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Conheça o plano ambicioso da Petrobras que pode gerar 25 MIL empregos e investimentos de mais de R$ 130 BILHÕES

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 04/12/2024 às 22:07

Petrobras aposta pesado na revitalização da Bacia de Campos, investindo R$ 130 bilhões em tecnologia, sustentabilidade e geração de 25 mil empregos. Mas o desafio na Margem Equatorial ainda causa polêmica, com entraves ambientais e pressão social. Descubra como esse plano bilionário pode transformar o futuro do petróleo no Brasil!

A Bacia de Campos, um ícone da indústria petrolífera brasileira, está prestes a ser palco de uma revolução histórica.

Com um ambicioso plano que promete impactar toda a economia do Norte Fluminense, a Petrobras anunciou um investimento bilionário para revitalizar a região, trazendo consigo avanços tecnológicos, geração de empregos e um foco em sustentabilidade ambiental.

Porém, há muito mais por trás desse projeto que vai além dos números.

O que faz a Petrobras apostar tanto em um local onde a produção já dava sinais de declínio?

O que está em jogo nesta estratégia ousada de recuperar ativos considerados maduros?

E como a empresa se posiciona em relação às pressões ambientais e aos desafios regulatórios que cercam outro grande potencial: a Margem Equatorial?

Descubra como esse plano ambicioso está moldando o futuro do petróleo no Brasil.

Petrobras aposta R$ 130 bilhões e promete 25 mil empregos até 2029

A Petrobras anunciou um plano de revitalização inédito para a Bacia de Campos, uma das regiões mais importantes na história do petróleo brasileiro.

Até 2028, a estatal pretende investir US$ 22 bilhões (cerca de R$ 130 bilhões na cotação atual), com o objetivo de aumentar a produção e, simultaneamente, criar 25 mil empregos diretos e indiretos até 2029.

Esse investimento será destinado à perfuração de novos poços, intervenções em campos já operantes e à instalação de plataformas modernas para substituir antigas estruturas.

Segundo a Petrobras, este é o maior projeto global de recuperação de campos maduros em águas profundas.

A companhia afirmou que quatro novas plataformas serão instaladas nos próximos anos nos campos de Jubarte, Albacora, Barracuda-Caratinga e Raias Manta e Pintada, situados na Bacia de Campos.

Além disso, a Petrobras anunciou a substituição de nove plataformas antigas por dois navios-plataforma, conhecidos como FPSOs, com maior eficiência operacional.

A história da Bacia de Campos

A Bacia de Campos, que se estende entre o Espírito Santo e o litoral norte do Rio de Janeiro, desempenhou um papel essencial no crescimento da produção de petróleo no Brasil.

Seu primeiro campo comercial, chamado Garoupa, foi descoberto em 1974.

Posteriormente, descobertas significativas como o campo de Albacora (em 1984), o primeiro em águas profundas, consolidaram a posição estratégica da região.

Apesar de seu auge ter ocorrido em 2009, com uma produção de 1,65 milhão de barris de óleo por dia, a bacia passou a sofrer um declínio gradual nos últimos anos.

Atualmente, a produção representa cerca de 16% do total nacional, atrás da Bacia de Santos, que domina com 81% graças ao pré-sal.

Mesmo assim, a Petrobras acredita que os novos investimentos podem assegurar uma produção diária de 600 mil barris até 2028.

Sustentabilidade e inovação tecnológica

Outro grande destaque desse projeto de revitalização está no compromisso com a redução das emissões de carbono.

A Petrobras se comprometeu a diminuir as emissões em 55% nas operações modernizadas.

A estratégia envolve o uso de tecnologias avançadas, como captura e armazenamento de carbono, e fontes de energia renovável para eletrificação.

Além disso, a estatal estabeleceu parcerias estratégicas para implementar essas tecnologias de descarbonização tanto nos campos novos quanto nos antigos.

Alex Murteira, gerente-geral da Petrobras na Bacia de Campos, destacou a relevância do projeto:

“Essa é a maior iniciativa de revitalização de campos maduros do mundo, reafirmando o pioneirismo da Bacia de Campos na inovação e no desenvolvimento de tecnologias de águas profundas.”

O impasse ambiental na Margem Equatorial

Enquanto avança com a revitalização da Bacia de Campos, a Petrobras enfrenta um desafio significativo na Margem Equatorial, faixa marítima entre o Rio Grande do Norte e o Amapá, considerada o “novo pré-sal” por seu potencial estimado em 10 bilhões de barris.

Apesar da promessa, o projeto ainda está travado devido à falta de licença ambiental.

A Petrobras aguarda a aprovação do Ibama, mas enfrenta resistência devido a preocupações com vazamentos que podem ameaçar biomas sensíveis e comunidades indígenas e ribeirinhas.

Em setembro, a área técnica do Ibama recomendou o arquivamento do pedido de licença para exploração no bloco FZA-M-59, na Foz do Amazonas.

O presidente do órgão, Rodrigo Agostinho, optou por não arquivar o processo, mas também não aprovou o projeto.

A estatal segue otimista, prometendo a entrega de um plano detalhado de emergência para evitar danos ambientais.

Sylvia dos Anjos, diretora de Exploração e Produção da Petrobras, afirmou que, uma vez aprovada a licença, a exploração pode começar em apenas três meses.

Uma nova era para o petróleo brasileiro?

Com o maior investimento já realizado em campos maduros e a promessa de geração de empregos, a Petrobras busca fortalecer sua posição no mercado internacional e atender à crescente demanda interna. Mas os desafios não são pequenos.

A revitalização da Bacia de Campos traz esperança de recuperação econômica para o Norte Fluminense, mas também levanta questões sobre a sustentabilidade de longo prazo e os impactos no meio ambiente.

Agora, fica a pergunta: você acredita que o Brasil pode equilibrar o desenvolvimento econômico com a preservação ambiental em seus projetos de petróleo?

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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