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Demissão em massa é anunciada por gigante e 11 MIL pessoas ficarão sem emprego

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 27/11/2024 às 10:33
Thyssenkrupp AG anuncia corte de 11 mil empregos e reestruturação, gerando crise no setor de aço na Alemanha. O futuro da indústria está em jogo!
Thyssenkrupp AG anuncia corte de 11 mil empregos e reestruturação, gerando crise no setor de aço na Alemanha. O futuro da indústria está em jogo!

Empresa causa alvoroço ao anunciar a demissão de 11 mil pessoas. A medida, somada ao fechamento de fábricas e cortes profundos, coloca em risco o futuro de uma geração de trabalhadores.

A crise está batendo à porta de 11 mil trabalhadores de uma das maiores indústrias siderúrgicas do mundo!

Em um anúncio que surpreendeu a todos, a divisão europeia de siderurgia do conglomerado industrial alemão Thyssenkrupp AG revelou que nos próximos seis anos, o número de empregos na área de aço será reduzido drasticamente.

O impacto dessa decisão vai além da redução de postos de trabalho, afetando toda a economia da região e trazendo à tona uma série de questionamentos sobre o futuro da indústria global.

O anúncio da demissão massiva: Impactos globais e locais

Na segunda-feira, 25 de novembro, a Thyssenkrupp Steel Europe (TKSE), com sede em Duisburg, no oeste da Alemanha, anunciou a decisão de reduzir sua força de trabalho de 27 mil para 16 mil empregados até 2030.

O principal motivo apontado pela empresa para essa reestruturação foi a crescente competição com as importações de aço barato, principalmente da Ásia, o que tem pressionado sua competitividade.

“São necessárias medidas urgentes para melhorar a produtividade e a eficiência operacional da própria TKSE”, disse um comunicado da empresa.

A situação no coração da indústria de aço da Alemanha

A decisão afeta diretamente os centros siderúrgicos na Europa, sendo a maior parte da produção concentrada no “cinturão da ferrugem” da Alemanha, especialmente na cidade de Duisburg, que já enfrenta problemas econômicos relacionados à desindustrialização e à perda de população.

De acordo com as autoridades locais, o governador da Renânia do Norte-Vestfália, Hendrik Wüst, afirmou que o anúncio foi um “choque para milhares de funcionários e suas famílias”, uma situação difícil para uma região já impactada por problemas econômicos.

A própria TKSE confirmou que, até 2030, cerca de 5 mil postos de trabalho serão extintos com “ajustes na produção e na administração”, enquanto outros 6 mil postos serão terceirizados ou eliminados completamente por meio da venda de unidades.

Fechamento de fábricas e a perda de empregos

Além dos cortes de pessoal, o plano de reestruturação inclui o fechamento de uma siderúrgica na região de Siegerland, que atualmente emprega aproximadamente mil pessoas.

A TKSE também afirmou que sua capacidade de produção será reduzida dos atuais 11,5 milhões de toneladas de aço para uma meta futura de 8,7 a 9 milhões de toneladas.

Embora esse movimento tenha como objetivo ajustar a produção à nova realidade econômica, ele não deixou de ser um golpe forte para a economia local.

A oposição e a visão sindical sobre a reestruturação

A medida não foi bem recebida pelos sindicatos, com o IG Metall, um dos maiores sindicatos industriais da Alemanha, criticando o plano.

De acordo com o sindicato, a reestruturação é “uma catástrofe” para os trabalhadores, que veem a perda de seus postos como algo inevitável, mas cruel.

“O que é necessário agora é um plano ousado para o futuro, e não um corte explicito e sem imaginação”, afirmou Jürgen Kerner, copresidente do IG Metall.

Em resposta, o CEO da TKSE, Dennis Grimm, defendeu a reestruturação como necessária para garantir perspectivas de emprego no longo prazo, embora tenha reconhecido que muitos trabalhadores enfrentariam dificuldades nesse processo.

A relação com outros grandes cortes de empregos na Alemanha

Este movimento da Thyssenkrupp é apenas mais um no cenário de demissões em massa que está assolando a Alemanha nos últimos meses.

Empresas como a Volkswagen, Bosch e outras gigantes do setor automotivo já anunciaram cortes significativos em suas fábricas devido à desaceleração nas vendas de carros novos na Europa.

A Volkswagen, por exemplo, assim como publicou o PG, anunciou o fechamento de fábricas e a demissão de dezenas de milhares de trabalhadores. A Bosch, por sua vez, conforme também mostrado aqui, planeja cortar 5,5 mil empregos.

Esses cortes refletem uma tendência crescente no setor industrial europeu, que tem enfrentado dificuldades devido a vários fatores, incluindo a desaceleração econômica global, a pressão de competidores internacionais e a automação crescente.

O impacto da crise no Brasil e no futuro da Thyssenkrupp AG

Apesar do grande impacto na Alemanha, a crise não envolve as operações da Thyssenkrupp AG no Brasil, onde o conglomerado atua em diversas áreas, como automotiva, naval e química.

A empresa possui cerca de 4 mil funcionários na América do Sul, e suas operações brasileiras não foram afetadas pelos cortes anunciados na Europa.

No entanto, a Thyssenkrupp AG, que em 2017 vendeu sua usina siderúrgica no Brasil, continua enfrentando desafios financeiros.

No ano fiscal de 2023-24, o conglomerado registrou um prejuízo de € 1,5 bilhão, depois de um prejuízo de € 2 bilhões no ano anterior.

Transformação ou venda: O futuro da Thyssenkrupp AG

Com os cortes de empregos, a Thyssenkrupp AG também anunciou um plano para transformar sua divisão de aço em uma empresa totalmente independente, o que está sendo criticado pelo sindicato.

A proposta, que inclui a possível venda de parte da empresa, gerou controvérsias, principalmente pelo fato de a holding tcheca EPCG, que já possui 20% das ações da TKSE, planejar aumentar sua participação para 50%. Segundo o sindicato, isso seria uma “entrega” da empresa para um preço baixo.

O futuro das indústrias de aço e as transformações no mercado de trabalho europeu

À medida que a indústria europeia enfrenta uma reestruturação drástica, surgem questões sobre o futuro do setor siderúrgico e o impacto dessa transformação no mercado de trabalho.

As demissões em massa e a automação crescente são apenas um reflexo de um cenário em que as grandes corporações buscam ajustar suas operações para manter a competitividade diante de desafios globais.

O que resta saber é como essas mudanças afetarão a economia global e, em particular, a força de trabalho que depende de empregos no setor industrial.

Será que a indústria europeia conseguirá se reerguer após os grandes cortes de empregos?

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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