Conheça o Cádmio, metal muito tóxico que está revolucionando a indústria. Metal tóxico é utilizado no setor de energia solar, aço, baterias e até mesmo fissão nuclear.
Vamos explorar as curiosidades e controvérsias em torno do cádmio, um metal super tóxico, mas muito utilizado. Você já deve ter ouvido falar sobre os perigos do chumbo e do mercúrio, certo? Mas e o cádmio? Esse metal pode estar mais presente na sua vida do que você imagina. Pense na última vez que você comeu uma cenoura fresquinha do seu jardim; pode ser que você tenha ingerido um pouco desse metal perigoso sem saber. Vamos entender por que o cádmio é tão usado e como ele pode afetar a sua saúde.
Conheça um dos metais mais tóxicos do mundo
O Cádmio é um metal natural, como a prata ou a platina, que é encontrado na natureza, geralmente em minérios de zinco. Ele é um elemento químico semelhante aos outros dois metais estáveis do Grupo 12 da tabela periódica, o zinco e o mercúrio. O metal é macio, de cor branco prateado com um tom azulado, que diminui quando exposto ao ar ou a umidade.
Cádmio é considerado um metal tóxico raro, dúctil e maleável, o que significa que você pode moldá-lo facilmente, além de ser resistente à corrosão e tem um ponto de fusão mais baixo do que a maioria dos outros metais de transição.
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Este metal tóxico é encontrado em pequenas quantidades em minérios como a esfalerita, que é um minério de zinco. Uma das propriedades importantes do cádmio é sua capacidade de absorver nêutrons, o que o torna útil em aplicações nucleares, como em reatores nucleares e em materiais de controle de radiação.
Como o Cádmio tem um ponto de fusão baixo de 321 ºCelsius e é resistente à corrosão, é uma escolha popular para revestir aço para fins industriais além de ser também um condutor de eletricidade eficiente. Ele também é usado para estabilizar pigmentos de tintas que variam do amarelo ao marrom, revestimento de aço, baterias, energia solar e material de barreira em reatores de fissão nuclear.
Cádmio também pode ser usado no setor de energia solar
O cádmio tem ganhado força com a indústria solar, isso porque as células solares de telureto de cádmio (CdTe) se tornaram a segunda tecnologia fotovoltaica mais comum, atrás apenas do silício cristalino. Elas possuem um baixo custo de produção em comparação com as de silício monocristalino e policristalino.
Isso se deve em parte à abundância de telureto de cádmio, bem como ao processo simplificado de fabricação desse tipo de célula. Ao contrário das células fotovoltaicas de silício, as células solares à base de cádmio têm uma melhor performance em altas temperaturas e isso as torna uma escolha atraente para regiões com climas quentes e ensolarados.
É importante dizer que a exposição ao cádmio pode ter vários efeitos adversos para a saúde humana, especialmente quando ocorre em níveis elevados ou de forma crônica. Ele é conhecido principalmente por ser um metal tóxico para os rins.
Quando se tem uma exposição prolongada ao cádmio isso pode levar a problemas como disfunção renal, insuficiência renal e aumento do risco de cálculos renais.
Por que mesmo sendo toxico o cádmio continua sendo usado na indústria?
O cádmio continua sendo amplamente utilizado na indústria, apesar de sua toxicidade, devido a várias razões que destacam suas propriedades únicas e indispensáveis em determinadas aplicações.
Primeiramente, o cádmio possui excelentes características eletroquímicas, o que o torna um componente crucial em baterias recarregáveis, como as de níquel-cádmio (NiCd). Essas baterias são conhecidas por sua durabilidade e capacidade de manter uma carga estável, sendo amplamente utilizadas em equipamentos portáteis e sistemas de energia de emergência.
Além disso, o cádmio é um material essencial na fabricação de células solares de telureto de cádmio (CdTe), que são altamente eficientes na conversão de luz solar em eletricidade. Este tipo de célula solar tem um custo de produção relativamente baixo, o que contribui para a redução dos preços da energia solar, promovendo sua adoção em larga escala.
Na indústria de pigmentos, o cádmio é valorizado por suas cores vibrantes e resistência a condições extremas de calor e luz, sendo utilizado em tintas, plásticos e revestimentos. No campo da metalurgia, o cádmio é empregado para revestir outros metais, como o aço e o ferro, proporcionando uma proteção eficaz contra a corrosão e aumentando a durabilidade de componentes utilizados em ambientes agressivos, como os marítimos.
O cádmio tem aplicações na indústria de semicondutores, onde é utilizado em componentes eletrônicos devido às suas propriedades de condução elétrica específicas.
Embora a toxicidade do cádmio seja uma preocupação significativa, os benefícios econômicos e tecnológicos que ele oferece fazem com que ainda seja uma escolha popular na indústria.
No entanto, esforços contínuos estão sendo feitos para minimizar a exposição e desenvolver alternativas mais seguras, buscando equilibrar os benefícios industriais com a saúde e segurança ambiental.
Outros problemas que podem ser gerados pelo metal tóxico
Tanto a ingestão como a inalação de vapores ou poeira de cádmio podem irritar os pulmões e levar a problemas respiratórios, como bronquite crônica e enfisema. E quando se tem uma exposição prolongada da inalação de vapores de cádmio, isso pode aumentar o risco de doenças pulmonares mais graves.
O cádmio é considerado um dos metais mais prejudiciais à saúde humana, frequentemente classificado entre os metais mais tóxicos. Em um ranking dos metais mais prejudiciais à saúde, o cádmio geralmente estaria em uma posição alta, próximo ao mercúrio, arsênio e chumbo.
Aqui está uma classificação comum dos metais mais tóxicos:
- Mercúrio: Altamente tóxico, pode causar danos graves ao sistema nervoso e outros órgãos.
- Arsênio: Extremamente venenoso, pode causar câncer e danos a vários sistemas do corpo.
- Chumbo: Tóxico especialmente para crianças, pode causar danos neurológicos e outros problemas de saúde.
- Cádmio: Pode causar câncer, danos aos rins, pulmões e ossos, além de outros efeitos adversos à saúde.
O metal extremamente tóxico pode acabar se acumulando nos ossos ao longo do tempo, substituindo o cálcio e enfraquecendo a estrutura óssea e isso pode levar a problemas como osteoporose, e aumentar o risco de fraturas.
Isso sem falar nos danos ao fígado, interferindo com suas funções metabólicas normais e levando a problemas hepáticos, como hepatite e cirrose. Ele também pode afetar o sistema nervoso central, causando sintomas como dores de cabeça, tonturas, fraqueza e fadiga e em casos graves de intoxicação por cádmio, pode ocorrer danos neurológicos permanentes.