Conheça o experimento simples e surpreendente feito em casa que desmonta de vez a teoria da Terra plana. Com apenas uma câmera e a observação das sombras, ele revela evidências claras da inclinação do eixo e da órbita terrestre.
Os defensores da Terra plana já foram ao extremo para tentar provar que o mundo é um disco. Alguns viajaram até a Antártida, outros arriscaram a vida lançando-se em foguetes caseiros em busca de evidências.
Ainda assim, todas as suas tentativas fracassaram diante de fatos simples e observações acessíveis a qualquer pessoa. Um exemplo recente mostrou que nem é preciso sair de casa para demonstrar que vivemos em um planeta esférico que orbita o Sol.
Um experimento simples, mas revelador
A experiência foi publicada no Reddit e chamou a atenção por sua simplicidade e precisão científica.
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O autor usou apenas uma câmera de segurança e a parede de sua garagem. Ao registrar, todos os dias no mesmo horário, o ponto onde a sombra projetada pela garagem caía, ele revelou um fenômeno impressionante: ao longo de um ano, a borda da sombra desenhou um padrão em forma de oito.
Esse padrão é conhecido como analema e representa a variação da posição aparente do Sol no céu ao longo do ano.
A observação desse desenho é uma das maneiras mais elegantes e acessíveis de demonstrar que a Terra não é plana — e sim uma esfera inclinada girando ao redor do Sol.
O que o analema revela sobre a Terra
Segundo os cientistas, o analema surge da combinação de dois fatores: a órbita elíptica da Terra e a inclinação de seu eixo em aproximadamente 23,5°.
A forma elíptica da trajetória ao redor do Sol faz com que, em determinados momentos do ano, a estrela apareça ligeiramente a leste ou a oeste no mesmo horário do dia.
Já a inclinação axial altera a altura do Sol no céu conforme as estações mudam.
A Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA) explica que, se a órbita da Terra fosse perfeitamente circular e o eixo de rotação estivesse alinhado perpendicularmente ao plano orbital, o Sol apareceria todos os dias no mesmo ponto do céu ao meio-dia.
No entanto, como isso não acontece, a sombra traça um caminho diferente a cada dia, resultando na forma característica do analema.
Em um mundo plano, com o Sol se movendo em linha reta sobre o disco, as sombras permaneceriam estáticas. O fato de elas se deslocarem ao longo do ano comprova que estamos em um planeta girando em torno do Sol com um eixo inclinado.
Evidência compatível com a Terra redonda
Embora o experimento por si só não prove de forma definitiva que o planeta é esférico, ele fornece evidências compatíveis apenas com o modelo da Terra redonda.
Como escreveu um usuário nas redes sociais: “Esta é mais uma evidência que corrobora nossos modelos do sistema solar”. Outro comentou: “Prova fantástica da nossa órbita elíptica e eixo de rotação”.
Além disso, o analema tem outra implicação importante: ele varia conforme a posição geográfica.
Se duas pessoas realizarem o mesmo experimento, uma nos Estados Unidos e outra no Reino Unido, por exemplo, os padrões formados pelas sombras serão diferentes. Essa diferença só é possível se estivermos em um planeta curvo.
Para quem deseja verificar pessoalmente, basta repetir o experimento em casa e comparar os resultados com registros feitos em outras partes do mundo. A diversidade dos padrões observados reforça a conclusão inevitável: a Terra não é plana.
Ceticismo e resistência entre os terraplanistas
Apesar das evidências simples e acessíveis, muitos terraplanistas continuam rejeitando as provas. Em discussões online, alguns usuários apontaram a dificuldade de convencê-los.
“Você pode provar que a Terra não é plana simplesmente olhando pela janela e não vendo o Everest. Provas não vão mudar a opinião deles”, disse um comentarista. Outro completou: “É impossível argumentar contra alguém que nem entende seu próprio modelo.”
Esses comentários refletem a frustração de parte da comunidade científica e de entusiastas da astronomia diante da persistência da crença na Terra plana, mesmo frente a demonstrações claras e facilmente replicáveis.
A teoria da Terra plana e suas alegações
Os defensores da teoria afirmam que a Terra tem a forma de um disco plano, com o Círculo Polar Ártico no centro e uma parede de gelo — a Antártida — circundando a borda.
Eles rejeitam imagens de satélite, dados astronômicos e qualquer evidência de que o planeta seja esférico, argumentando que tudo faz parte de uma grande conspiração organizada por agências como a NASA.
Além disso, acreditam que a Terra é imóvel no espaço e que o Sol e os astros giram ao seu redor, muitas vezes afirmando que uma “cúpula de vidro” cobre o disco terrestre.
A comunidade científica refuta essas ideias com base em séculos de observações e experimentos.
Imagens de satélite, dados de GPS e medições astronômicas revisadas por pares comprovam repetidamente que a Terra é redonda e que orbita o Sol. Ainda assim, os terraplanistas insistem em desacreditar essas provas.
A força das evidências cotidianas
Experimentos como o do analema mostram que não é preciso tecnologia avançada para entender a estrutura do nosso planeta e do sistema solar.
Com instrumentos simples e paciência, qualquer pessoa pode observar fenômenos que contradizem completamente o modelo da Terra plana.
A ciência, ao contrário das teorias conspiratórias, permite prever fenômenos naturais com precisão. Sabemos, por exemplo, como o analema se comportará em diferentes regiões do mundo e em quais datas o Sol estará mais alto ou mais baixo no céu. Essas previsões só são possíveis se aceitarmos o modelo heliocêntrico e esférico da Terra.
Em última análise, a força da ciência está na consistência e na capacidade de gerar resultados verificáveis.
O movimento da sombra em forma de oito, capturado por uma câmera de garagem, é mais uma peça de um vasto quebra-cabeça que confirma aquilo que já sabemos há séculos: vivemos em um planeta redondo, inclinado e em constante movimento ao redor do Sol.
Mesmo que os terraplanistas continuem a negar o óbvio, experimentos simples e acessíveis como este demonstram que a verdade científica não precisa de foguetes, expedições polares ou teorias mirabolantes. Basta uma câmera, um pouco de tempo e a disposição de olhar para o céu com curiosidade e razão.