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Tempo de leitura 3 min de leitura Comentários 4 comentários

CSN vende parte da Usiminas às vésperas de reunião decisiva e família Batista entra no jogo com força total

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 31/07/2025 às 16:23
Com entrada dos Batista na Usiminas, setor do aço pode passar por nova reconfiguração acionária e produtiva
Com entrada dos Batista na Usiminas, setor do aço pode passar por nova reconfiguração acionária e produtiva
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Movimento ocorre às vésperas de reunião decisiva do Cade e reacende disputa bilionária no setor do aço

A CSN vendeu parte de sua participação na Usiminas por R$ 263,3 milhões, reduzindo sua fatia na concorrente de 12,91% para 7,92%. De acordo com informações que O Globo apurou, a negociação acontece em meio à pressão da Justiça e do Ministério Público Federal, que cobram o cumprimento de uma decisão de 2014 do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), obrigando a CSN a baixar sua participação para menos de 5% na rival.

O comprador da fatia foi a Globe Investimentos S.A., empresa do grupo J&F, holding controlada pela família Batista, dona da JBS. A entrada do grupo no capital da Usiminas adiciona um novo elemento a uma das maiores disputas societárias do país, envolvendo CSN, Ternium e agora um terceiro grupo com interesses estratégicos em mineração e siderurgia.

Quem comprou a fatia e por que isso importa

A Globe Investimentos, presidida por Aguinaldo Gomes Ramos Filho, é o braço financeiro da J&F, conglomerado dos irmãos Batista. Embora a motivação exata da compra ainda não tenha sido divulgada, o grupo tem expandido sua atuação no setor de mineração por meio da Lhg Mining, o que pode indicar uma estratégia de verticalização ou diversificação industrial.

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A entrada dos Batista, conhecida por movimentações agressivas no mercado, pode alterar a correlação de forças no comando da Usiminas, hoje sob controle da Ternium, que também disputa influência com a CSN há anos.

Entenda a origem da disputa entre CSN e Usiminas

A presença da CSN no capital da Usiminas é considerada problemática pelo Cade desde 2014, quando o órgão antitruste decidiu que a participação deveria ser reduzida para menos de 5%, sob o risco de ferir a concorrência no setor siderúrgico. A CSN nunca cumpriu integralmente a decisão, o que levou a uma longa batalha judicial.

Em julho de 2025, o Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF-6) intimou o Cade a executar sua própria determinação. Mesmo assim, o órgão deu mais 60 dias para a CSN apresentar um plano de venda — prazo considerado insuficiente pela desembargadora Mônica Sifuentes, que decidiu intimar pessoalmente os conselheiros do Cade, alertando para risco de responsabilização individual por omissão.

Por que a reunião do Cade da próxima semana é decisiva

Na próxima quarta-feira (7), o Cade realiza uma reunião em que deve finalmente deliberar sobre o caso. O encontro ocorre sob forte pressão institucional: além da intimação judicial, o Ministério Público Federal alertou sobre possível crime de desobediência caso o órgão continue protelando o cumprimento da decisão de 2014.

Internamente, o cenário também mudou. O presidente Alexandre Cordeiro deixou o cargo, e o conselheiro decano Gustavo Augusto assumiu interinamente a liderança do Cade, o que pode influenciar a condução do caso.

Quais são os impactos no mercado e no setor siderúrgico

A redução parcial da participação da CSN não resolve totalmente o impasse jurídico, mas antecipa uma mudança no equilíbrio de poder entre os acionistas da Usiminas. Com a entrada da família Batista, abre-se espaço para novas alianças e reconfigurações no setor.

Além disso, o episódio expõe o descompasso entre decisões judiciais, regulação econômica e estratégias corporativas. A atuação do TRF-6 e do MPF pressiona o Cade a se posicionar de forma mais firme, o que pode gerar jurisprudência para outros casos semelhantes de concentração e participação cruzada entre concorrentes.

Você acha que o Cade deve forçar a CSN a vender mais ações da Usiminas? A entrada da J&F muda o jogo ou complica ainda mais o cenário? Deixe sua análise nos comentários — queremos saber como você enxerga esse movimento.

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Infante
Infante
01/08/2025 13:27

Donde em o dinheiro….tem radtros

Márcio
Márcio
31/07/2025 23:24

Isso tem nome na Itália,mas está espalhado mundo afora: Máfia.
Até outro dia tinha dezenas de leniências assinadas, e aí? Estes da JBS tiveram na lista do lava tudo, hoje continua as leniências(indústria naval, energia), outras tipo Odebrecht mudaram de nome,- mas, para que os grupos do lava tudo continuem levando contratos, e quem sabe levar mais unzinhos por fora. Faz o L, dá nisso.

Lucidalva
Lucidalva
31/07/2025 22:35

Irmão Batista são testa de ferro da organização criminosa que governa o país há anos !

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Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 7.000 artigos publicados nos sites CPG, Naval Porto Estaleiro, Mineração Brasil e Obras Construção Civil. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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