Hatch elétrico chinês chega ao Brasil em novembro com promessa de competir com rivais já consolidados, trazendo preço estimado em R$ 150 mil, autonomia acima de 300 km no padrão nacional e pacote robusto de tecnologia e segurança.
O hatch elétrico Geely Geome Xingyuan fará sua estreia no Brasil em novembro, rebatizado como EX2.
A chegada se dará com posicionamento de entrada entre os compactos 100% elétricos, preço estimado em cerca de R$ 150 mil e foco direto em rivais como BYD Dolphin, GWM Ora 03 e Chevrolet Spark EUV.
No ciclo chinês, a autonomia declarada chega a 410 km (CLTC).
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No padrão brasileiro, a projeção é pouco acima de 300 km.
A central multimídia horizontal será o elemento dominante do painel, e o pacote de segurança deverá incluir assistências ativas e até seis airbags.
Lançamento e preço no Brasil
A estratégia local mantém o EX2 como porta de entrada da Geely no país, abaixo do SUV elétrico EX5, que começou a ser vendido em julho e serve de vitrine tecnológica da marca.
Para o hatch, distribuidores indicam faixa de R$ 150 mil, valor que o coloca na mesma prateleira de compactos elétricos já estabelecidos.
Embora a marca ainda não tenha oficializado a tabela, a ideia é espelhar o posicionamento que o Xingyuan ocupa na China, onde parte de 68.800 yuan e vai a 97.800 yuan nas versões mais completas.
Rede e parceria com a Renault
Para acelerar vendas e pós-venda, a Geely opera no Brasil em parceria com a Renault.
O acordo prevê o uso da rede e da infraestrutura da fabricante francesa, com expansão planejada até 105 concessionárias após a fase inicial.
A cooperação também abre caminho para industrialização futura no Complexo Ayrton Senna, em São José dos Pinhais (PR), sujeita às etapas regulatórias.
O que explica a força na China
Enquanto prepara a estreia nacional, o EX2 chega embalado por resultados expressivos no mercado chinês.
Em agosto de 2025, o Xingyuan registrou 48.011 unidades e liderou o ranking mensal de modelos, à frente de concorrentes como o BYD Seagull.
No acumulado de janeiro a agosto, somou 297.803 unidades, desempenho que sustenta a narrativa de best-seller do ano no país asiático.
No 1º semestre, já havia ultrapassado a marca de 200 mil carros.
Autonomia e eficiência
No ciclo chinês (CLTC), as versões mais eficientes do Xingyuan alcançam 410 km.
A experiência recente com o EX5 no Brasil mostra que a homologação do Inmetro costuma reduzir esses números em relação ao padrão asiático.
Por isso, a expectativa do setor é de algo acima de 300 km para o EX2 em território nacional.
Essa diferença decorre dos procedimentos de medição, mais conservadores por aqui.
Equipamentos de segurança e conectividade
Na China, o hatch oferece seis airbags, AEB (frenagem autônoma de emergência), alerta/manutenção de faixa e outras funções de condução assistida de nível L2, além de uma central com tela de 14,6″ e o sistema Flyme Auto.
Para o Brasil, a lista final pode variar por pacote, mas a tendência é repetir os destaques de segurança ativa e a interface digital ampla, já que fazem parte do apelo comercial do modelo.
Medidas, espaço e usabilidade
Com 4,135 m de comprimento e 2,650 m de entre-eixos, o EX2 aposta em boa área útil no banco traseiro e porta-malas versátil para a categoria.
As dimensões o colocam frente a frente com compactos como o BYD Dolphin, com pequena vantagem em largura.
A arquitetura inclui tração traseira e suspensão independente, configuração valorizada pelo público urbano que alterna uso familiar e profissional.
Concorrência direta e referências de preço
O EX2 aterrissa em um segmento que ganhou fôlego no último ano.
O BYD Dolphin consolidou preços a partir de R$ 149.990 em ofertas recentes.
O GWM Ora 03 atua em faixa superior, mirando consumidores dispostos a pagar por acabamento e assistência de condução mais avançada.
A Chevrolet voltou a apostar em elétricos de entrada com o Spark EUV divulgado em seu site oficial.
Nesse tabuleiro, a meta da Geely é disputar custo-benefício com pacote de segurança amplo e autonomia suficiente para o uso diário.
O que ainda falta confirmar
Apesar do cronograma de novembro apontado por fontes do setor e do preço de referência ventilado pela rede, a marca não detalhou versões, equipamentos fechados e a autonomia homologada pelo Inmetro.
Esses itens tendem a ser divulgados na virada para o lançamento comercial.
Até lá, o histórico de vendas na China e a parceria com a Renault funcionam como cartão de visita para um compacto que chega com ambição de volume.
Com esse pacote, o Geely EX2 tem fôlego para mexer no ranking dos elétricos de entrada do Brasil já no primeiro bimestre pós-estreia, ou a concorrência responderá com cortes de preço e novos equipamentos?