Câmara aprova transferência temporária para a Amazônia no período da conferência climática
Uma decisão inédita foi aprovada no Congresso Nacional e atraiu a atenção de todo o país.
A Câmara dos Deputados aprovou em 25 de setembro de 2025 o Projeto de Lei 358/25, de autoria da deputada Duda Salabert (PDT-MG). O texto determina que a capital federal será temporariamente transferida de Brasília para Belém, no Pará, entre os dias 11 e 21 de novembro de 2025, durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30). A proposta ainda segue para análise no Senado Federal antes de entrar em vigor.
Contexto histórico e simbólico
A transferência simbólica da capital durante grandes eventos já ocorreu no Brasil. Em 1992, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92), a capital foi levada ao Rio de Janeiro. Essa medida concentrou as atenções políticas e internacionais no evento.
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Agora, o objetivo é colocar a Amazônia no centro do debate climático mundial, reforçando o compromisso brasileiro com a agenda ambiental. Por isso, a COP30 se consolida como o maior encontro global sobre mudanças climáticas, reunindo desde 1995 líderes, cientistas, empresas e sociedade civil.
O que prevê o projeto
Segundo o texto aprovado, os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário terão autorização para se instalar em Belém durante o evento e conduzir suas atividades institucionais. Além disso, atos oficiais assinados pelo presidente da República e ministros de Estado terão como referência a cidade de Belém.
O Poder Executivo organizará a regulamentação da lei e cuidará das medidas logísticas, administrativas e operacionais. Dessa forma, o governo assegura a execução da transferência temporária.
Apoio político à iniciativa
O deputado José Priante (MDB-PA) relatou o projeto e defendeu a sua aprovação. Para ele, a medida recoloca o Brasil na liderança da diplomacia climática e ambiental, posição já assumida desde a Rio-92. “A COP30 consolida o protagonismo brasileiro e projeta a Amazônia como epicentro das decisões globais”, destacou Priante.
A autora, deputada Duda Salabert, reforçou que a transferência “não é apenas um gesto simbólico, mas um compromisso concreto com o desenvolvimento sustentável”. Por isso, ela afirmou que colocar a Amazônia no centro das decisões políticas globais fortalece o papel do Brasil.
Impactos políticos e institucionais
A aprovação representa um marco histórico para o país. Durante a COP30, o Brasil terá a sede do poder federal em Belém, no coração da Amazônia. Dessa maneira, o gesto fortalece a imagem brasileira como ator estratégico no debate climático.
Especialistas apontam que a iniciativa funciona também como um recado diplomático de alto impacto, porque mostra que a região amazônica é território-chave na luta contra o aquecimento global.
Relevância da COP30 para o Brasil e o mundo
A COP30 será a primeira edição realizada em território amazônico. Para o Brasil, o evento de 2025 deve consolidar o protagonismo internacional em temas ambientais, além de projetar Belém como vitrine global.
O encontro ocorre em meio a negociações sobre redução de emissões, financiamento climático e preservação dos biomas tropicais. Assim, a presença das autoridades brasileiras na Amazônia reforça a mensagem de que o país coloca a floresta no centro da política climática internacional.
O Brasil se prepara para receber líderes mundiais, cientistas e organizações civis em novembro de 2025. A decisão de transferir simbolicamente a capital para Belém confirma o compromisso de unir política, diplomacia e sustentabilidade em uma agenda comum.
E você, acredita que essa transferência simbólica é suficiente para consolidar a Amazônia como protagonista global das decisões climáticas ou o Brasil deveria adotar medidas ainda mais concretas?