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Dejetos de suínos produzem biogás que geram eletricidade em cidade do Paraná

Escrito por Renato Oliveira
Publicado em 30/07/2019 às 01:00

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Biogás
biogás abastece prefeitura

A cidade de Entre Rios do Oeste, no Paraná abastece fazendas e prédios da prefeitura com biogás produzido a partir de 215 toneladas de dejetos suínos

Depois da usina que transforma o lixo em energia no Rio de Janeiro, mais uma bela iniciativa de produção de energia a partir de fontes mais “limpas” tem chamado a atenção, desta vez no estado do Paraná.
A prefeitura de Entre Rios do Oeste, no Paraná, está conseguindo suprir de energia elétrica, 72 prédios da administração municipal com energia elétrica gerada a partir de 215 toneladas dejetos suínos oriundos de 18 fazendas da região.

Aproveitando a vocação para a pecuária suína, o município no Paraná, que tem um criação de cerca de 150 mil suínos, já aproveitava o biogás para alimentar suas fazendas e agora os criadores estão conseguindo vender a energia gerada para a prefeitura.
O projeto da mini termelétrica pertence ao poder público, ao Parque Tecnológico Itaipu (PTI) e ao Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBiogás).

A iniciativa, além de diminuir a poluição ambiental causada pelos dejetos dos animais ainda virou uma fonte de receita para os fazendeiros da região.
Os dejetos são tratados em biodigestores, neles o material é decomposto por bactérias, e geram o biometano, que é transportado por gasodutos até o local da geração da energia, a queima do biogás aciona um gerador e gera a eletricidade.

A mini termelétrica

A mini central termelétrica (MCT) de Entre Rios do Oeste tem capacidade para gerar 480 kW e a energia é vendida para a Companhia Paranaense de Energia (Copel), que financiou o projeto e que desconta o total produzido do valor das contas de luz do município.
Estima-se a receita dos produtores entre R$ 900 a R$ 5 mil, dependendo da quantidade de biogás gerado por cada um, e quem efetua o pagamento é a prefeitura.

O procedimento é regulamentado pela Aneel, sendo utilizado o modelo da micro e mini geração distribuída, no qual o consumidor pode produzir a própria energia, a exemplo do uso de painéis solares e abater da sua conta de energia.
No caso da cidade do Paraná, os produtores tem medidores que registram quanto de biogás cada um produziu, sendo então contabilizado quanto cada um tem a receber.

O projeto, que começou em 2016, está sendo carinhosamente chamado de “pré-sal caipira”, e foram investidos R$ 17 milhões na construção de 22 km de gasodutos e da usina, já os custos com a instalação dos biodigestores foram arcados pelos produtores rurais.
Como a região oeste do estado tem grande potencial de criação de suínos, aves e de plantação de cana de açúcar, espera-se expandir o projeto para outras matérias primas e para outras regiões do estado.

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Renato Oliveira

Engenheiro de Produção com pós-graduação em Fabricação e montagem de tubulações com 30 anos de experiência em inspeção/fabricacão/montagem de tubulações/testes/Planejamento e PCP e comissionamento na construção naval/offshore (conversão de cascos FPSO's e módulos de topsides) nos maiores estaleiros nacionais e 2 anos em estaleiro japonês (Kawasaki) inspecionando e acompanhando técnicas de fabricação e montagem de estruturas/tubulações/outfittings(acabamento avançado) para casco de Drillships.

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