A imprensa internacional chamou atenção para a contínua desvalorização do real frente ao dólar, destacando preocupações sobre a economia brasileira
Real – O dólar opera em alta nesta terça-feira, cotado a R$ 6,186 às 11h50, um aumento de 0,95% em relação à segunda-feira. O movimento está refletindo preocupações dos investidores com o pacote fiscal que será votado pelo Congresso e a piora da percepção de risco em torno das contas públicas.
Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, abriu em leve alta, mas o cenário ainda é de volatilidade. Analistas ressaltam que, além da situação fiscal doméstica, o fortalecimento global do dólar também pressiona o real.
Expectativa sobre o pacote fiscal na cotação do dólar
O pacote de corte de gastos enviado pelo governo prevê uma economia de R$ 70 bilhões em dois anos e R$ 375 bilhões até 2030.
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O objetivo é conter o descontrole fiscal. Contudo, o mercado segue cético. A aprovação das medidas é considerada crucial para restabelecer a confiança dos investidores.
Com o recesso parlamentar se aproximando, a pressão aumenta. Se o pacote não for aprovado, a projeção para o déficit fiscal pode piorar, impulsionando ainda mais a cotação do dólar.
O Banco Central (BC) também divulgou a ata de sua última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), destacando os riscos associados à disparada do dólar e seu impacto sobre a inflação.
Intervenção do Banco Central
Na tentativa de conter a alta do dólar, o Banco Central vendeu mais de US$ 1,63 bilhão no mercado à vista.
A intervenção aliviou momentaneamente a cotação do dólar, mas o movimento não foi suficiente. Por volta das 9h40, a moeda chegou a desacelerar, mas retomou o ritmo de alta logo em seguida.
O real é uma das moedas emergentes com pior desempenho em 2024, acumulando desvalorização de 20% no ano. Essa posição fragilizada é atribuída às incertezas fiscais e à falta de confiança do mercado internacional.
Repercussão internacional
Veículos internacionais repercutiram a situação econômica brasileira. A Reuters chamou atenção para o desempenho negativo do real, que fechou em 6,09 por dólar na semana passada. A agência destacou a falta de confiança dos investidores, mesmo com as intervenções do BC.
O portal BNN Bloomberg apontou que a desvalorização cambial tem sido um dos principais fatores que impulsionam a inflação. A alta recente da Selic, que chegou a 12,25%, é reflexo da necessidade de conter os riscos inflacionários. Há previsões de que a taxa pode atingir 14% em março de 2025, uma vez que a inflação de serviços segue resiliente.
Falta de confiança do mercado
O presidente Lula também se posicionou. Em declarações recentes, ele criticou a política de juros altos, classificando-a como “irresponsável”. A fala, porém, não agradou o mercado. Com o déficit orçamentário em torno de 10% do PIB, investidores veem as declarações como um sinal negativo.
Além disso, a Bloomberg destacou o pessimismo crescente em torno dos ativos brasileiros. Desde o início do atual governo, o aumento de gastos tem alimentado preocupações sobre a sustentabilidade fiscal.
O analista Ian Lima, da Inter Asset, ressaltou que as intervenções do Banco Central podem até conter o avanço do dólar no curto prazo, mas não resolvem o problema estrutural. “A cotação do dólar segue um caminho claro de alta, e o governo precisa agir com urgência”, disse Lima.
Impactos no mercado
A desvalorização do real tem consequências diretas para a economia. Importações ficam mais caras, pressionando os preços internos.
O aumento no custo de matérias-primas também impacta a indústria e a produção agropecuária, que dependem de insumos importados.
Por outro lado, exportadores acabam sendo beneficiados. A soja, o milho e outros produtos do agronegócio ganham competitividade no mercado externo com o dólar em alta. O saldo, no entanto, é negativo quando o impacto inflacionário é considerado.
Em entrevista à Reuters, o economista Marcos Brito destacou que o Brasil precisa retomar a confiança. “As intervenções pontuais do Banco Central ajudam, mas o problema é fiscal. Enquanto o governo não sinalizar responsabilidade com as contas, o dólar vai continuar subindo”.
Projeções para o dólar
A cotação do dólar deve se manter pressionada nas próximas semanas. Segundo economistas consultados pelo Banco Central, a moeda pode ultrapassar R$ 6,20 em breve.
O relatório Focus desta semana aponta para um cenário preocupante: previsão de inflação em alta e Selic ainda mais elevada.
A deterioração das expectativas para a economia brasileira tem levado a um movimento de fuga de capital estrangeiro. Investidores internacionais buscam mercados mais seguros, enquanto o real segue enfraquecido.
O Congresso será o palco das decisões mais importantes nos próximos dias.
A votação do pacote fiscal deve trazer alguma direção para o mercado. Caso aprovado, o governo ganhará tempo para reorganizar as contas e reduzir a pressão sobre a cotação do dólar. Caso contrário, a moeda pode seguir em ritmo acelerado de alta.
Se esse **** continuar no poder veremos o Brasil ser destruído!
FAZ O L, DEI ALL IN EM CRIPTO EM 2022 VOCES MERECEM (E EU TBM AHAHAH ) UM DOLAR ALTO