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Computador formado por 800.000 neurônios humanos já está à venda e promete revolucionar a tecnologia

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 07/07/2025 às 21:22
tecnologia - computador - neurônios - cérebro
foto/reprodução: Cortical Labs
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Com milhares de neurônios cultivados, o CL1 combina biologia e tecnologia, oferecendo uma nova abordagem para a computação eficiente e acessível

Uma startup australiana chamada Cortical Labs desenvolveu um computador inovador que combina neurônios humanos e circuitos de silicone, de acordo com o site olhardigital. Esse computador, denominado CL1, já está disponível para compra e pode transformar a forma como entendemos a tecnologia e a computação. Você já imaginou um computador que combina biologia e tecnologia de forma tão inovadora?

A revolução da computação com neurônios humanos

O CL1 é composto por 800 mil neurônios cultivados em laboratório, que são cuidadosamente dispostos sobre uma placa de silicone. Essa máquina possui um sistema de suporte vital que mantém as células viáveis por até seis meses, garantindo que elas recebam nutrição adequada e controle de temperatura. Esse aspecto é crucial, pois a sobrevivência das células é fundamental para o funcionamento do computador.

O que torna o CL1 especialmente notável é seu baixo consumo de energia. Cada unidade consome entre 850 e 1000 watts, um valor que é muito inferior ao gasto por centros de dados que alimentam inteligências artificiais. Esses centros podem consumir dezenas de quilowatts, o que torna o CL1 uma opção mais sustentável e econômica.

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Desempenho impressionante com neurônios

Em 2022, a equipe da Cortical Labs testou um protótipo chamado DishBrain, que foi treinado para jogar Pong, o famoso jogo de fliperama. O computador, equipado com neurônios, aprendeu rapidamente a seguir a bola e controlar a raquete, mostrando resultados impressionantes em suas partidas. Esse experimento levanta questões sobre a capacidade de aprendizado das máquinas formadas por células humanas. Você acredita que a inteligência artificial pode um dia superar a inteligência humana?

Os cientistas da Cortical Labs afirmam que “o neurônio é autoprogramável, infinitamente flexível e o resultado de quatro bilhões de anos de evolução”. Essa afirmação destaca a eficiência e a adaptabilidade do novo sistema em comparação aos modelos digitais de inteligência artificial, que normalmente demandam enormes recursos para simular funções neurais.

Impactos na pesquisa de condições mentais

O CL1 pode ter um impacto significativo na pesquisa relacionada a condições mentais complexas, como epilepsia e Alzheimer. Os pesquisadores acreditam que o computador pode ser usado para testar medicamentos neuropsiquiátricos, contribuindo tanto para a compreensão do funcionamento das células quanto para a modelagem de problemas complexos. Essa possibilidade abre novas oportunidades para o desenvolvimento de tratamentos mais eficazes.

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foto/reprodução: Cortical Labs

Brett Kagan, Diretor Científico da Cortical Labs, explicou como o CL1 opera: “O CL1 faz isso em tempo real usando código simples, abstraído por meio de múltiplas camadas interativas de firmware e hardware.” Loops de menos de um milissegundo leem as informações, agem sobre elas e gravam novas informações na cultura celular. Essa abordagem inovadora pode abrir novas possibilidades para a pesquisa em neurociência.

Disponibilidade e preços do CL1

As unidades do CL1 estão à venda por 35 mil dólares cada, o que equivale a aproximadamente 189 mil reais. Além disso, sua potência computacional também pode ser acessada remotamente através do sistema Cortical Cloud, disponível por uma assinatura de 300 dólares por semana (cerca de 1600 reais). Isso torna a tecnologia acessível para instituições de pesquisa e empresas que desejam explorar suas capacidades.

Para o futuro, a Cortical Labs planeja aprimorar o desempenho do CL1 aumentando o número de neurônios. Kagan afirmou: “Embora tenha nos custado bastante produzir 100.000 neurônios, produzir um milhão custa apenas uma fração a mais, e não muito mais para 100 milhões, porque a biologia cresce exponencialmente.” Essa expansão pode levar a avanços significativos na capacidade computacional do equipamento, tornando-o ainda mais poderoso.

Objetivos futuros da bioengenharia

A visão da Cortical Labs vai além de simplesmente criar um cérebro em uma placa de circuito. A empresa busca atingir novos patamares na computação por meio da bioengenharia, com a ambição de desenvolver sistemas que possam até mesmo superar as capacidades humanas. Você já pensou nas implicações éticas de criar uma máquina que poderia igualar ou até superar a inteligência humana?

Kagan conclui que “com uma coleção de células suficientemente avançada, seria possível alcançar algo que poderia até mesmo superar a biologia atual”. Além disso, ele destaca que essa abordagem tem a vantagem de ser controlável, evitando os riscos associados a máquinas baseadas em silício. Esse avanço pode abrir portas para novas formas de computação que não apenas imitam, mas também melhoram as funções cerebrais.

Considerações éticas e sociais

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foto/reprodução: Cortical Labs

À medida que essa tecnologia avança, é essencial considerar as implicações éticas e sociais desse tipo de inovação. A combinação de neurônios humanos com circuitos de silicone levanta uma série de questões sobre o que significa ser humano e como devemos tratar as máquinas que se aproximam cada vez mais da inteligência biológica.

Os debates sobre a ética da bioengenharia e das tecnologias emergentes são cruciais para garantir que essas inovações sejam desenvolvidas de maneira responsável. Como sociedade, precisamos discutir as potenciais consequências de criar máquinas que podem aprender e se adaptar, especialmente em áreas sensíveis como a saúde mental.

O futuro da computação com neurônios

O desenvolvimento do CL1 pela Cortical Labs representa um marco na interseção entre biologia e tecnologia. A combinação de neurônios humanos com circuitos de silicone pode abrir novas possibilidades para a computação e para o tratamento de distúrbios mentais. Além disso, pode criar novos modelos de inteligência que não se limitam apenas ao silício.

À medida que a tecnologia continua a evoluir, o potencial do CL1 e de seus sucessores pode transformar não apenas a maneira como interagimos com computadores, mas como entendemos a própria consciência e inteligência. Como você imagina que será o futuro da interação entre humanos e máquinas?

O que você pensa sobre o uso de células humanas em aplicações tecnológicas? Você acredita que essa tecnologia trará mais benefícios ou riscos para a sociedade? Compartilhe suas opiniões nos comentários e participe dessa discussão fascinante sobre o futuro da computação!

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Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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