Nova técnica promete transformar a produção de diamantes ao dispensar pressões extremas e acelerar o cultivo em condições normais
Na busca por inovação, pesquisadores descobriram um jeito totalmente inédito de acelerar a produção de diamantes, criando essas gemas a partir do zero em condições ambientes comuns, tudo isso em apenas 15 minutos. Essa mudança radical não só facilita o processo, mas também abre caminho para novas aplicações que podem impactar setores como a mineração e a indústria tecnológica.
Para chegar a esse resultado, a equipe liderada por um físico-químico do Instituto de Ciências Básicas da Coreia do Sul reinventou o processo tradicional, dispensando a necessidade de uma gema inicial e das altíssimas pressões e temperaturas antes consideradas indispensáveis na produção de diamantes.
Em vez disso, utilizaram uma mistura de metais e silício num cadinho especialmente projetado, que permite ajustar rapidamente as condições internas, simulando parte das dinâmicas naturais que formam diamantes nas profundezas da Terra.
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Produção em 15 minutos
Enquanto métodos convencionais de produção de diamantes exigem pressões e temperaturas assustadoras, essa nova abordagem conseguiu criar películas de diamante em pouquíssimo tempo, ainda que em dimensões microscópicas.
Embora esses diamantes sejam pequenos demais para se tornarem joias, seu potencial para aplicações industriais, como em ferramentas de perfuração ou polimento, é enorme. Afinal, a possibilidade de escalar essa técnica e ajustá-la às necessidades de diferentes setores pode mudar a maneira como entendemos a mineração de recursos valiosos.
Apesar das limitações atuais, os cientistas estão otimistas. Em breve, novos avanços técnicos podem tornar a produção de diamantes ainda mais acessível e versátil, abrindo um capítulo inédito na história dessas pedras preciosas. Só o tempo dirá até onde essa inovação nos levará.
Como é feito diamante em laboratório?
Em termos técnicos, o método atual de produção de diamantes envolve uma câmara de cadinho de aproximadamente 9 litros (2,4 galões), onde elementos como gálio, níquel, ferro e uma pequena quantidade de silício são cuidadosamente aquecidos e combinados para catalisar a formação das gemas.
O processo ocorre em condições de pressão atmosférica padrão, dispensando equipamentos massivos e dispendiosos, o que reduz significativamente o tempo de síntese e o consumo energético, além de possibilitar ajustes rápidos na composição dos gases internos para otimizar o crescimento dos cristais.
Essas inovações não apenas tornam a produção de diamantes mais ágil e controlada, mas também podem impactar o setor de mineração, ao diminuir a dependência de métodos tradicionais e onerosos.
Embora as dimensões dos diamantes obtidos ainda sejam muito pequenas para o uso em joias, suas propriedades físicas e químicas permanecem intactas, sugerindo que, no futuro, sua aplicação em ferramentas de perfuração, corte e polimento – áreas onde a resistência e dureza do diamante são imprescindíveis – possa se tornar um novo padrão tecnológico.
Boa