A “dama do agro” revelou sua trajetória no agronegócio ao transformar 35 bois em uma boiada. Saiba como ela fez isso, onde e por que, com estratégia e visão.
No início dos anos 2000, a pecuarista Liliane Queiroz — conhecida no meio como “dama do agro” — recebeu como presente do sogro apenas 35 cabeças de gado, e ali, em sua fazenda no Norte de Minas Gerais, ela iniciou um projeto que viria a se tornar uma operação estruturada de pecuária de corte.
Ela protagonizou essa transformação entre 2000 e 2025, com genética de ponta, manejo moderno e visão estratégica.
Assim, Liliane não apenas tocou a fazenda da família: ela provou que, com resiliência e planejamento, é possível multiplicar até uma boiada a partir de um pequeno rebanho.
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O “porquê?” está na vontade de construir um legado, ocupar um espaço ainda pouco acessado por mulheres no agro, e mostrar que o sucesso no campo exige mais que esforço físico — exige gestão, inovação e paixão.
De 35 bois ao sonho de uma boiada
Quando seu sogro lhe deu 35 cabeças de gado, Liliane começou com poucos recursos e uma grande vontade.
Ela adaptou o rebanho ao clima da região, usando animais cruzados inicialmente, e construiu um negócio que hoje abriga até 3.000 animais em confinamento com genética de qualidade.
Além disso, ela demonstrou que a dama do agro não é apenas um rótulo, mas um exemplo real de crescimento sustentável e inteligente no agronegócio.
Gestão familiar e sucessão: desafios e aprendizados
Na operação, Liliane precisou lidar com o desafio de gerir pessoas — colaboradores com até 30 anos de casa — e também com a sucessão familiar, pois transferir responsabilidades e treinar a nova geração exige planejamento emocional e estratégico.
Enquanto isso, operações familiares como a sua representam cerca de 70 % da produção agropecuária no Brasil — mas muitas não sobrevivem à segunda geração por falta de planejamento.
Portanto, a dama do agro teve que combinar tradição familiar com inovação, ensinando ao filho mais velho a assumir gradualmente a gestão, enquanto acompanhava o progresso dos colaboradores.
A experiência prática que superou a teoria
Filha de produtores de café e pecuária de leite, Liliane se formou em pedagogia, o que não a preparou diretamente para o campo.
Contudo, ela aprendeu “na marra” os detalhes da pecuária — manejo, administração, infraestrutura — e se adaptou às condições frágeis que existiam no fim dos anos 90: energia elétrica instável, telefone caro, irrigação rudimentar.
Hoje, sua fazenda utiliza maquinário moderno, sistemas de monitoramento de pastagem e planejamento estratégico para cada safra.
Assim, a dama do agro da vida real mostra que conhecimento adquirido no campo pode superar o que se aprende em sala de aula.
Sustentabilidade, risco e visão de longo prazo
A gestão de risco foi um item-chave para Liliane: trabalhar com previsão abaixo da produtividade esperada, contratar seguros agrícolas, e manter os pés no chão foram estratégias que permitiram enfrentar eventos extremos como granizo ou oscilações de preços.
Por outro lado, ela tem consciência de que a pecuária representa cerca de 9% do PIB agropecuário no Brasil e que operações com genética e manejo eficiente podem render até 25% a mais que as convencionais.
Logo, a dama do agro não contou apenas com força, mas com estratégia — e isso fez toda diferença.
Marca, protagonismo feminino e legado
O apelido “dama do agro” surgiu nas redes sociais, quando Liliane passou a compartilhar sua rotina, seu jeito de gerir a fazenda e sua visão de negócio.
A partir disso nasceu a marca Nelore Dama, reconhecida pela rusticidade, adaptação à seca e genética de ponta.
Em um setor tradicionalmente dominado por homens, ela precisou provar conhecimento, confiança e competência
“É preciso mostrar que você entende do negócio. As mulheres precisam caminhar lado a lado com a família, aprendendo e atuando com confiança”, ela afirma.
Segundo levantamento da FAO, mulheres representam 23 % da força de trabalho agrícola no Brasil — ainda assim, enfrentam obstáculos para acesso a crédito, gestão e mercados competitivos.
Assim, a trajetória da dama do agro é mais do que um caso de sucesso: é um símbolo de superação e mudança de paradigmas.
Mais que pecuária, um legado
O que a dama do agro demonstrou ao transformar 35 bois em uma boiada não foi apenas competência pecuária, mas visão de futuro, gestão estratégica e paixão pelo campo.
Ela prova que o agronegócio exige preparo, inovação e coragem — e que mulheres podem e devem ocupar seu espaço nesse setor.
Enquanto muitos ainda veem apenas números e animais, Liliane vê legado, raízes firmes e olhos no horizonte.
Portanto, para quem está no campo ou de olho no negócio rural, a lição é clara: finque a botina, vá, trabalhe, não desista — porque o sucesso é consequência do trabalho bem feito.
Com informações do Compre Rural
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