Estamos bem próximos da 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas e, por isso, a COP27, reabriu o debate sobre o uso de energias renováveis na indústria brasileira.
Atualmente, o setor tem grande destaque por possuir uma matriz energética com grande participação de fontes renováveis, sendo uma realidade para poucos países no mundo. Além disso, a indústria brasileira é considerada uma das mais competitivas do mundo em relação à sustentabilidade e emissões de gases de efeito estufa (GEE).
Conforme o Balanço Energético Nacional 2021, o Brasil, atualmente, conta com a seguinte matriz elétrica: as fontes renováveis constituem 84,8% da matriz elétrica do país, onde as principais fontes são a eólica, a hidráulica, a solar e a biomassa.
Apesar dos bons números, o Brasil ainda possui um enorme desafio: manter os percentuais para atingir padrões de energia sustentável e socioeconômicos similares aos de países desenvolvidos. Hoje, o tema é bastante discutido, e deverá ser uma das pautas do novo governo.
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Sendo assim, a indústria brasileira é uma peça importante para resolver essa questão e para o desenvolvimento ecológico do país. Por outro lado, ela é uma grande aliada na criação e promoção de investimentos verdes.
COP27 pretende acelerar medidas ambientais brasileiras
Neste sentido, a Confederação Nacional das Indústrias (CNI) determinou quatro pilares fundamentais para o incentivo da economia do baixo carbono: mercado de carbono, transição energética, economia circular e conservação florestal.
A missão é continuar e acelerar as medidas propostas pelo país no Acordo de Paris, onde foi proposta a redução de 37% de suas emissões de gases do efeito estufa até 2025, além da contribuição indicativa de 42% e de medidas adicionais em energias renováveis e eficiência energética.
Paralelamente, foi proposta uma participação de 45% de energias renováveis na composição da matriz energética em 2030, através do aumento da utilização da energia eólica, de biomassa, solar e biocombustíveis.
A promoção de novos padrões de tecnologias limpas é essencial para ampliar medidas de eficiência energética. Além disso, é necessário expandir o consumo de biocombustíveis, para que a participação da bioenergia sustentável na matriz energética brasileira se aproxime de 19% até 2030.
Para que isso seja feito, são necessárias mais políticas públicas que levem adiante uma agenda estruturada e positiva. No entanto, temos uma notícia positiva sobre essa questão, já que, segundo o Emissions Gap Report, o Brasil é um dos poucos países do G20 que cumprem as metas propostas.
Principais fontes de energia renovável no Brasil
Segundo um relatório da CNI, as energias renováveis são oriundas de recursos naturais inesgotáveis, pois se renovam naturalmente. Além disso, são consideradas formas limpas de energia.
Entre os tipos mais comuns de energia renováveis, temos a energia solar (energia do sol), eólica (energia dos ventos), oceânica (energia das marés e das ondas), geotérmica (energia do calor interior da Terra) e a biomassa (energia de matéria orgânica).
Por fim, também temos o hidrogênio verde, produzido a partir da eletrólise da água, através de fontes de energias renováveis, como a eólica e a solar.