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Conheça os principais navios do offshore, do manuseio de âncoras até para construção de infraestrutura submarina

Escrito por Rafaela Fabris
Publicado em 20/03/2024 às 14:17
Conheça os principais navios do offshore, do manuseio de âncoras até para construção de infraestrutura submarina
Foto: Divulgação/plataformas e navios offshore

Detalhando os diversos tipos de navios utilizados em operações offshore, abrange desde o robusto AHTS, responsável pelo manuseio de âncoras, até os PLSVs, cruciais na instalação de dutos submarinos, evidenciando a complexidade e a importância dessas embarcações na indústria marítima e petrolífera.

No universo offshore, uma frota de navios especializados desempenha papéis cruciais para as operações de exploração e produção de petróleo e gás. Essas embarcações são projetadas para atender a demandas específicas do setor, variando desde o transporte e manuseio de cargas até a execução de tarefas técnicas complexas no fundo do mar.

A indústria offshore depende de uma logística marítima sofisticada e robusta, onde cada tipo de navio desempenha um papel estratégico. Os AHTSs, por exemplo, são fundamentais na instalação e manutenção de plataformas offshore, enquanto os PSVs garantem o suprimento contínuo de recursos essenciais para as operações em alto-mar. Os RSVs, com seus sistemas robóticos avançados, realizam inspeções e reparos submarinos, vital para a manutenção da infraestrutura crítica. 

AHTS: navio de manuseio de âncoras

O navio de manuseio de âncoras, conhecido como AHTS (Anchor Handling Tug Supply), destaca-se pelo seu papel crítico em operações de ancoragem. Essas embarcações, não muito grandes, possuem uma popa aberta e são projetadas para transportar, posicionar e recuperar âncoras de plataformas offshore.

PSV: navios de abastecimento

Os navios de abastecimento, ou PSVs (Platform Supply Vessels), são vitais para o transporte de suprimentos variados, desde alimentos e água potável até produtos químicos e ferramentas, para as plataformas e outros navios offshore.

RSV: equipados com ROVs

Os RSVs (Remote Subsea Vehicles) são navios equipados com ROVs (veículos operados remotamente) para realizar tarefas complexas no leito marinho, como inspeção, manutenção e reparo de estruturas subaquáticas, com o auxílio de câmeras e ferramentas especializadas.

SRV: para intervenções rápidas

Os navios SRV (Oil Spill Recovery Vessels) são projetados para intervenções rápidas em derramamentos de óleo, equipados com tecnologias avançadas para recolher contaminantes e minimizar impactos ambientais.

PLSV: instalação de dutos submarinos

Os PLSVs (Pipe Laying Support Vessels) são fundamentais na instalação de dutos submarinos, conectando poços e plataformas de produção, com capacidades ampliadas para armazenamento e manuseio de tubulações.

Rebocadores: manobras e reboques em portos e áreas offshore

Essenciais para manobras e reboques em portos e áreas offshore, os rebocadores possuem alta potência e são capazes de mover grandes estruturas marítimas, garantindo segurança e eficiência nas operações.

Além de suas funções principais, muitos desses navios possuem capacidades adicionais, como combate a incêndios e operações de reboque, demonstrando a versatilidade e a importância estratégica dessas embarcações no setor offshore. Esta diversidade de navios offshore desempenha papéis cruciais nas operações marítimas, garantindo a execução segura e eficiente das atividades petrolíferas e de exploração submarina.

História dos navios e plataformas offshore

História dos navios e plataformas offshore
Mr. Charlie, primeira plataforma móvel de perfuração offshore Foto: Divulgação/Murphy Oil Corporation

A história dos navios e plataformas offshore está intrinsecamente ligada à evolução da extração offshore de petróleo e gás, marcada por uma constante busca por inovação tecnológica e superação de desafios. Desde os primeiros poços submersos em águas doces no final do século 19 até as complexas operações em águas profundas da atualidade, a indústria offshore passou por transformações significativas.

A era moderna da exploração offshore começou com a perfuração bem-sucedida do poço de óleo no Golfo do México pela Kerr-McGee Oil Industries em 1947. Este marco iniciou uma nova fase na exploração de petróleo, com o desenvolvimento de plataformas fixas e móveis adaptadas para operar em águas profundas. O “Mr. Charlie”, o primeiro MODU (Mobile Offshore Drilling Unit) operacional, simboliza a inovação da época, permitindo a perfuração em vários locais sem a necessidade de construir infraestrutura permanente.

As décadas seguintes testemunharam o avanço das tecnologias de perfuração e extração, com a introdução de plataformas autoelevatórias (jackups), unidades semissubmersíveis e, eventualmente, sistemas de produção flutuantes que podem operar em profundidades antes inacessíveis. Essas inovações não apenas ampliaram o alcance geográfico da exploração offshore, mas também melhoraram a eficiência e a segurança das operações.

No cenário atual, as plataformas e os navios offshore são peças centrais na indústria global de energia. Elas possibilitam a exploração e a produção de petróleo e gás em locais remotos, enfrentando desafios como profundidades oceânicas extremas e condições ambientais adversas. A exploração offshore agora envolve tecnologias avançadas, como sistemas de posicionamento dinâmico para navios e plataformas, além de técnicas de perfuração e extração altamente especializadas, que minimizam o impacto ambiental e aumentam a eficiência da produção.

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Rafaela Fabris

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