“Lead time”: entenda sua influência nos resultados industriais
O “lead time”, ou tempo de resposta, é uma métrica vital na indústria, sendo capaz de aprisionar até 30% das receitas de uma organização. Ricardo Borgatti, renomado especialista do setor e parceiro na Borgatti Consulting, ressalta a urgência de aprimorar a gestão desse indicador. Este intervalo temporal entre o começo e a finalização de um conjunto de processos pode ser a chave para a saúde financeira industrial.
Ao avaliar variados estudos de caso, Borgatti identificou que algumas indústrias poderiam liberar entre R$ 15 milhões a R$ 300 milhões do seu fluxo de caixa apenas ao aprimorar a gestão do “lead time”. A pergunta é: por que as indústrias não estão capitalizando nesse potencial?
Desvendando o “lead time” no universo da manufatura
No vasto mundo da manufatura, “lead time” é um conceito multifacetado. Ele pode ser aplicado desde a reposição de insumos até a entrega final. O foco de Borgatti está principalmente no “lead time” industrial, ou seja, o tempo entre a seleção da matéria-prima e a finalização do produto para armazenamento.
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Uma gestão ineficaz aqui pode causar acúmulo de produtos semi-acabados e prontos, levando a custos crescentes de armazenagem e engessando recursos. No entanto, ao adotar estratégias de “lean manufacturing” ou manufatura enxuta, algumas empresas observaram uma redução de até 50% no “lead time”, otimizando significativamente seus inventários.
“Adotando práticas de gerenciamento avançado, muitos industriais descobriram maneiras de encurtar ainda mais o ‘lead time’, em até quatro vezes”, afirma Borgatti. E essa redução tem uma influência direta sobre o capital necessário para as operações diárias.
Tecnologia como catalisadora da eficiência
Um excelente exemplo dessa transformação é a Apsen Farmacêutica, que tem utilizado a tecnologia da Cogtive para revolucionar seus processos produtivos. Substituindo o antigo método de papel e caneta por soluções modernas, como a Internet das Coisas e a Inteligência Artificial, a empresa agora monitora toda a produção em tempo real. Como resultado, houve uma redução impressionante de 46% em seu “lead time” industrial, como apontado por Márcio Rodrigues Mendes, Gerente de Excelência Operacional da Apsen.
Os impactos do “lead time” vão além dos custos operacionais. Um longo “lead time” pode afetar negativamente a reputação e a competitividade. Por outro lado, gerenciar eficientemente esse indicador pode trazer milhões de volta para o caixa, reforçando a posição competitiva da empresa e permitindo mais investimentos em inovação e desenvolvimento.
Em resumo, em um mundo onde a rapidez e a eficiência são valorizadas, aperfeiçoar o “lead time” é mais do que uma necessidade; é um imperativo estratégico.
Fonte : Jaine Machado – Engenharia de Comunicação.