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Crise sem fim! Volkswagen enfrenta demissões em massa e crise tecnológica: será o próximo caso Kodak e Nokia?

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 21/11/2024 às 21:32
A Volkswagen enfrenta desafios globais e internos que ameaçam sua liderança. Será que a gigante alemã repetirá os destinos da Kodak e Nokia?
A Volkswagen enfrenta desafios globais e internos que ameaçam sua liderança. Será que a gigante alemã repetirá os destinos da Kodak e Nokia?

Em meio a uma revolução no mercado automotivo, a Volkswagen luta para se adaptar ao futuro dos carros elétricos. Problemas internos e a concorrência chinesa colocam em xeque sua sobrevivência. Será que a gigante alemã conseguirá se reinventar a tempo ou seguirá os passos da Kodak e Nokia?

O mercado automotivo global vive uma transformação radical, colocando em xeque a sobrevivência até das maiores montadoras.

Em meio a esse turbilhão, a Volkswagen, uma das líderes do setor, enfrenta desafios que levantam uma pergunta inquietante: será que a empresa corre o risco de repetir os destinos de gigantes como Kodak e Nokia, que foram ultrapassadas por inovações tecnológicas?

Segundo o canal DW Brasil, a Volkswagen anunciou medidas drásticas para enfrentar a crise, como a redução de custos, fechamento de fábricas e demissões em massa.

A situação da montadora alemã tem paralelo com as histórias da Kodak, que dominava o mercado de fotografia antes da digitalização, e da Nokia, líder em telefonia móvel antes da ascensão dos smartphones. Mas será que a Volks realmente está fadada ao mesmo destino?

O novo paradigma automotivo

O setor automotivo está em meio a uma revolução tecnológica. Os carros de hoje são computadores sobre rodas, e o design externo e motores de combustão, antes grandes atrativos, perderam protagonismo.

O foco atual recai sobre veículos elétricos, definidos pela qualidade de suas baterias e pela integração de sistemas inteligentes, os chamados Software Defined Vehicles (SDVs).

De acordo com a DW Brasil, a Volkswagen enfrenta uma concorrência acirrada no mercado de baterias. “Os fabricantes chineses, juntos, possuem um domínio esmagador nesse setor”, relata o canal.

Isso significa que as montadoras ocidentais, incluindo a Volks, têm dificuldades para competir com os preços competitivos e a escala de produção das empresas asiáticas.

Um exemplo prático é o modelo elétrico Volkswagen ID.7. Apesar de sua bateria ter capacidade para mais de 700 km com uma única carga, o preço elevado de cerca de 55 mil euros (aproximadamente R$ 350 mil) torna-o pouco acessível.

Conflitos internos e desafios externos

Além de problemas tecnológicos e de mercado, a Volkswagen enfrenta uma grave crise interna, com protestos de trabalhadores exigindo aumento salarial de 7% e garantias de emprego.

Segundo a DW Brasil, os funcionários questionam os altos dividendos pagos aos acionistas enquanto a empresa planeja cortes significativos para economizar até 5 bilhões de euros.

Por outro lado, a competição com fabricantes chineses e empresas como Tesla e BYD, que já nasceram digitais, intensifica a pressão.

“As plataformas eletrônicas de veículos, que funcionam como o cérebro dos carros modernos, são o futuro”, explicou o canal.

Entretanto, a Volks ainda luta para se adaptar a esse modelo, com sua subsidiária de software, a Cariad, apresentando resultados aquém do esperado, apesar dos altos investimentos.

Comparações inevitáveis

O que está acontecendo com a Volkswagen é semelhante ao que ocorreu com a Kodak e a Nokia, argumenta a DW Brasil.

“A transição no setor automotivo é lenta, mas as consequências podem ser tão dramáticas quanto as vistas na telefonia móvel”, afirmam os especialistas citados pelo canal.

A Kodak, por exemplo, liderava o mercado de filmes fotográficos, mas não conseguiu se adaptar à digitalização e acabou praticamente extinta.

A Nokia, gigante da telefonia, perdeu sua relevância com a chegada dos smartphones e das empresas que dominam o mercado hoje, como Apple e Samsung.

Assim, o canal alemão alerta que a Volkswagen precisa reconhecer seus problemas e adotar um “choque de realidade” para evitar um destino semelhante.

Perspectivas para o futuro

Apesar da crise, a Volkswagen continua sendo a segunda maior fabricante de automóveis do mundo, atrás apenas da Toyota.

Em 2023, a empresa vendeu mais de 9 milhões de veículos e emprega cerca de 680 mil pessoas globalmente.

Contudo, para manter sua competitividade, a montadora terá que se transformar em uma empresa de tecnologia para disputar o mercado com concorrentes mais ágeis e inovadores.

De acordo com especialistas, o caminho para a Volks será apostar em parcerias estratégicas.

Recentemente, a empresa firmou alianças com a Rivian, focada no mercado norte-americano, e a Xpeng, voltada para o mercado chinês.

Essas colaborações buscam acelerar o desenvolvimento de tecnologias de software e plataformas eletrônicas.

Mas será que essas mudanças serão suficientes para garantir o futuro da gigante alemã?

Enquanto a resposta definitiva ainda não existe, uma coisa é certa: o mercado automotivo está em transformação e só os mais inovadores sobreviverão.

Um futuro incerto na Volkswagen

Conforme destacou a DW Brasil, o primeiro passo para resolver qualquer problema é reconhecê-lo. Será que a Volkswagen conseguirá se reinventar a tempo? Ou veremos outra gigante da indústria sucumbir às mudanças do mercado?

A revolução dos carros elétricos e a ascensão das tecnologias chinesas representam uma ameaça ou uma oportunidade para a Volks? Participe nos comentários e compartilhe sua opinião!

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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