A creatina é, sem dúvida, a substância mais estudada da suplementação, entretanto, entenda as funções cognitivas que ela possivelmente traz.
A creatina é aclamada por seus benefícios no ganho de força e massa muscular. Contudo, apesar de seu robusto embasamento científico para performance física, é crucial desmistificar algumas de suas promessas.
Recentemente, especialistas reforçaram que não há evidências de que a creatina melhore funções cognitivas, e, mais importante, alertam que ela não deve ser usada por todos. Entenda como ela funciona, seus verdadeiros benefícios e as precauções essenciais.
Creatina: como ela funciona e por que é a substância mais estudada
Para compreender a creatina, é preciso entender como ela funciona no corpo. Essa substância natural, presente em pequenas quantidades em alimentos como carne vermelha e peixe, é fundamental para a produção de energia rápida.
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Dentro das células musculares, a creatina se combina com um fosfato para formar fosfocreatina, uma reserva de energia que o corpo usa em atividades de alta intensidade e curta duração, como levantamento de peso e sprints.
Quando você realiza um exercício intenso, essa fosfocreatina libera rapidamente energia para ressintetizar o ATP (Adenosina Trifosfato), a principal “moeda” energética das células. Isso permite que os músculos trabalhem por mais tempo e com mais intensidade, atrasando a fadiga.
É por essa ação direta e comprovada no sistema energético muscular que a creatina se tornou a substância mais estudada no campo da nutrição esportiva.
Inúmeros estudos atestam sua eficácia em aumentar a força, a potência e a massa muscular, especialmente em exercícios de força e explosão. Seu embasamento científico para esses fins é vasto e consistente.
Não há evidências de que a creatina melhore funções cognitivas: desmistificando mitos
Apesar de seu sucesso na performance física, é vital esclarecer um mito persistente: não há evidências de que a creatina melhore funções cognitivas em indivíduos saudáveis.
Embora o cérebro utilize creatina para energia, pesquisas robustas não encontraram um impacto significativo na memória, foco ou outras funções mentais em pessoas que não possuem deficiências específicas de creatina ou condições neurológicas.
Essa é uma distinção importante, pois a expectativa de um benefício cognitivo generalizado pode levar ao uso inadequado.
O embasamento científico da creatina é focado principalmente em seu papel no músculo esquelético. Qualquer alegação sobre melhorias cognitivas para a população em geral carece de dados conclusivos.
É fundamental basear o consumo de suplementos em informações verificadas e com sólida comprovação científica para evitar expectativas irreais e possíveis frustrações.
Creatina não deve ser usada por todos: precauções essenciais
Mesmo sendo uma substância natural e amplamente pesquisada, a creatina não deve ser usada por todos. O uso indiscriminado ou sem orientação pode levar a efeitos indesejados ou agravar condições preexistentes.
As principais preocupações e razões pelas quais a creatina não deve ser usada por todos incluem:
- Problemas renais: Pessoas com histórico de doenças renais ou problemas nos rins devem evitar a creatina. Embora o suplemento não cause danos renais em indivíduos saudáveis, ele é metabolizado pelos rins e pode sobrecarregar órgãos já comprometidos. É crucial uma avaliação médica antes do uso.
- Gestantes e lactantes: Não há estudos suficientes que comprovem a segurança da creatina para mulheres grávidas ou em fase de amamentação. Portanto, o uso é contraindicado nessa população.
- Crianças e adolescentes: O uso de suplementos em jovens, cujos corpos ainda estão em desenvolvimento, deve ser feito com extrema cautela e apenas sob rigorosa orientação médica e nutricional, caso haja necessidade específica. O corpo em crescimento tem demandas nutricionais diferentes.
- Pessoas com doenças crônicas específicas: Pacientes com certas condições de saúde podem ter restrições ao uso da creatina. Sempre é necessário consultar um médico ou nutricionista antes de iniciar a suplementação.
- Efeitos Colaterais Menos Graves: Em alguns casos, o uso de creatina pode causar inchaço, ganho de peso (devido à retenção de água intramuscular, que é um efeito esperado de como ela funciona), ou desconforto gastrointestinal.
O embasamento científico é claro: a creatina é eficaz para melhorar o desempenho físico em populações específicas e sob certas condições.
No entanto, a orientação de um profissional de saúde, como um médico ou nutricionista, é indispensável para avaliar a necessidade individual, a dosagem correta e as possíveis contraindicações. Não se deixe levar por promessas exageradas; a segurança e a saúde devem vir sempre em primeiro lugar.