Projeto Hortas em Rede converte áreas sob linhas de transmissão em espaços produtivos e fortalece a integração social e ambiental na capital paulista
A companhia elétrica de São Paulo vem se destacando cada vez mais, pois é um verdadeiro exemplo de transformação urbana e sustentabilidade. Desde 2018, a empresa tem convertido terrenos subutilizados sob suas linhas de transmissão em hortas urbanas produtivas. Assim, o programa Hortas em Rede passou a unir geração de renda, acesso a alimentos saudáveis e fortalecimento comunitário.
Além disso, o projeto ganhou ainda mais destaque em 2024, quando a companhia apresentou resultados concretos e firmou parcerias estratégicas com organizações civis e ministérios federais. Por isso, as hortas espalhadas por regiões de alta vulnerabilidade social passaram a representar impacto ambiental positivo e inclusão social real. Dessa forma, elas se tornaram referência nacional em agricultura urbana e inovação sustentável.
Agricultura urbana impulsiona transformação social
O Simpósio Hortas em Rede, realizado em dezembro de 2024, contou com a presença de representantes dos Ministérios do Desenvolvimento Agrário, Minas e Energia e Desenvolvimento Social. Além disso, participaram instituições como Pé de Feijão e Baanko, que colaboraram com a troca de experiências e práticas sustentáveis. Durante o encontro, discutiu-se como a agricultura urbana pode transformar espaços ociosos em áreas produtivas, além de gerar oportunidades de emprego e renda.
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Ao mesmo tempo, o evento marcou o lançamento do Relato de Impacto 2024, documento que destacou os principais resultados da iniciativa. Segundo o relatório, existem 83 agricultores cadastrados e 54 hortas ativas em operação dentro da área de concessão da companhia elétrica.
Consequentemente, os dados revelam o alcance social do projeto. Cem por cento dos agricultores relataram melhora na disposição física, e 93,6% perceberam ganhos na saúde com o consumo de alimentos frescos. Além disso, 85,2% relataram maior integração comunitária, 74,1% observaram economia doméstica e 66,7% notaram aumento da fauna local.
Assim, esses números mostram que o projeto vai muito além do simples cultivo. Ele promove bem-estar, autoestima e reconexão com o meio ambiente, transformando espaços urbanos degradados em áreas produtivas e sustentáveis.
Experiências que mudam vidas nas comunidades
Durante o simpósio, agricultores compartilharam experiências que comprovam o impacto social da iniciativa. Rafael Maroni, produtor da região de São Mateus, afirmou que o cultivo de hortaliças se tornou sua principal fonte de renda e uma nova oportunidade de sustento para sua família.
Além disso, ele destacou que o trabalho nas hortas trouxe dignidade, autonomia e integração com os moradores da comunidade. Como resultado, os produtos cultivados localmente passaram a fazer parte da alimentação das famílias da região. Portanto, casos como o de Rafael reforçam a importância de iniciativas que valorizam a agricultura urbana e unem sustentabilidade, economia e inclusão social.
Apoio institucional e fortalecimento das políticas públicas
A iniciativa da companhia elétrica de São Paulo também chamou a atenção de autoridades federais. Raquel Pereira de Souza, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, afirmou que a agricultura urbana é uma ferramenta poderosa de geração de emprego e renda. Por isso, ela defendeu o fortalecimento de políticas públicas voltadas a esse tipo de projeto, principalmente nas grandes cidades.
Da mesma forma, Elisa Carvalho, pesquisadora do Ministério do Desenvolvimento Social, reforçou que ocupar áreas urbanas com hortas é essencial para garantir serviços ambientais e sociais integrados. Além disso, segundo ela, projetos assim criam um modelo sustentável de uso do solo e ajudam a combater a insegurança alimentar.
Enquanto isso, Andréa Naritza Silva Marquim de Araújo, do Ministério de Minas e Energia, observou que o programa combina eficiência energética e impacto social, algo raro em grandes centros urbanos. Assim, ela destacou que a iniciativa prova que energia e agricultura podem caminhar juntas, gerando benefícios duradouros para as comunidades.
Portanto, essas declarações reforçam o papel da companhia elétrica como agente comprometido com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e com a agenda verde nacional, integrando políticas sociais e ambientais de forma concreta.
Perspectivas de expansão e futuro sustentável
O sucesso do Hortas em Rede indica um caminho promissor para sua expansão em outras regiões do país. Segundo Luíza Haddad, fundadora do Pé de Feijão, o projeto estimula um debate urgente sobre o futuro da agricultura urbana e sua importância na criação de cidades mais inclusivas e sustentáveis.
Logo após o simpósio, os participantes visitaram as hortas ativas em São Mateus. Durante a visita, eles acompanharam a produção de hortaliças, frutas e verduras, cultivadas com técnicas ecológicas e gestão colaborativa. Dessa forma, foi possível observar de perto como a agricultura urbana pode transformar o ambiente e fortalecer os laços sociais.
Com isso, a companhia elétrica de São Paulo demonstra que a união entre poder público, iniciativa privada e sociedade civil é capaz de transformar áreas ociosas em espaços produtivos e saudáveis. Além disso, o projeto comprova que sustentabilidade e energia podem caminhar juntas para gerar desenvolvimento local.
O Hortas em Rede simboliza um novo modelo de economia verde, que integra energia, alimento e cidadania. Por fim, ele mostra que é possível redefinir o uso do espaço urbano e promover mudanças duradouras na vida das pessoas.
E você, o que acredita ser mais importante para o futuro das cidades: expandir a agricultura urbana como ferramenta de inclusão social ou ampliar as políticas públicas de sustentabilidade para transformar de vez o ambiente urbano?