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Conheça o experimento caseiro que desmonta a teoria da Terra plana: com apenas uma câmera e uma garagem, ele prova que vivemos em um planeta redondo orbitando o Sol

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 17/10/2025 às 15:31
Experimento caseiro com sombras e câmera mostra evidências da Terra redonda e desmonta a teoria da Terra plana com resultados simples e impressionantes.
Experimento caseiro com sombras e câmera mostra evidências da Terra redonda e desmonta a teoria da Terra plana com resultados simples e impressionantes.
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Conheça o experimento simples e surpreendente feito em casa que desmonta de vez a teoria da Terra plana. Com apenas uma câmera e a observação das sombras, ele revela evidências claras da inclinação do eixo e da órbita terrestre.

Os defensores da Terra plana já foram ao extremo para tentar provar que o mundo é um disco. Alguns viajaram até a Antártida, outros arriscaram a vida lançando-se em foguetes caseiros em busca de evidências.

Ainda assim, todas as suas tentativas fracassaram diante de fatos simples e observações acessíveis a qualquer pessoa. Um exemplo recente mostrou que nem é preciso sair de casa para demonstrar que vivemos em um planeta esférico que orbita o Sol.

Um experimento simples, mas revelador

A experiência foi publicada no Reddit e chamou a atenção por sua simplicidade e precisão científica.

O autor usou apenas uma câmera de segurança e a parede de sua garagem. Ao registrar, todos os dias no mesmo horário, o ponto onde a sombra projetada pela garagem caía, ele revelou um fenômeno impressionante: ao longo de um ano, a borda da sombra desenhou um padrão em forma de oito.

Esse padrão é conhecido como analema e representa a variação da posição aparente do Sol no céu ao longo do ano.

A observação desse desenho é uma das maneiras mais elegantes e acessíveis de demonstrar que a Terra não é plana — e sim uma esfera inclinada girando ao redor do Sol.

O sol, uma garagem e uma câmera de segurança são tudo o que você precisa para provar que a Terra é redonda, como este experimento simples demonstra elegantemente

O que o analema revela sobre a Terra

Segundo os cientistas, o analema surge da combinação de dois fatores: a órbita elíptica da Terra e a inclinação de seu eixo em aproximadamente 23,5°.

A forma elíptica da trajetória ao redor do Sol faz com que, em determinados momentos do ano, a estrela apareça ligeiramente a leste ou a oeste no mesmo horário do dia.

Já a inclinação axial altera a altura do Sol no céu conforme as estações mudam.

A Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA) explica que, se a órbita da Terra fosse perfeitamente circular e o eixo de rotação estivesse alinhado perpendicularmente ao plano orbital, o Sol apareceria todos os dias no mesmo ponto do céu ao meio-dia.

No entanto, como isso não acontece, a sombra traça um caminho diferente a cada dia, resultando na forma característica do analema.

Em um mundo plano, com o Sol se movendo em linha reta sobre o disco, as sombras permaneceriam estáticas. O fato de elas se deslocarem ao longo do ano comprova que estamos em um planeta girando em torno do Sol com um eixo inclinado.

Evidência compatível com a Terra redonda

Embora o experimento por si só não prove de forma definitiva que o planeta é esférico, ele fornece evidências compatíveis apenas com o modelo da Terra redonda.

Como escreveu um usuário nas redes sociais: “Esta é mais uma evidência que corrobora nossos modelos do sistema solar”. Outro comentou: “Prova fantástica da nossa órbita elíptica e eixo de rotação”.

Além disso, o analema tem outra implicação importante: ele varia conforme a posição geográfica.

Se duas pessoas realizarem o mesmo experimento, uma nos Estados Unidos e outra no Reino Unido, por exemplo, os padrões formados pelas sombras serão diferentes. Essa diferença só é possível se estivermos em um planeta curvo.

Para quem deseja verificar pessoalmente, basta repetir o experimento em casa e comparar os resultados com registros feitos em outras partes do mundo. A diversidade dos padrões observados reforça a conclusão inevitável: a Terra não é plana.

Ceticismo e resistência entre os terraplanistas

Apesar das evidências simples e acessíveis, muitos terraplanistas continuam rejeitando as provas. Em discussões online, alguns usuários apontaram a dificuldade de convencê-los.

Você pode provar que a Terra não é plana simplesmente olhando pela janela e não vendo o Everest. Provas não vão mudar a opinião deles”, disse um comentarista. Outro completou: “É impossível argumentar contra alguém que nem entende seu próprio modelo.”

Esses comentários refletem a frustração de parte da comunidade científica e de entusiastas da astronomia diante da persistência da crença na Terra plana, mesmo frente a demonstrações claras e facilmente replicáveis.

A teoria da Terra plana e suas alegações

Os defensores da teoria afirmam que a Terra tem a forma de um disco plano, com o Círculo Polar Ártico no centro e uma parede de gelo — a Antártida — circundando a borda.

Eles rejeitam imagens de satélite, dados astronômicos e qualquer evidência de que o planeta seja esférico, argumentando que tudo faz parte de uma grande conspiração organizada por agências como a NASA.

Além disso, acreditam que a Terra é imóvel no espaço e que o Sol e os astros giram ao seu redor, muitas vezes afirmando que uma “cúpula de vidro” cobre o disco terrestre.

A comunidade científica refuta essas ideias com base em séculos de observações e experimentos.

Imagens de satélite, dados de GPS e medições astronômicas revisadas por pares comprovam repetidamente que a Terra é redonda e que orbita o Sol. Ainda assim, os terraplanistas insistem em desacreditar essas provas.

A força das evidências cotidianas

Experimentos como o do analema mostram que não é preciso tecnologia avançada para entender a estrutura do nosso planeta e do sistema solar.

Com instrumentos simples e paciência, qualquer pessoa pode observar fenômenos que contradizem completamente o modelo da Terra plana.

A ciência, ao contrário das teorias conspiratórias, permite prever fenômenos naturais com precisão. Sabemos, por exemplo, como o analema se comportará em diferentes regiões do mundo e em quais datas o Sol estará mais alto ou mais baixo no céu. Essas previsões só são possíveis se aceitarmos o modelo heliocêntrico e esférico da Terra.

Em última análise, a força da ciência está na consistência e na capacidade de gerar resultados verificáveis.

O movimento da sombra em forma de oito, capturado por uma câmera de garagem, é mais uma peça de um vasto quebra-cabeça que confirma aquilo que já sabemos há séculos: vivemos em um planeta redondo, inclinado e em constante movimento ao redor do Sol.

Mesmo que os terraplanistas continuem a negar o óbvio, experimentos simples e acessíveis como este demonstram que a verdade científica não precisa de foguetes, expedições polares ou teorias mirabolantes. Basta uma câmera, um pouco de tempo e a disposição de olhar para o céu com curiosidade e razão.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor.

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