Maior mina de potássio do Brasil ganha forma na Amazônia e promete revolucionar o agronegócio. Com investimentos bilionários, projeto busca reduzir drasticamente a dependência do país de fertilizantes importados.
A maior mina de potássio do Brasil está em construção a poucos quilômetros da Floresta Amazônica, nos arredores da cidade de Autazes, no estado do Amazonas. Este ambicioso projeto, conduzido pela Potássio do Brasil, tem o potencial de transformar o agronegócio nacional ao reduzir drasticamente a dependência de fertilizantes importados, que atualmente representam cerca de 85% do consumo no país. O potássio é um nutriente essencial para a agricultura e desempenha um papel crucial na produção de alimentos. Com a conclusão deste empreendimento, o Brasil poderá aumentar sua autossuficiência, fortalecer sua posição no mercado global e reduzir custos para os produtores rurais, impulsionando ainda mais o setor agrícola, uma das principais forças da economia brasileira.
Saiba quem está por trás do projeto que mudará o agronegócio brasileiro
O responsável por trás do empreendimento, que promete acabar com a dependência de fertilizantes para o agronegócio brasileiro, é Stan Bharti, um empresário indiano-canadense que já se aventurou por minas na África, Mongólia e Canadá, sendo reconhecido como um dos maiores operadores de ativos naturais do mundo.
O empresário, que já realizou investimentos de US$ 250 milhões na maior mina de potássio do Brasil, não é um estranho ao país. Um de seus grandes feitos foi a mina de ouro de Jacobina, localizada no estado da Bahia. Stan também comprou uma mina da Anglo American em 2002 por um valor muito abaixo do esperado, fez o turnaround do ativo e depois revendeu para a Yamana Gold por mais de US$ 700 milhões.
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Segundo o empresário, apesar de muitos brasileiros discordarem, o país é uma terra fantástica para investir. Há alguns meses, a Brazil Potash começou a construção da maior mina de potássio do Brasil, que abrigará usinas de extração, refinamento, descarte e escoamento do minério, além de um porto, ajudando a reduzir a dependência de fertilizantes para o agronegócio brasileiro.
Maior mina de potássio do Brasil já recebeu investimentos bilionários
O empreendimento para o setor de fertilizantes começou a tomar corpo na mesma época em que o empresário comprou a mina de Jacobina.
Em 2008, o empresário adquiriu da Petrobras o direito de estudos geológicos e exploração que ele havia feito na região, que contém uma mina de potássio. De lá para cá, Stan passou por todos os processos para obter as licenças e erguer o empreendimento, um processo concluído no último ano.
O capex para concluir a primeira fase da maior mina de potássio do Brasil, que revoluciona em fertilizantes, é de US$ 2,5 bilhões, que a Brazil Potash vai financiar principalmente com dívida. A expectativa é captar US$ 1,7 bilhão em project finance, incluindo potencialmente uma linha com o BNDES, e levantar mais US$ 400 milhões em equity com uma follow-on futuramente.
A empresa também está antecipando investimentos de US$ 150 milhões em royalties para a maior mina de potássio do Brasil, junto a uma grande empresa do ramo, e financiará a linha de transmissão separadamente, levantando US$ 200 milhões.
Quando o projeto para mudar o agronegócio brasileiro ficará pronto?
O projeto, que promete revolucionar os fertilizantes no país, tem uma relevância estratégica para o Brasil. Quando a primeira fase estiver pronta, em 2028, a mina produzirá 2,4 milhões de toneladas anuais, o equivalente a 20% de toda a demanda de potássio do país.
O Brasil importa, por ano, 13 milhões de toneladas de potássio, sendo o maior consumidor dessa commodity no mundo devido à pujança do agronegócio brasileiro.
Na fase 2, que tem previsão para estar pronta em 2032, a maior mina de potássio do Brasil deve alcançar 5 milhões de toneladas por ano, suprindo 40% da demanda nacional de fertilizantes. Segundo Stan, atualmente o Brasil importa 97% de todo o potássio que usa de países como Bielorússia e Canadá. Para continuar alimentando o mercado global, o Brasil deve mudar isso e reduzir essa dependência.
Fonte: Brazil Journal