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Após o tesouro ter sido desenterrado, as moedas passaram a ser exibidas para auxiliar pesquisas sobre questões romanas e britânicas.
Gert-Jan Messelaar e Reinier Koelink descobriram um tesouro curioso na Holanda: trata-se de 404 moedas romanas e britânicas, um achado inédito até então. As peças datam do século I d.C. e feitas tanto de ouro quanto de prata. A evidência oferece uma nova perspectiva sobre a história das invasões romanas e as relações com as tribos britânicas.
Império Romano, Britânica e governos da época: O que as moedas desenterradas representam?
A descoberta aconteceu de forma inesperada durante a busca por relíquias com detectores de metal, uma prática que, embora muitas vezes revele artefatos comuns, agora revelou um tesouro!
Entre as 404 moedas, 44 delas possuem inscrições do nome de Cunobelino, rei da Britânia durante o período romano.
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Essas moedas de ouro britânicas, juntamente com outras romanas datadas até 47 d.C., fornecem uma visão valiosa da época em que as forças romanas estavam expandindo seu império e entrando em conflito com as tribos britânicas.
As moedas romanas encontradas fazem referência ao imperador Cláudio, que governou o Império Romano durante a invasão da Britânia em 43 d.C.
Acredita-se que as moedas possam ter sido trazidas pelos soldados romanos após a invasão, tanto como pagamento aos guerreiros, quanto como espólio de guerra.
Esse fato fortalece a teoria de que, após a travessia da Britânia, os soldados podem ter regressado pela região de Utrecht, trazendo consigo itens valiosos, como as moedas descobertas.
O achado é de grande importância histórica, pois não só reforça a relevância estratégica da fronteira romano-germânica durante as invasões, mas também faz história como a primeira coleção mista de moedas romanas e britânicas já encontrada na Europa continental.
Segundo os especialistas, a travessia de 43 d.C. foi organizada através dessa região, o que torna a descoberta ainda mais significativa.
As moedas não foram encontradas em grandes sítios arqueológicos conhecidos, como Trajectum (atualmente Utrecht) ou Ulpia Noviomagus (Nimega). Isso levanta a possibilidade de que o tesouro tenha sido enterrado de forma intencional.
Os arqueólogos especulam que as moedas podem ter sido ocultadas para serem recuperadas em outro momento ou, talvez, como uma oferenda religiosa aos deuses, em um gesto de gratidão pela segurança no retorno da guerra.
Além de sua importância histórica, o local de descoberta revela muito sobre os costumes e práticas da época, oferecendo novos elementos sobre as rotas de invasão romana e os seus vínculos com as tribos locais da Britânia.
A região de Bunnik, onde as moedas foram encontradas, pode não ser um local de grande destaque nos registros romanos conhecidos, mas certamente tem seu papel nessa história.
Tesouro desenterrado: Para onde vão às moedas encontradas?
Após a descoberta, os arqueólogos e autoridades holandesas foram notificados, e uma equipe de especialistas foi mobilizada para analisar as moedas.
O tesouro foi cuidadosamente documentado e registrado no banco de dados de antiguidades da Holanda. Isso garante que o achado não apenas seja preservado, mas também esteja disponível para futuras pesquisas acadêmicas e estudos arqueológicos.
Além disso, as moedas passaram por um processo de limpeza, permitindo que detalhes anteriormente ofuscados pela sujeira fossem revelados. Agora, essas preciosas peças fazem parte da coleção nacional de arqueologia, onde estão sendo expostas ao público.
A exibição oferece aos visitantes a chance de observar mais de perto esse tesouro de valor inestimável e aprender mais sobre os aspectos históricos e culturais daquela época.
Com informações do Canal History.
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