Estudos de GIZ, Senai e UFRGS indicam que o setor de agronegócio deve gerar milhares de novas vagas de emprego. Os estudos também indicam as principais carreiras com alta demanda do mercado.
Com a expansão acelerada da população e recursos naturais cada vez mais escassos, o setor do agronegócio corre para encontrar formas sustentáveis de impulsionar seus resultados e suprir a demanda global por alimentos. E as soluções encontradas para isso frequentemente vão de encontro com uma das maiores aliadas da humanidade: a tecnologia. De sistemas de irrigação inteligentes a máquinas que podem ser operadas remotamente, soluções digitais estão cada vez mais presentes no agronegócio, fazendo com que mais vagas de emprego sejam geradas.
Tecnologia pode trazer mais sustentabilidade ao agronegócio
Além de viabilizar uma agricultura mais verde, as novas tecnologias também representam novas vagas de emprego para aqueles que estão interessados em ingressar no setor, mas que não querem deixar a cidade grande para viver em zonas rurais.
De acordo com um estudo publicado no início do último ano pela Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ), em parceria com o Senai e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a digitalização do agronegócio por meio da agricultura de precisão torna possível o aumento do rendimento do solo e, sendo assim, maiores colheitas. Também torna possível que a agricultura familiar se profissionalize, desenvolvendo novos canais de acesso aos mercados consumidores e ajudando no acesso à informação precisa para a gestão do empreendimento.
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A expectativa é que isso gere milhares de novas vagas de emprego com profissionais conectados com tecnologias digitais. A pesquisa indicou que carreiras ligadas à tecnologia no agronegócio devem gerar 178,8 mil vagas de emprego no Brasil até o próximo ano. Entretanto, estimou que, pelo menos no curto prazo, menos de um terço dos profissionais esteja qualificado para preenchê-las.
Agronegócio sempre esteve em destaque na economia nacional
Ainda de acordo com o estudo, de forma geral, diversas profissões surgem no setor como potencial de serem as portadoras de conhecimento necessário para a digitalização do campo. A digitalização está expandindo as oportunidades de emprego, porém para profissionais mais qualificados.
Os interessados nestas vagas de emprego devem possuir conhecimentos para o uso dos softwares existentes para o processamento de todas as informações da propriedade e tomada de decisão, de acordo com o documento.
É importante mencionar que o agronegócio sempre esteve posicionado com papel importante na economia nacional. Mesmo durante o ano mais crítico da pandemia, o setor registrou uma alta de 2%. Já no último ano, o agronegócio foi responsável por aproximadamente 27% do PIB brasileiro, gerando uma em cada três vagas de emprego no Brasil. Isso não é à toa, o movimento de digitalização do setor agora em curso é visto com otimismo pelo mercado, que se apressa em encontrar mão de obra qualificada para as oportunidades que estão surgindo.
Conheça as carreiras que serão impulsionadas pela tecnologia
Tendo em vista essa expansão, o estudo da GIZ, do Senai e da UFRGS mapeou oito áreas ligadas à agricultura que, impulsionadas pelas tecnologias, devem ganhar destaque nos próximos anos, e também destacou três com maior demanda de mercado no curto prazo.
Dentre elas, está o técnico em agronegócio digital, também chamado de Agro Digital Manager. Este profissional é responsável pela instalação de projetos digitais em propriedades agrícolas. Desta forma, suas principais atividades são encontrar e mapear os problemas do campo e coordenar times em busca da solução para demandas de produtores agrícolas e dos demais stakeholders do agronegócio.
A boa notícia é que, embora seja altamente demandado, este profissional não precisa de uma formação específica em agronomia ou outras profissões diretamente ligadas à produção no campo.