Mesmo novo e funcional, Corvette C8 é destruído pela própria GM; prática comum visa impedir que certos carros cheguem às ruas
Nem todo carro novo e funcional vai parar nas ruas. Dentro da General Motors, alguns modelos saem da linha de montagem já com o destino selado: a destruição completa.
Um caso recente chamou a atenção dos apaixonados por carros. Um Corvette C8, superesportivo moderno e em perfeito funcionamento, foi partido ao meio pela própria montadora. E não foi por acidente ou defeito de fábrica. Foi decisão interna.
Destruição com hora marcada
Esse tipo de prática é mais comum do que parece na indústria automotiva. Diversos veículos são produzidos com a certeza de que nunca serão vendidos.
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Eles são usados para testes de qualidade, desenvolvimento de tecnologias ou exibição em feiras.
Depois de cumprir essas funções, o protocolo da GM é claro: o carro deve ser destruído. Brandon Woodley, responsável por realizar esse tipo de tarefa, explicou como tudo é feito.
Com uma simples serra Sawsall — ferramenta comum em oficinas — é possível cortar um Corvette ao meio em apenas três minutos.
Sem chance de circular
O corte é literal. Não há marteladas cerimoniais nem desmontagem parcial. O carro inteiro é dividido.
Em muitos casos, esses veículos nem chegam a ter um número de chassi (VIN), o que impede qualquer chance de emplacamento.
Mesmo nos casos em que têm registro, como os Corvettes atingidos por tornados na fábrica de Bowling Green, no Kentucky, em 2021, a própria GM cancela os dados no sistema.
Isso torna impossível qualquer tentativa de reconstrução ou legalização futura.
Imagens que chocam os fãs
A destruição do Corvette C8 foi documentada com imagens que mostram o carro ainda brilhando, dividido em duas metades. Para os fãs da Chevrolet, é uma cena difícil de assistir.
O impacto visual gera debates. Por que não transformar essas peças em arte, móveis ou trailers? A internet não perdeu tempo e já sugeriu destinos alternativos: churrasqueiras estilizadas, esculturas automotivas ou reboques com visual esportivo.
A regra é rígida
Apesar das ideias criativas, a GM mantém seus protocolos. Carros usados em testes ou atingidos por desastres são considerados impróprios para o consumidor. Mesmo funcionando perfeitamente, eles não ganham uma segunda chance.
Segundo a empresa, isso é parte do controle de qualidade. O objetivo é garantir que apenas veículos com histórico limpo cheguem às mãos dos clientes.
O Corvette não poderia ter outro fim?
O caso do Corvette partido ao meio deixa uma pergunta no ar. Um carro que funciona, mesmo sem chance legal de rodar, não poderia ter outro fim?
Por enquanto, a resposta da indústria continua a mesma: protocolo é protocolo. E o Corvette, mesmo novo e potente, foi mais um a terminar no chão da oficina — dividido ao meio.
Com informações de Notícias Automotivas.