De acordo com a denúncia, os navios no Porto de Suape saem do litoral de Pernambuco e são usados para o tráfico de cocaína na América do Sul e na Europa
Dados comprovados pela denúncia afirmam que há a possibilidade de haver algo a mais do que substâncias cancerígenas e resíduos radioativos no interior dos porta-aviões que se encontram no Porto de Suape, no litoral pernambucano.
A Polícia Federal e as autoridades portuárias pernambucanas receberam denúncias, feitas através de canais oficiais de denúncias, de que o “navio-fantasma”, vendido pela Marinha do Brasil para uma empresa da Turquia, pode estar sendo utilizado para o tráfico de cocaína da América do Sul para a Europa.
As denúncias foram feitas de forma anônima, porém tanto a Polícia Federal quanto o Governo de Pernambuco chegaram a responder dando ciência do encaminhamento dado.
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Formalização da denúncia
A denúncia foi formalizada de forma conjunta com os gestores do porto de Suape e da ouvidoria do Governo de Pernambuco no dia 5 de outubro, dia em que o navio chegou à costa do estado e foi impedido de atracar no porto de Suape.
O motivo para o impedimento foi o mesmo que o impediu de passar pelo estreito de Gibraltar, a porta de entrada do Mar Mediterrâneo, e de ser recebido pelos portos turcos: não possuir um inventário de contaminantes por laboratório reconhecido internacionalmente.
A denúncia feita diz: “se você permitir que este navio seja ancorado em seu porto, por favor, faça uma busca adequada por narcóticos”. “Jornalistas investigativos na Turquia estão discutindo se as empresas de demolição de navios usam embarcações em fim da vida para o tráfico de drogas. Não são apenas rumores. Algumas testemunhas, trabalhadores no estaleiro de sucatas de navio, relataram isso”.
Providências
No dia 19 de outubro, a ouvidoria disse que encaminhou o caso para a Capitania dos Portos, inclusive do Porto de Suape, e para a Polícia Federal. Além disso, jornalistas investigativos também fizeram contato com a Polícia Federal em Brasília, reforçando a necessidade de se realizar uma busca por drogas, além de enviar links de reportagens publicadas por jornalistas e veículos turcos além do Porto de Suape.
Ao ser procurado, o assessor de comunicação da Polícia Federal em Pernambuco, Giovanni Santoro, não comentou nada sobre as investigações no Porto de Suape. Porém, autoridades do governo de Pernambuco confirmaram a veracidade da denúncia feita.