independência tecnológica e estratégica.

A perspectiva de uma produção 100% brasileira dos mísseis A-Darter, com total transferência de tecnologia, é uma meta que a FAB pode considerar seriamente.

Essa autonomia na produção não apenas garante a soberania nacional, mas também impulsiona o setor de defesa brasileiro, criando empregos e fomentando inovação.

A conclusão bem-sucedida do projeto A-Darter pode redefinir a indústria de defesa aérea para ambos os países, mostrando que a cooperação internacional pode gerar frutos valiosos mesmo diante de adversidades. No entanto, resta saber se os desafios que ainda persistem poderão ser superados a tempo.

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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