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Conheça a Zelândia: o ‘continente perdido’ que possui 95% de sua área submersa no oceano e gera debates entre cientistas

Publicado em 19/06/2025 às 12:50
Zelândia, Continentes, Oceano
Imagem de satélite da Nova Zelândia, que ilustra uma das raras áreas do continente Zelândia que podem ser vistas acima da superfície do oceano — Foto: Wikimedia Commons
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Zelândia, o “continente perdido” submerso no Pacífico, intriga cientistas e pode mudar a forma como entendemos a geologia da Terra

Na escola, aprendemos que o mundo tem seis continentes. América, África, Ásia, Europa, Oceania e Antártida. Mas essa divisão não é fixa. É apenas uma convenção. Existem outras formas de dividir o planeta. E uma delas, baseada na geologia, mostra sete continentes. Entre eles, um pouco conhecido: a Zelândia.

A Zelândia é considerada por muitos cientistas como um continente à parte. Também chamada de Te Riu-a-Māui, ela é a região mais jovem e fina da crosta terrestre. Sua existência foi reconhecida oficialmente apenas em 2017.

Com cerca de 5 milhões de km², é enorme. Mas 95% da sua área está submersa no oceano. Na superfície, o que aparece são apenas a Nova Zelândia e a Nova Caledônia. Por isso, ganhou o apelido de “continente perdido”.

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Estudo recente sobre Zelândia

Para entender melhor esse território, o pesquisador Nick Mortimera, da Universidade de Otago, propôs uma revisão dos estudos sobre a Zelândia. O resultado foi publicado na revista New Zealand Journal of Geology and Geophysics, nesta terça-feira (17).

Mortimera explica que a Zelândia fez parte do supercontinente Gondwana por milhões de anos. Depois, entre 85 e 60 milhões de anos atrás, ela se separou do que hoje é a Austrália.

Desde então, passou a se comportar como um continente independente. Há 25 milhões de anos, sua submersão atingiu o ponto máximo. Com o tempo, o movimento das placas tectônicas criou as Ilhas Norte e Sul da Nova Zelândia.

Estrutura diferente

A Zelândia se diferencia dos outros continentes porque tem muito pouca terra firme e plataformas continentais muito largas. Isso é o oposto do que ocorre com outras massas continentais, que possuem grandes áreas secas e plataformas submarinas mais estreitas.

Ela está localizada entre as placas tectônicas do Pacífico e da Austrália. Essa posição geológica explica a grande atividade sísmica e vulcânica na região. Para Mortimera, isso torna a Zelândia um local ideal para estudar o risco de desastres naturais e a história geológica do planeta.

Projeto Zelândia continua

A ideia de que a Zelândia é um continente não é nova. Ela existe há quase 150 anos. Mas só nos últimos tempos foi possível reunir provas suficientes. Isso graças ao avanço da tecnologia de satélites e ao acesso a dados do fundo do mar.

Mesmo com as novas respostas, o trabalho não acabou. “Já conseguimos responder a muitas perguntas do tipo ‘o quê, quando e como’, mas muitos ‘porquês’ a respeito da Zelândia ainda são desconhecidos”, afirma Mortimera.

As próximas pesquisas devem buscar entender as causas da separação de Gondwana e o motivo da existência de tantos vulcões extintos na região.

Com informações de Revista Galileu.

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Romário Pereira de Carvalho

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