Mesmo parecendo inofensivo, o banho em gatos deve ser feito apenas em casos extremos, pois felinos se limpam sozinhos e podem sofrer com traumas, infecções e estresse
Apesar de parecer um gesto de cuidado, dar banho em gatos pode ser prejudicial à saúde e ao bem-estar dos animais, conforme explicou a veterinária Carolina Vianna Leite Otero em entrevista ao Diário do Litoral. Segundo ela, a prática só deve ocorrer em situações específicas e com atenção redobrada.
Os gatos são conhecidos por seus hábitos de higiene e passam até 30% do tempo se lambendo, o que ajuda a manter a pelagem limpa e sem odores. A necessidade de banho só surge quando o animal está sujo por contato com substâncias tóxicas, como graxa, fezes ou urina, ou ainda em casos de doenças dermatológicas.
A veterinária destaca que o banho não deve ser rotina, mesmo para gatos acostumados desde filhotes. O estresse provocado pode gerar efeitos colaterais graves, principalmente em animais cardíacos ou muito jovens.
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Quando evitar o banho no seu gato
Filhotes sem vacinação completa têm o sistema imunológico imaturo e correm mais riscos ao serem expostos à água e produtos químicos. Além disso, gatos estressados ou agressivos podem reagir negativamente ao banho, gerando riscos tanto ao animal quanto ao tutor.
Problemas cardíacos e comportamentais também são alertas importantes para se evitar o banho. Nesses casos, o ideal é buscar outras formas de higiene, como lenços umedecidos específicos para pets.
Mesmo que alguns donos tentem acostumar os gatos à água desde cedo, o procedimento deve sempre respeitar o temperamento e as condições de saúde do animal.
Cuidados necessários para um banho seguro
Se houver recomendação veterinária para o banho, é essencial escolher um ambiente tranquilo e sem ruídos, que não causem medo no animal. Também é indispensável o uso de produtos próprios para felinos, evitando shampoos para humanos ou cachorros, que podem causar alergias ou irritações.
Após o banho, a secagem deve ser feita com toalha e secador morno, com cuidado para não assustar o gato. O uso de secadores muito quentes ou barulhentos pode comprometer ainda mais a experiência.
Além disso, manter a caixa de areia limpa e promover brincadeiras diárias ajudam o felino a manter o equilíbrio emocional e físico, reduzindo a necessidade de banhos.
Neste vídeo, Alexandre Rossi, especialista em comportamento animal e médico veterinário, fala sobre quando é indicado o banho em gatos.
Gatos se comunicam através de gestos sutis
De acordo com pesquisa da USP, gatos usam sinais corporais para demonstrar emoções, como confiança, medo ou carinho. Um exemplo comum é quando o animal pisca lentamente: isso pode indicar afeto e relaxamento.
Outros comportamentos, como orelhas viradas para trás ou cauda baixa, também sinalizam desconforto ou alerta. Por isso, entender a linguagem corporal do gato é fundamental para saber quando ele está ou não preparado para certas interações.
A observação desses sinais ajuda a reduzir o estresse e melhora a convivência com o animal, além de fortalecer o vínculo entre tutor e pet.
As informações foram divulgadas pelo portal Diário do Litoral, com base na entrevista da médica veterinária Carolina Vianna Leite Otero sobre higiene felina e os cuidados necessários ao considerar o banho em gatos.
Você já deu banho no seu gato achando que estava ajudando? Como foi a reação dele?