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Crise econômica afunda Bolívia, reservas despencam de US$ 14 bilhões para apenas US$ 2 bilhões e filas explodem

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 17/08/2025 às 21:23
Inflação anual da Bolívia chega a 24,8%, a maior desde 2008, e já corrói salários de milhões de trabalhadores
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Crise econômica afunda Bolívia e agrava filas por pão, gasolina e dólares. Sem moeda forte e com escassez de produtos básicos, a crise econômica afunda Bolívia e coloca a população em situação crítica no dia a dia, segundo O Globo

A crise econômica afunda Bolívia e se manifesta em cenas cotidianas que revelam a gravidade do momento. Em La Paz e outras cidades, moradores percorrem padarias em busca de farinha e pão, enfrentam longas filas para abastecer veículos e lidam com a disparada do dólar no mercado paralelo.

De acordo com reportagem do jornal O Globo, a situação expõe o esgotamento das reservas internacionais e a dependência de importações para garantir combustíveis, trigo e insumos básicos. A escassez não só afeta a mesa dos bolivianos como também compromete a estabilidade produtiva do país.

Faltam dólares e reservas cambiais despencam

Um dos maiores sinais de que a crise econômica afunda Bolívia é o colapso das reservas internacionais. Em 2014, o país acumulava quase US$ 14 bilhões em divisas, impulsionado pelo boom do gás natural. Hoje, restam menos de US$ 2 bilhões, dos quais apenas US$ 50 milhões em moeda estrangeira — montante insuficiente para sustentar importações regulares.

Sem dólares disponíveis, o câmbio paralelo dobrou em pouco tempo, encarecendo produtos básicos como medicamentos, alimentos e combustível. A consequência é imediata: famílias gastam mais, empresas reduzem estoques e o comércio sofre paralisações.

Escassez atinge pão e alimentos básicos

A falta de farinha transformou o tradicional pão marraqueta em símbolo da crise. O produto, que recebe subsídio estatal, ainda mantém preço controlado, mas outros pães subiram de forma abrupta e se tornaram inacessíveis para muitas famílias.

Relatos mostram que a crise econômica afunda Bolívia ao ponto de trabalhadores gastarem horas em busca de pães frescos. A inflação anual chegou a 24,8% em julho, a mais alta desde 2008, corroendo salários e pressionando o consumo.

Filas intermináveis em postos de gasolina

Nos postos, a cena se repete: motoristas chegam de madrugada e aguardam horas para abastecer. O governo importa gasolina e diesel, mas a falta de divisas interrompe as compras externas e gera desabastecimento frequente.

A crise econômica afunda Bolívia também pelo lado da energia, já que a exportação de gás, principal fonte de dólares, despencou. Em 2024, o país arrecadou apenas US$ 1,6 bilhão com o hidrocarboneto, contra um passivo de US$ 5 bilhões em dívidas e importações.

Inflação e risco de hiperinflacionário

Economistas alertam que a crise econômica afunda Bolívia para um cenário próximo da hiperinflação. Entre 2023 e 2024, a quantidade de moeda local em circulação cresceu 20%, sem respaldo em reservas. Esse movimento enfraqueceu ainda mais a confiança no boliviano, elevando preços em cascata.

Um estudo da Fundação Jubileu aponta que a pobreza real já alcança 44% da população, acima dos 36% divulgados oficialmente. Para especialistas, sem mudanças drásticas em subsídios e empresas deficitárias, a tendência é de deterioração ainda maior.

Contexto histórico: do auge ao colapso

No início dos anos 2000, a Bolívia foi beneficiada pelo ciclo das commodities, especialmente o gás natural. A crise econômica que hoje afunda Bolívia contrasta com esse período de prosperidade, quando o país sustentava altas reservas e crescimento contínuo.

A ausência de novos investimentos no setor de energia e a manutenção de gastos subsidiados levaram ao atual esgotamento. Com baixa diversificação produtiva, o país se tornou vulnerável a choques externos e à própria dependência de importações.

A realidade mostra que a crise econômica afunda Bolívia e atinge diretamente a rotina da população, seja nas filas por pão, na escassez de combustível ou na falta de dólares para manter o mercado interno funcionando.

E para você: como um país deve reagir quando enfrenta escassez de moeda forte e produtos básicos? Acredita que medidas emergenciais são suficientes ou é preciso mudar o modelo econômico de forma profunda? Deixe sua opinião nos comentários — queremos ouvir sua visão sobre esse cenário.

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Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 7.000 artigos publicados nos sites CPG, Naval Porto Estaleiro, Mineração Brasil e Obras Construção Civil. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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