Olavo Ehmke, sócio-diretor do grupo empresarial Autobunkers Defense, aponta espera de até dois anos por um modelo
Com a estima de serem o quarto produto mais comercializado no mundo, os semicondutores enfrentam uma crise global que afetou diretamente os mais diferentes setores da indústria, fenômeno que segue provocando um problema geral, pois diversas empresas precisaram alterar suas programações ou até paralisar as linhas de produção por conta da escassez da oferta dos componentes.
De acordo com a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), 12% dos fabricantes de diversos setores tiveram que parar parte da produção em julho de 2021 por falta de componentes eletrônicos. No setor automotivo, órgãos veem cada vez mais próximo o desabastecimento, ou seja, a falta de veículos para serem entregues.
Semicondutores: componentes fundamentais para a fabricação de veículos
Olavo Ehmke, sócio-diretor do grupo empresarial Autobunkers Defense, referência nacional em blindagem automotiva, já detecta tal realidade. Ele lembra que semicondutores são componentes fundamentais para a fabricação de veículos, por isso, a crise segue afetando o setor com força a área automotiva. “Foi afetada por desabastecimento de toda a cadeia de fornecedores”, explica. “E uma das razões para o momento ruim está na paralisação de diversas fábricas em 2020”, complementa.
-
Novo SUV brasileiro é mais potente que Toyota Corolla Cross, mais barato que um mini SUV, faz 705 km com um único tanque e promete fazer inveja ao Hyundai Kona e Kia Niro
-
Toyota Yaris Cross: novo mini SUV mais barato do Brasil, chega ao mercado em outubro fazendo 32 km/l, com nota máxima em segurança no ASEAN NCAP e surpreende consumidores
-
Nova Toyota Hilux 2027 surpreende com motor híbrido turbodiesel de 204 cv, câmbio de 8 marchas e pacote Adas completo: o que muda no visual, interior e tecnologia?
-
Novo Chevrolet Tracker 2026: central multimídia conectada, Wi-Fi nativo, motor 1.2 turbo com 141 cv e cinco anos de garantia resolvem as críticas do passado? Veja o que mudou no SUV
Olavo diz que, diante disso, o tempo médio de espera entre a compra de um carro zero quilômetro no Brasil e a entrega do modelo ao cliente está em três meses. “Mas há casos do comprador aguarda por dois anos”, afirma.
Não é por acaso que o especialista vê a falta de carros novos como uma realidade presente. “Já estamos enfrentando neste momento”. Tanto que, segundo Olavo, não há nenhuma marca que esteja entregando veículos normalmente. “O que ocorre é a entrega lenta ou a de modelos com menos recursos e equipamentos”.
Seminovos é a única saída no momento
Outra consequência apontada por Olavo é a migração de clientes para os veículos seminovos, pois este segmento independe da oferta de componentes e atende ao público que não tem disponilbilidade para aguardar. “Está ocorrendo este fato e um consequente envelhecimento da frota nacional”.
Olavo acredita que a estabilidade do setor deve acontecer em cerca de um ano. “Porém depende, para tanto, de uma estabilidade em todos os fatores externos/internacionais”.
Fonte: Carolina Lara Comunicação – carolina@carolinalara.com.br
Comentários fechados para esse artigo.
Mensagem exibida apenas para administradores.