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Custo da cesta básica subiu em 14 capitais, evidenciando que o salário mínimo atual de R$ 1.518,00 não atende necessidades essenciais

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 10/03/2025 às 21:42
cesta básica
© EBC/Arquivo
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Estudo do Dieese aponta alta no custo da cesta básica e indica insuficiência do salário mínimo para sustentar famílias

O preço da cesta básica de alimentos aumentou em fevereiro em 14 das 17 capitais analisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A maior alta foi registrada em Recife, com aumento de 4,44%. João Pessoa (2,55%), Natal (2,28%) e Brasília (2,15%) vêm em seguida.

Por outro lado, houve queda nos valores das cestas em Goiânia (-2,32%), Florianópolis (-0,13%) e Porto Alegre (-0,12%). Apesar da redução, Florianópolis permanece entre as capitais com os maiores custos, ocupando a terceira posição, atrás de São Paulo e Rio de Janeiro.

São Paulo tem cesta mais cara

A capital paulista registrou o maior custo dos alimentos básicos em fevereiro, chegando a R$ 860,53. O Rio de Janeiro apareceu logo atrás, com R$ 814,90. Florianópolis, mesmo com leve queda no mês, teve o terceiro maior valor: R$ 807,71. Campo Grande completa o grupo das cidades mais caras, com R$ 773,95.

Em contrapartida, as cidades com valores mais baixos foram Aracaju (R$ 580,45), Recife (R$ 625,33) e Salvador (R$ 628,80). O estudo destacou que nas cidades das regiões Norte e Nordeste a cesta básica tem uma composição diferente, o que influencia diretamente nos preços finais.

Variação anual

Na comparação com fevereiro do ano passado, a cesta básica ficou mais cara em 14 capitais pesquisadas pelo Dieese. O maior aumento anual foi registrado em Fortaleza, com alta de 13,22%. Vitória teve a menor variação positiva, de apenas 1,87%.

Por outro lado, Porto Alegre (-3,40%), Rio de Janeiro (-2,15%) e Belo Horizonte (-0,20%) apresentaram queda no valor dos alimentos, indicando algum alívio pontual aos consumidores dessas cidades.

Salário mínimo longe do ideal

O levantamento do Dieese apontou ainda que o atual salário mínimo de R$ 1.518 é insuficiente para atender as necessidades básicas de uma família com quatro pessoas, conforme prevê a Constituição Federal.

Para o mês de fevereiro, seria necessário um salário mínimo de R$ 7.229,32, ou seja, quase cinco vezes o valor vigente, considerando os preços praticados na capital paulista.

Além disso, o trabalhador remunerado pelo piso comprometeu, em média, 51,46% do seu salário líquido (após desconto previdenciário) com a compra da cesta básica.

Em horas trabalhadas, foram necessárias 104 horas e 43 minutos para adquirir os produtos essenciais em fevereiro, um aumento comparado a janeiro, quando eram necessárias 103 horas e 34 minutos.

Em fevereiro de 2024, porém, o tempo exigido havia sido ainda maior: 107 horas e 38 minutos.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor.

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