Problemas com a correia banhada a óleo nos motores PureTech levam a recall em massa e troca definitiva por corrente metálica
A correia banhada a óleo foi criada para unir o silêncio das correias tradicionais à durabilidade das correntes metálicas. No entanto, esse conceito não funcionou como esperado em diversos motores da Stellantis, especialmente na Europa. Após uma série de falhas graves nos motores 1.0 e 1.2 PureTech, a montadora decidiu substituir o sistema por corrente de comando.
O anúncio foi feito após uma série de queixas e recall em larga escala, envolvendo marcas como Peugeot, Citroën, Opel, DS e Vauxhall. A Stellantis reconheceu falhas de projeto, aumentou a garantia para até 10 anos e iniciou o ressarcimento de manutenções em concessionárias oficiais.
Problemas com a correia banhada a óleo começaram na antiga PSA
O uso da correia banhada a óleo começou em 2012, nos motores 1.2 PureTech da antiga PSA. A promessa era ousada: durabilidade de até 240 mil km com manutenção mínima. Na prática, o componente se degradava antes da hora, obstruindo dutos de óleo e danificando o motor.
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Segundo o jornal francês L’Argus, o problema era agravado quando o proprietário utilizava óleo fora das especificações exigidas. O ressecamento da correia gerava partículas que entupiam a bomba e o filtro de óleo. A PSA tentou uma solução paliativa com camadas protetoras, mas não houve sucesso.
A primeira resposta oficial da Stellantis veio apenas após grande volume de motores danificados e pressão de consumidores. A troca recomendada da correia caiu de 240 mil km para apenas 60 mil km ou 3 anos de uso, com custo de até 800 euros (cerca de R$ 5.200).
Stellantis inicia recall e troca por corrente metálica em novos modelos
Em 2025, a Stellantis anunciou um recall massivo para substituição das correias por componentes reforçados. A mudança incluiu a adoção definitiva da corrente de comando em versões atualizadas dos motores PureTech, especialmente nas variantes híbridas leves de 48V.
Além do recall, a fabricante estendeu a garantia dos motores para 10 anos ou 175 mil km e criou uma plataforma digital para que proprietários solicitem o reembolso de reparos feitos em oficinas autorizadas. A decisão abrange milhares de unidades vendidas nos principais mercados europeus.
No Brasil, os impactos foram mais limitados. O antigo Peugeot 208 chegou a utilizar o motor 1.2 PureTech, mas com intervalos de troca mais curtos (80 mil km), o que evitou falhas em larga escala. Modelos da Fiat e da Jeep escaparam completamente do problema por usarem motores com corrente desde o início.
Nome “PureTech” será aposentado por desgaste na reputação
Diante da repercussão negativa, a Stellantis decidiu abandonar o nome “PureTech” em todos os seus novos motores. A medida tenta romper com o histórico de falhas mecânicas que mancharam a reputação do propulsor, apesar das melhorias recentes.
Mesmo com a substituição gradual da correia banhada a óleo, alguns modelos ainda utilizam o componente — mesmo que com reforços. Um exemplo é o Peugeot 308 com motor 1.2 turbo de 130 cv. Já a versão híbrida leve, com 136 cv, usa corrente de fábrica.
Segundo comunicados oficiais da Stellantis, todos os novos lançamentos europeus até 2026 devem sair de fábrica com corrente, eliminando de vez a aplicação da tecnologia que fracassou em durabilidade.
Você acha que a correia banhada a óleo deveria ser proibida no Brasil? Já teve problemas com esse sistema no seu carro? Deixe seu relato nos comentários.
Pior é que a GM ainda insiste nesta correia. Está perdendo vendas e não aprende. Deixei de comprar GM por isso.
Sim , tive problema sério, que me custou muito, o serviço foi caríssimo. A correia rompeu com 40 mil / km. Uma vergonha !! CARRO, FORD KA 1.5 MOTOR DRAGON AUTOMÁTICO 2019. TIVE QUE FAZER RETÍFICA…
Essa correia dentada banhada a óleo foi a maior bobagem que inventaram só pra dar prejuízo as montadoras e clientes, denegrindo a reputação das marcas. Quando as coisas estão dando certo aparece uma outra coisa e estraga tudo. Tem três opções mais seguras, a velha correia dentada a seco, a corrente e com engrenagens. O certo é que borracha e óleo não combinam de jeito nenhum.