Cientistas realizaram um novo estudo que esclarece a origem dos dinossauros e como eles dominaram o planeta. Saiba mais!
A origem dos dinossauros é um dos temas mais fascinantes da paleontologia. Durante décadas, acreditou-se que esses animais surgiram em regiões como a Argentina e o Zimbábue, onde os mais antigos fósseis conhecidos foram encontrados.
No entanto, um novo estudo publicado na revista Current Biology sugere que os primeiros ancestrais dos dinossauros podem ter surgido nas regiões equatoriais úmidas da Terra antiga — áreas que hoje correspondem à floresta amazônica, à bacia do Congo e ao deserto do Saara.
A lacuna no registro fóssil
Os fósseis mais antigos de dinossauros datam de aproximadamente 230 milhões de anos e foram encontrados na América do Sul e África.
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Entretanto, as diferenças entre esses fósseis sugerem que os dinossauros já estavam evoluindo por milhões de anos antes dessas descobertas. Isso indica uma origem ainda mais remota, cuja evidência fóssil direta permanece desconhecida.
Para abordar essa questão, os pesquisadores utilizaram técnicas avançadas de modelagem para analisar dados de fósseis, árvores evolutivas e geografia antiga.
A pesquisa sugere que a ausência de fósseis nessas regiões não significa que os dinossauros não existiam ali, mas sim que os dados ainda são insuficientes.
“Os dinossauros são amplamente estudados, mas ainda não sabemos ao certo de onde eles vieram“, disse Joel Heath, autor principal do estudo e pesquisador da University College London.
O mundo dos primeiros dinossauros
Segundo o estudo, os primeiros dinossauros provavelmente surgiram em latitudes baixas da região de Gondwana, um supercontinente que abrigava terras que hoje compõem a América do Sul, África, Índia, Antártida e Austrália. Na época, essas regiões eram quentes e secas, semelhantes às savanas e desertos modernos.
Apesar da falta de fósseis nessas regiões, acredita-se que problemas de acessibilidade e falta de investimentos em pesquisa sejam os principais obstáculos para novas descobertas.
Os primeiros dinossauros eram pequenos, do tamanho de uma galinha ou de um cão médio, andavam sobre duas pernas e eram possivelmente onívoros. Sua agilidade e adaptação a ambientes adversos podem ter sido essenciais para sua sobrevivência.
A ascensão dos dinossauros
Durante milhões de anos, os dinossauros coexistiram com outros répteis dominantes, como os Pseudosuchia, parentes distantes dos crocodilos que atingiam até 10 metros de comprimento.
O cenário mudou drasticamente há cerca de 201 milhões de anos, com uma extinção em massa provocada por erupções vulcânicas que abriram espaço para a expansão dos dinossauros.
Esse evento levou os dinossauros a se diversificarem e ocuparem uma ampla variedade de nichos ecológicos, tornando-se o grupo dominante na Terra pelos próximos 135 milhões de anos.
Elo perdido na evolução
Uma das principais contribuições do estudo está na relação evolutiva entre os primeiros dinossauros e seus ancestrais.
Os pesquisadores sugerem que os Silesauridae, anteriormente considerados apenas primos distantes dos dinossauros, podem ser os verdadeiros ancestrais dos ornitísqüios — grupo que inclui os estegossauros e os Triceratops.
Essa hipótese ajuda a preencher uma lacuna na compreensão da evolução dos dinossauros e fornece uma nova perspectiva sobre como esses animais se diversificaram.
Adaptação climática dos dinossauros
Outro ponto importante levantado pelo estudo é a capacidade dos dinossauros de se adaptar a diferentes climas.
Os saurópodes, conhecidos por seu enorme tamanho, preferiam ambientes quentes, enquanto os terópodes e os ornitísqúios desenvolveram adaptações para sobreviver em climas mais frios, chegando a habitar regiões polares durante o período Jurássico.
“Nossos resultados sugerem que os primeiros dinossauros podem ter sido bem adaptados a ambientes quentes e áridos“, afirmou o professor Philip Mannion, coautor do estudo.
O estudo completo foi publicado na revista Current Biology.