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Cópia da Terra? NASA encontra planeta com 84% de probabilidade de ser habitável – um dos mais semelhantes já descobertos

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 20/11/2024 às 10:18
Atualizado em 21/11/2024 às 08:29
Terra, Nasa
Foto: Reprodução
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Um planeta com características semelhantes à Terra foi identificado pela NASA, apresentando alta probabilidade de habitabilidade, 84% no total

Nosso planeta, a Terra, continua sendo o único lar conhecido da vida no vasto universo. No entanto, as mais de 4.000 descobertas de exoplanetas pela NASA ampliaram significativamente nosso entendimento e nossas esperanças.

Entre esses mundos distantes, um planeta em particular, KOI-3010.01, localizado a cerca de 1.200 anos-luz da Terra, chamou a atenção dos cientistas. Com uma impressionante probabilidade de habitabilidade de 84%, ele se tornou um dos candidatos mais promissores para abrigar formas de vida.

KOI-3010.01 orbita a estrela KOI-2010 e possui características que o tornam incrivelmente semelhante à Terra. Sua temperatura média, de 67°F (19°C), é apenas um pouco mais quente do que a da Terra. Essa diferença sutil encaixa-se perfeitamente na definição de um clima ambiente ideal para a vida.

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Além disso, o planeta é cerca de 1,5 vezes maior que o nosso, e os cientistas acreditam que ele poderá abrigar vastos oceanos cobrindo até 60% de sua superfície. Essa combinação de fatores, como água em abundância e uma atmosfera estável, cria condições bastante promissoras.

Super-Terras e estrelas anãs

Embora KOI-3010.01 seja destaque, ele não está sozinho. Outro planeta, KOI-5715.01, também figura como candidato a “super-Terra”. Esta orbita uma estrela anã laranja na constelação de Cygnus, a cerca de 3.000 anos-luz de distância.

As anãs laranja, conhecidas por sua longevidade de até 70 bilhões de anos, oferecem períodos extensos para que formas de vida possam evoluir. KOI-5715.01 está localizado na zona habitável de sua estrela, com temperatura média de 52°F (11°C). Apesar de ser mais frio, sua gravidade elevada pode contribuir para a retenção de calor, criando um ambiente surpreendentemente confortável.

Já o Kepler-186f, apelidado de “primo da Terra”, é outra descoberta de peso. Situado a 490 anos-luz de distância, ele orbita uma estrela anã vermelha em um ambiente escuro, mas estável. Seu tamanho é quase idêntico ao da Terra, e sua especificidade axial indica a possibilidade de estações consistentes e ciclos dia-noite bem definidos. Embora tenha uma gravidade moderada, sua atmosfera densa pode proteger contra a radiação espacial e reter calor, garantindo temperaturas propícias à vida.

Os famosos Kepler-62e e Kepler-62f, por sua vez, permanecem referências no campo de exoplanetas habitáveis. Localizados a 1.200 anos-luz, na constelação de Lyra, esses planetas orbitam uma estrela anã vermelha. Kepler-62e, com 1,5 vezes o tamanho da Terra, é possivelmente coberto por um imenso oceano, o que o torna uma visão fascinante de um “mundo aquático”.

O que é necessário para o planeta ser habitável?

A busca por planetas habitáveis tem se intensificado nas últimas décadas, movida pelo desejo de encontrar mundos que possam sustentar a vida como a conhecemos. Pesquisadores identificaram uma série de condições essenciais que um planeta deve atender para abrigar formas de vida. Entre elas, a presença de água líquida é, sem dúvida, a principal.

Para que a água permaneça em estado líquido, é necessário que o planeta esteja localizado na “zona habitável” de sua estrela. Essa região específica permite temperaturas moderadas, evitando que a água evapore completamente ou congele de forma permanente. A posição orbital é, portanto, um dos primeiros fatores analisados quando um novo exoplaneta é descoberto.

Outra característica indispensável é a presença de uma atmosfera adequada. Este envoltório gasoso protege a superfície planetária de radiação solar prejudicial e pequenos impactos de meteoros. Além disso, a atmosfera contribui para a regulação da temperatura, criando um efeito estufa moderado que impede variações extremas de calor e frio.

A composição dessa camada é igualmente importante, exigindo um equilíbrio entre gases como oxigênio, nitrogênio e dióxido de carbono para suportar processos biológicos.

A geologia do planeta também desempenha um papel crítico. Uma superfície sólida ou aquosa é necessária para a formação de ecossistemas. Além disso, um núcleo ativo é desejável, pois alimenta a atividade tectônica e gera um campo magnético que protege o planeta de ventos solares e radiações prejudiciais. Sem este campo magnético, moléculas essenciais à vida poderiam ser destruídas.

A estabilidade da estrela central e a interação gravitacional com outros corpos também são fatores decisivos. Estrelas estáveis, de baixa variabilidade, oferecem condições mais seguras, enquanto explosões frequentes podem esterilizar qualquer forma de vida incipiente.

Além disso, interações gravitacionais, como as entre a Terra e a Lua, podem estabilizar a rotação planetária, favorecendo ciclos biológicos regulares.

Esses fatores, quando combinados, criam um ambiente propício para o surgimento e a prosperidade da vida. A busca por planetas que reúnam todas essas características continua a desafiar os limites do conhecimento humano e a expandir nossas perspectivas sobre o lugar da Terra no universo.

O que o futuro reserva?

Apesar das distâncias inimagináveis ​​— KOI-3010.01 —, esses planetas acenderam a esperança de que não estamos sozinhos. O trabalho contínuo da NASA e de outras agências espaciais no estudo de super-Terras nos aproxima cada vez mais de responder à antiga pergunta: existe vida além da Terra?

À medida que a tecnologia avança, novas missões podem não apenas confirmar a habitabilidade desses planetas, mas também desvendar ecossistemas prósperos.

Seja por meio de telescópios mais potentes ou de viagens interessantes, o futuro promete trazer descobertas que desafiarão tudo o que saberemos sobre nossa existência. E quem sabe? Talvez a primeira evidência de vida extraterrestre esteja mais perto do que imaginamos, ou pelo menos um pequeno erro de cálculo poderia indicar algo maior.

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Fabio Macedo
Fabio Macedo
21/11/2024 09:57

Não satisfeito em destruir o próprio planeta aonde vive, agora descobre outro para tentar destruir. Infelizmente, aonde o ser humano coloca as mãos, ele destrói.

Antônio Florio Lopes
Antônio Florio Lopes
21/11/2024 09:32

Digamos que seja igual a terra e, como chegar lá? 1200 anos-luz imagine? Nem que fosse 1 ano-luz(?!?)🤔💫

David Ferreira Martins da Luz
David Ferreira Martins da Luz
21/11/2024 09:07

Não tiro sua razão mas acho que não estamos sozinhos no universo.
Mas ainda não chegou a hora de saber sobre isso.
Mas se algo acontecer com a terra já temos para onde ir.

Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail flclucas@hotmail.com.

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