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Conflito entre a multinacional ArcelorMittal e Itália põe 10 mil vagas de emprego em risco

Escrito por Paulo Nogueira
Publicado em 11/11/2019 às 06:28

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A multinacional se comprometeu em 2018 modernizar seu sistema produtivo e adaptar às normas ambientais,mas agora mudou de ideia e põe 10,7 mil vagas de emprego em risco.

Cerca de 10 mil vagas de emprego estão em risco por conta de uma rivalidade entre o governo da Itália e a multinacional ArcelorMittal. A briga entre eles pode levar o fim das atividades do maior complexo siderúrgico da Europa que tem um longo histórico de poluição ambiental. No Brasil as coisas começam a melhorar e a maior cervejaria da América Latina investirá R$ 600 milhões em usina eólica no Nordeste

Ilva foi fundada em 1905 e está sob intervenção do governo desde 2015, mas um acordo assinado em 2018 previa que a siderúrgica fosse comprada pela ArcelorMittal.

A multinacional assumiu a gestão da italiana Ilva em novembro do ano passado, se comprometendo a modernizar seu sistema produtivo e adaptar às normas ambientais, mas agora mudou de ideia.

A escolha da ArcelorMittal de se retirar da Ilva expôe 10,7 mil vagas de emprego, sendo 8,2 mil apenas na unidade de Taranto, o maior complexo siderúrgico da Europa localizada no sul do país, que atualmente sofre com taxas elevadas de desemprego.

O primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, não se conforma com a decisão da multinacional e disse que fará “de tudo para defender os investimentos produtivos e as famílias que trabalham no local”.

“Existem compromissos contratuais a serem respeitados, e seremos inflexíveis. Na Itália, as regras são respeitadas”, afirmou o ministro.

Usando da decisão do Parlamento de revogar o “escudo penal”, como desistência, que permitia que a Ilva continuasse poluindo acima dos níveis permitidos até que a empresa se adequasse às normas atuais.

A medida foi aprovada com os votos de todos os partidos do governo e gerou nos executivos da siderúrgica o temor de futuras denúncias por crimes ambientais.

O líder do centro-esquerdista Partido Democrático (PD) na Câmara, Graziano Delrio, afirma que “Os trabalhadores estão em primeiro lugar. Já preparamos uma emenda para retornar à situação precedente e remover qualquer pretexto”.

O governo supõe que a multinacional esteja usando o “escudo penal” como pretexto para se desfazer de um negócio que não parece mais tão lucrativo.

“Temos motivos para acreditar que a verdadeira razão seja uma conhecida crise generalizada no setor, que induziu a ArcelorMittal a avaliar ter errado ao assinar o contrato”, afirmou o governador da Puglia, Michele Emiliano, ex-PD.

Nesta quarta-feira, 6 de novembro, o dirigentes da multinacional se reuniram com membros do governo em Roma, para discutir uma solução.

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Paulo Nogueira

Com formação técnica, atuei no mercado de óleo e gás offshore por alguns anos. Hoje, eu e minha equipe nos dedicamos a levar informações do setor de energia brasileiro e do mundo, sempre com fontes de credibilidade e atualizadas.

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