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Demanda por engenheiros em energia renovável deve dobrar até 2030 no Brasil, aponta estudo da Kearney sobre empregos e força de trabalho no setor sustentável

Escrito por Hilton Libório
Publicado em 30/09/2025 às 17:16
Engenheiro com capacete e colete refletivo em frente a painéis solares e turbinas eólicas ao pôr do sol, representando o setor de energia renovável.
Demanda por engenheiros em energia renovável deve dobrar até 2030 no Brasil, aponta estudo da Kearney sobre empregos e força de trabalho no setor sustentável/ Imagem Ilustrativa
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O estudo da Kearney revela que a transição energética e a expansão da energia limpa vão ampliar a necessidade de engenheiros no Brasil, impulsionando novas oportunidades no setor renovável

Publicado em 30 de setembro de 2025, o estudo “O Futuro da Força de Trabalho em Energia”, conduzido pela consultoria global Kearney em parceria com a IEEE Power and Energy Society, revelou um dado decisivo para o futuro da energia no Brasil: a demanda por engenheiros especializados em energia renovável deve dobrar até 2030.

Brasil acelera a transição energética com foco em energia limpa

O levantamento, divulgado pelo InfoMoney, estima que entre 450 mil e 1,5 milhão de profissionais serão necessários para atender à crescente demanda do setor sustentável.

Esse crescimento é impulsionado pela transição energética e pela meta brasileira de gerar 81% de sua eletricidade a partir de fontes renováveis até 2029. O Brasil está entre os países com maior potencial de geração de energia limpa no mundo.

Com investimentos estimados em US$ 100 bilhões em leilões e acordos de compra de energia competitivos, o país busca consolidar sua liderança na transição energética. Esses investimentos devem gerar mais de 7,5 milhões de empregos até o final da década, com destaque para engenheiros capacitados em tecnologias sustentáveis.

Segundo Claudio Gonçalves, sócio da prática de energia da Kearney, atualmente, faltam engenheiros com as competências técnicas e a qualificação necessária para viabilizar as transformações previstas nesta década — e essa deficiência tende a se ampliar.

Escassez de engenheiros ameaça o avanço da energia renovável

A pesquisa da Kearney entrevistou quase 200 executivos e engenheiros seniores, além de mais de 770 especialistas em engenharia de 37 países. Cerca de 40% dos entrevistados apontam a falta de profissionais qualificados como um dos principais obstáculos para o crescimento do setor de energia renovável.

Além disso, a demanda por eletricidade deve crescer mais de 50% até 2040, impulsionada pela eletrificação de transportes, digitalização de processos e aumento populacional.

Esse cenário exige uma força de trabalho altamente capacitada, especialmente em áreas como geração solar, eólica, biomassa, hidrelétrica e armazenamento de energia. A escassez de engenheiros especializados pode comprometer a expansão da infraestrutura energética e atrasar metas ambientais e econômicas.

Perfil dos engenheiros para energia limpa e desafios profissionais

Os engenheiros que atuam no setor de energia limpa precisam dominar tecnologias emergentes, como inteligência artificial, automação, análise de dados e gestão de projetos. Além disso, devem estar preparados para trabalhar em ambientes multidisciplinares e com foco em inovação.

O estudo da Kearney aponta que quase metade dos engenheiros de energia mudou de emprego ou deixou o setor desde 2021. Os principais motivos incluem burnout, falta de estímulo profissional e dificuldade de mobilidade lateral.

Esse dado evidencia a necessidade de políticas de retenção, valorização e capacitação contínua. A valorização dos engenheiros é essencial para garantir a continuidade dos projetos de energia renovável e acelerar a transição energética.

Formação técnica e educação: base para o futuro sustentável

Para atender à crescente demanda por engenheiros, é fundamental investir na formação técnica e acadêmica. Universidades, centros de pesquisa e instituições de ensino devem adaptar seus currículos às exigências do mercado, promovendo cursos voltados à energia limpa e à transição energética. Programas de incentivo à pesquisa, bolsas de estudo e parcerias público-privadas podem acelerar a formação de talentos.

A criação de hubs de inovação e laboratórios especializados em energia renovável também são estratégias eficazes para fomentar o desenvolvimento tecnológico. A educação é o pilar da transformação energética e da construção de uma força de trabalho preparada para os desafios do século XXI.

O papel das empresas na transição energética e na capacitação de engenheiros

As empresas do setor energético têm papel decisivo na construção de uma força de trabalho robusta. Segundo uma pesquisa de outra instituição divulgada em abril de 2025, 97% dos líderes empresariais apoiam a transição para fontes de energia renovável, e 75% associam essas fontes à segurança energética.

A energia limpa é vista como vetor de crescimento econômico, competitividade e geração de empregos. Por isso, é essencial que as empresas adotem políticas de sustentabilidade, promovam treinamentos técnicos e valorizem os engenheiros como agentes da transformação.

A colaboração entre setor privado, governo e academia é indispensável para garantir uma transição energética eficiente e inclusiva.

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Engenheiros e o protagonismo brasileiro na energia renovável

Com abundância de recursos naturais e um mercado em expansão, o Brasil tem potencial para se tornar referência global em energia renovável. A meta de 81% de geração por fontes limpas até 2029 é ambiciosa, mas viável, desde que acompanhada por investimentos em infraestrutura, inovação e capital humano.

A duplicação da demanda por engenheiros é um sinal claro de que o país precisa acelerar sua preparação para o futuro energético. Isso inclui não apenas formar novos profissionais, mas também reter e valorizar os talentos já atuantes no setor.

O protagonismo brasileiro na energia limpa depende diretamente da qualificação e do engajamento dos engenheiros.

Caminhos para transformar o desafio em oportunidade

O estudo da Kearney lança luz sobre um cenário desafiador, mas repleto de oportunidades. A transição energética exige uma força de trabalho qualificada, motivada e alinhada com os objetivos de sustentabilidade.

Engenheiros especializados em energia renovável serão protagonistas dessa transformação, contribuindo para um Brasil mais limpo, competitivo e resiliente.

Investir em educação, retenção de talentos e inovação é essencial para que o país aproveite todo o seu potencial energético. A década até 2030 será decisiva, e os profissionais do setor têm nas mãos a chance de moldar o futuro da energia no Brasil.

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Hilton Libório

Hilton Fonseca Liborio é redator, com experiência em produção de conteúdo digital e habilidade em SEO. Atua na criação de textos otimizados para diferentes públicos e plataformas, buscando unir qualidade, relevância e resultados. Especialista em Indústria Automotiva, Tecnologia, Carreiras, Energias Renováveis, Mineração e outros temas. Contato e sugestões de pauta: hiltonliborio44@gmail.com

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