Enquanto a Yamaha Ténéré 700 aposta em tradição off-road, a Suzuki V-Strom 800 chega com mais tecnologia e preço competitivo, acirrando a disputa entre as big trails de média cilindrada.
A chegada da nova Yamaha Ténéré 700 ao Brasil em 2024 marca um momento decisivo no segmento de motos aventureiras de média cilindrada. Embora o modelo tenha estreado no mercado internacional em 2018, sua demora em desembarcar por aqui coincide com a ofensiva da Suzuki, que lançou no país a inédita V-Strom 800 DE — uma rival de peso que promete acirrar ainda mais a disputa pelo público que busca versatilidade, desempenho off-road e um bom custo-benefício.
Ambas as motos são focadas em terrenos acidentados, trilhas e longas viagens, mas cada uma tem seus pontos fortes. Enquanto a T7 chega com a reputação forjada no Rally Dakar e uma linhagem respeitada no segmento trail, a V-Strom aposta em tecnologia de ponta, desempenho superior e preço competitivo. Abaixo, você confere os principais pontos de comparação entre elas.
Motorização: vantagem para a Suzuki V-Strom 800
Ambas as motos contam com motores bicilíndricos paralelos, mas com configurações distintas:
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Yamaha Ténéré 700
- Motor CP2 689 cc
- 68,9 cv a 9.000 rpm
- Torque de 6,6 kgfm
- Peso: 208 kg
- Tanque: 16,2 litros
Suzuki V-Strom 800 DE
- Motor de 776 cc
- 84 cv a 8.500 rpm
- Torque de 7,95 kgfm
- Peso: 230 kg
- Tanque: 20 litros
A diferença de 22 kg a mais na V-Strom pode ser um ponto contra em trilhas estreitas e técnicas, mas ela compensa com um motor mais potente e moderno, além de quickshifter de série (troca de marchas sem embreagem para cima e para baixo). No uso urbano ou em rodovias, isso se traduz em maior conforto e esportividade.
Suspensão e ciclística da Yamaha Ténéré 700 e Suzuki V-Strom 800
Ambas são equipadas com suspensões Showa invertidas de 43 mm na dianteira e suspensão traseira monoamortecida, com ligeiras variações:
- Curso dianteiro: 210 mm (T7) x 220 mm (V-Strom)
- Curso traseiro: 200 mm (T7) x 212 mm (V-Strom)
A T7 leva vantagem na altura do solo, com 24 cm, frente aos 22 cm da rival, além de assento mais alto (87,5 cm contra 85,5 cm). Isso favorece sua vocação off-road. Porém, a Suzuki responde com discos de freio maiores e controle eletrônico de tração com múltiplos níveis, além do acelerador eletrônico que garante modos de pilotagem ajustáveis.
As duas trazem rodas raiadas, com medida 21’’ na frente e diferença na traseira: 18’’ na Ténéré, mais indicada para trilhas, e 17’’ na V-Strom, que favorece o asfalto.
Equipamentos: conectividade e tecnologia embarcada
No pacote tecnológico, ambas as aventureiras oferecem iluminação full LED, protetoress de mão, entrada USB e para-brisa ajustável. Mas há diferenças importantes:
- Yamaha Ténéré 700
- Painel TFT de 6,3” em formato vertical
- Conectividade com smartphone via Y-Connect
- Porta USB-C
- Suzuki V-Strom 800 DE
- Painel TFT de 5” horizontal
- Porta USB tradicional
- Protetor de radiador de série
Enquanto o painel maior da T7 favorece a navegação e leitura durante a pilotagem em pé, a V-Strom compensa com quickshifter bidirecional e modos eletrônicos de pilotagem — recursos ausentes na Ténéré. Em conectividade, a Yamaha sai na frente com o Y-Connect, permitindo pareamento com o celular e alertas em tempo real.
Preços e custo-benefício
A Suzuki V-Strom 800 DE sai por R$ 67.500, enquanto a Yamaha Ténéré 700 custa R$ 72.990. A diferença de mais de R$ 5.000 pode pesar na decisão do consumidor, especialmente considerando que a V-Strom entrega mais potência, mais tecnologia e um pacote mais completo de fábrica.
Modelo | Preço (R$) | Potência (cv) | Torque (kgfm) | Peso (kg) | Tanque (L) | Quickshifter | Conectividade |
---|---|---|---|---|---|---|---|
Yamaha Ténéré 700 | 72.990 | 68,9 | 6,6 | 208 | 16,2 | Não | Sim (Y-Connect) |
Suzuki V-Strom 800 | 67.500 | 84 | 7,95 | 230 | 20 | Sim (2 vias) | Não |
A Suzuki V-Strom 800 DE oferece um conjunto mais moderno, mais potente e com mais tecnologia embarcada, por um preço mais acessível. Para quem valoriza desempenho, versatilidade e custo-benefício, ela aparece como a melhor opção.
Já a Yamaha Ténéré 700 se apoia em sua reputação, confiabilidade e tradição no off-road. Para os puristas, fãs da robustez e da pegada Dakar da marca, a T7 ainda é uma escolha segura.
No fim, a decisão depende do perfil do motociclista. Se o objetivo for aventura com muita eletrônica e desempenho, a Suzuki ganha. Se a ideia for encarar qualquer terreno com simplicidade e confiabilidade mecânica, a Yamaha segue firme no jogo.
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