Uma universidade da Austrália está trabalhando em célula solar que promete revolucionar a produção de energia limpa
Com as mudanças climáticas, os investimentos no desenvolvimento de novas tecnologias de produção de energia limpa são cada vez maiores. Um exemplo foi o estudo divulgado pela ACS Photonics, da Universidade Nova Gales do Sul (UNSW), da Austrália, onde os pesquisadores estão trabalhando em uma célula solar capaz de produzir energia durante a noite. Trata-se do uso “inverso de uma célula solar convencional”, que seria capaz de produzir até um décimo de uma célula de fotovoltaica convencional.
Produção de energia a partir de radiação térmica infravermelha
Em um painel solar convencional, a luz solar é absolvida pelos painéis solares e convertida em eletricidade. O estudo mostra que o mesmo processo pode acontecer de forma inversa, onde a perca de calor é aproveitada. À medida que a terra esfria durante a noite, ela irradia energia para o espaço. Os pesquisadores aproveitam esse movimento para gerar eletricidade.
O dispositivo que está sendo desenvolvido pelos pesquisadores se chama Diodo Termorradiativo. Basicamente, o equipamento funciona de forma inversa de um painel solar convencional.
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“A ideia de que termodinamicamente podemos produzir energia através da emissão de luz em vez da absorção pode ser um impossível para muitos. Muito parecido com uma célula solar, o que temos aqui é um motor térmico, com a diferença de trocar o conversor de energia do lado frio (célula solar estando na Terra absorvendo fótons do Sol) para o lado quente”, disse Michael Nielsen, professor e pesquisador da Escola de Engenharia de Energia Fotovoltaica e Renovável da UNSW.
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Capacidade de produção de energia
Durante os testes, um dos detectores fotovoltaicos testados aqueceu até 21,11 graus Celsius, gerando cerca de 2,26 miliwatts por metro quadrado. “Neste momento, a demonstração que temos com o diodo termorradiativo é de potência relativamente muito baixa”, disse Ekins-Daukes. Os dados mostram que se adaptado e melhorado, o equipamento pode produzir até 1/10 de energia de um painel solar convencional.
Os pesquisadores admitem que é um estudo em fase inicial, onde muita coisa ainda precisa ser aprimorada. Os dados mostram que o potencial energético no equipamento testado é muito menor se comparado com um painel solar.
Os pesquisadores ainda afirmam que existe cerca de uma década de estudos para podermos pensar em colocar o produto no mercado. Se a indústria puder ver que esta é uma tecnologia valiosa para eles, então o progresso pode ser extremamente rápido.