Descoberta feita no XFEL europeu revela o “Gelo XXI”, uma nova fase da água composta por 152 moléculas e formada sob 1,6 gigapascal de pressão, ampliando o entendimento sobre planetas gelados e materiais avançados
Na Alemanha, cientistas identificaram uma nova fase da água, batizada de “Gelo XXI”. O estudo, publicado em 10 de outubro na revista Nature Materials, revelou uma estrutura inédita composta por 152 moléculas de água, organizadas de forma tetragonal centrada no corpo. Essa formação surpreende os pesquisadores porque difere completamente do gelo comum encontrado na Terra.
O “Gelo XXI” só se forma sob pressões extremas, cerca de 1,6 gigapascal — o equivalente a 16 mil vezes a pressão atmosférica ao nível do mar.
Essa condição inviabiliza qualquer tentativa de reprodução em ambientes domésticos.
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Como a descoberta foi feita
A pesquisa foi conduzida por cientistas do Instituto de Pesquisa Científica e de Padrões da Coreia, sob liderança de Geun Woo Lee, e contou com a colaboração de equipes internacionais.
Os experimentos ocorreram no XFEL europeu, localizado na Alemanha, onde a água foi comprimida e descomprimida mais de mil vezes até que a nova fase se formasse.
Segundo Lee, os pulsos de raios X emitidos pelo XFEL permitiram identificar múltiplas vias de cristalização da água.
Além do “Gelo XXI”, também foram confirmadas outras formas já conhecidas, como o Gelo VI e o Gelo VII, reforçando o vasto potencial de variação molecular da substância mais estudada do planeta.
Implicações científicas e planetárias
De acordo com os pesquisadores, a descoberta ultrapassa a curiosidade científica porque amplia o entendimento sobre o comportamento da água em condições extremas.
A presença de novas fases pode ocorrer em planetas e luas geladas, como Netuno, revelando informações inéditas sobre suas estruturas internas.
Mesmo que o “Gelo XXI” jamais apareça em um freezer comum, seu impacto é profundo para a ciência dos materiais.
O estudo pode aprimorar modelos atômicos da água e impulsionar o desenvolvimento de novos materiais funcionais.
Além disso, os cientistas acreditam que a descoberta abre caminhos promissores para avanços em biologia, ciência planetária e tecnologias de ponta.
Com informações de Aventuras na História.