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Da genética ao manejo sustentável até o Chuck Eye Roll nas parrillas: como a nova era da pecuária elevou a carne premium brasileira ao topo da gastronomia internacional

Escrito por Felipe Alves da Silva
Publicado em 17/08/2025 às 09:14
Corte de carne Chuck Eye Roll da Friboi em destaque sobre tábua de madeira.
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De fazendas tecnológicas ao Chuck Eye Roll nas steakhouses, especialistas mostram como manejo, genética e inovação redefinem a pecuária nacional e impulsionam a alta gastronomia

A chamada pecuária evolutiva marcou presença na Semana de Jornalismo Gastronômico Paladar Estadão, em São Paulo, e apresentou como a produção bovina brasileira passou por uma transformação profunda — da genética dos animais ao prato final servido nos restaurantes. O evento foi promovido pela JBS, por meio da Friboi, e reuniu especialistas para debater o impacto desse processo no mercado de carnes premium.

Segundo a companhia, o Brasil se consolidou como um dos países que mais avançaram na integração de tecnologia, manejo e genética na pecuária. A evolução trouxe ganhos de qualidade, sustentabilidade e rentabilidade para toda a cadeia produtiva.

“O avanço está conectado à cadeia como um todo: genética, criação, alimentação, sanidade e bem-estar animal. Hoje, somos referência mundial em carne premium”, afirmou Leonardo Maciel, gerente técnico comercial da Friboi, durante sua apresentação.

O Chuck Eye Roll é um corte do acém localizado entre a costela e a coluna vertebral. Historicamente destinado à moagem para hambúrgueres por conta do sabor intenso e do bom equilíbrio de gordura, ganhou espaço nos últimos anos com o crescimento da demanda por cortes da dianteira e a valorização da maciez característica das carnes Angus.

Cortes ressignificados pela pecuária evolutiva

A palestra intitulada “A Pecuária Evolutiva” também contou com Júlio Bassan, coordenador técnico e consultor da Friboi. Ambos destacaram como o conceito rompeu com a antiga classificação de carnes de “primeira” e “segunda”.

Graças ao desenvolvimento genético, ao manejo e ao uso de tecnologia, cortes tradicionalmente desvalorizados passaram a ser valorizados na gastronomia. “Aquilo que a gente chamava de carne de segunda não existe mais”, explicou Maciel.

Entre os exemplos apresentados, o destaque foi para o Chuck Eye Roll, um corte retirado da dianteira do animal, entre a primeira e a quinta costela, que ganhou espaço em restaurantes de alto padrão.

Chuck Eye Roll: o novo queridinho das cozinhas profissionais

Chuck Eye Roll, da linha 1953 Friboi, é considerado hoje uma alternativa de excelência a cortes tradicionais e mais caros, como filé mignon, ancho e chorizo. Quando bem trabalhado, entrega maciez, marmoreio e sabor intensos, características essenciais para a gastronomia de alto nível.

Segundo a Friboi, o corte pode ser desdobrado em diferentes preparos valorizados pelos chefs: o Short Rib, o Denver Steak e o Cowboy Steak. Essa diversidade de aproveitamento amplia as possibilidades dentro das cozinhas profissionais.

“O Chuck Eye Roll é extremamente macio e saboroso. Ele faz a vez do que se espera de um filé mignon, mas com melhor custo-benefício”, disse Maciel.

Mais rentabilidade para restaurantes

Além da qualidade, o corte se destacou pelo fator econômico. Quando preparado corretamente, pode reduzir em até 40% os custos dos restaurantes em comparação ao filé mignon, segundo Bassan.

Isso ocorre porque o corte tem preço mais atrativo, mas mantém o mesmo padrão de sabor e maciez exigido na alta gastronomia. Assim, garante mais rentabilidade para os negócios sem comprometer a experiência dos clientes.

“O Chuck Eye Roll deixou de ser apenas acém e passou a ser valorizado em steakhouses, parrillas, restaurantes asiáticos e na alta gastronomia”, reforçou o consultor.

Versatilidade no preparo e novas experiências

Outro ponto destacado foi a versatilidade do corte. Ele pode ser grelhado, braseado, defumado, servido em bifes, guisados ou até mesmo como carpaccio. Essa flexibilidade amplia a presença do produto em diferentes cardápios.

De acordo com os especialistas, a técnica correta de preparo valoriza o corte e transforma a experiência do consumidor, ao mesmo tempo em que contribui para a economia de insumos dentro das cozinhas.

Essa lógica se insere no conceito da pecuária evolutiva: usar tecnologia e conhecimento para aproveitar integralmente o animal, reduzir desperdícios e gerar mais valor para o mercado gastronômico.

Uma nova era para a carne brasileira

A informação foi divulgada pelo Estadão, que acompanhou o evento e destacou como a pecuária nacional entrou em uma fase mais tecnológica e sustentável. O processo envolve desde a escolha genética até o corte final, garantindo qualidade constante e alinhamento com as exigências da gastronomia mundial.

No workshop “Introdução à Crítica Gastronômica”, realizado durante a Semana Paladar, estudantes de jornalismo e recém-formados puderam provar o Chuck Eye Roll e comprovar as características apresentadas pelos especialistas.

Com essa estratégia, a linha 1953 Friboi reforça seu papel em oferecer uma nova leitura da carne bovina, mais consciente, técnica e adaptada às demandas do mercado de alta gastronomia.

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Felipe Alves da Silva

Profissional com formação militar pelo Exército Brasileiro e experiência em gestão administrativa e logística no setor industrial. Escreve sobre defesa, segurança, geopolítica, indústria automotiva, ciência e tecnologia. Sugestões de pauta: fa06279@gmail.com

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