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CSN investe em startup de Singapura para a produção de grafeno e inicia pesquisas em Volta Redonda, no Rio de Janeiro

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 20/07/2021 às 16:08
CSN – grafeno – startup
Trabalhadora da CSN/ Fonte: Diário do Vale

A CSN Inova, braço de inovação da Companhia Siderúrgica Nacional, anuncia aporte financeiro em startup de Singapura, que produz e aplica o grafeno

A CSN Inova, braço de inovação da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), anunciou que realizou um aporte financeiro na 2D, startup de Singapura. A empresa identificou no grafeno (material 2D composto por camadas monoatômicas de carbono e derivado do grafite, mineral que possui a terceira maior reserva comprovada no Brasil) como um material-chave em sua estratégia de inovação. Veja ainda: CSN está com mais de 20 vagas de emprego abertas para operador, auxiliar de produção, estágio, engenheiro e mais

Pesquisa da CSN com o uso do grafeno

Segundo a CSN, na siderurgia, por exemplo, estudos já mostram que seu uso combinado ao aço traz maior resistência contra corrosão, entre outras propriedades. Quando o assunto é cimento, o grafeno tem um forte apelo para o desenvolvimento de uma nova geração do material, com maior resistência, além de mais leve e impermeável – o que seria altamente indicado para a utilização em prédios inteligentes, com captação e armazenamento de energia para aquecimento de água ou conforto térmico.

José Noldin, Head de Estratégia de Tecnologias da CSN Inova, diz que o grafeno é um poderoso aditivo, que mesmo em pequenas quantidades pode trazer grandes resultados e agregar muito valor aos produtos.

Centro de pesquisa de grafeno, em Volta Redonda

José Noldin, juntamente ao investimento na startup 2DM, a CSN está lançando um grupo de trabalho dedicado ao grafeno nas instalações do Centro de Pesquisas, na Usina Presidente Vargas (UPV). A equipe atuará como uma célula de competências na aplicação de grafeno e fomentará o desenvolvimento de soluções em energia, aço, cimento e minério de ferro.

O executivo da CSN Inova diz que “A versatilidade das aplicações do grafeno, principalmente com uma qualidade diferenciada como o da 2DM, faz dele um material único e que, certamente, irá revolucionar a indústria nos próximos anos. Desta maneira, iremos acelerar o uso também em outras indústrias, como têxtil, biomedicina, mobilidade, agrícola e outras, que são grandes consumidoras de aço e clientes da CSN. Por isso, esse investimento e posicionamento da CSN são estratégicos e trarão um impacto positivo para todo o mercado, além de reforçar a relevância de Volta Redonda para o progresso técnico-científico, industrial e sustentável do país”.

Confira ainda outra matéria: CSN negocia compra de nova fábrica de cimento do estado da Paraíba

O presidente da CSN, Benjamin Steinbruch, confirmou que está negociando a compra da Elizabeth Cimento, pertencente ao fundo Farallon, fábrica de cimento no estado da Paraíba. O negócio pode variar de US$ 200 milhões a 250 milhões, segundo informações do jornal Valor Econômico.

Steinbruch, presidente da CSN, disse que manterá o mercado informado sobre eventuais desdobramentos desse assunto. A direção da CSN informou, ainda, que não existe um documento vinculante para a aquisição.

Segundo especialistas do mercado, a aquisição é considerada estratégica para a divisão de cimentos da CSN, que tem planos de abrir capital na B3, a bolsa brasileira. A empresa já fez o registro da oferta pública de ações (IPO, em inglês) na CVM, órgão regulador do mercado de capitais.

Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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