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A trajetória da JAC Motors no Brasil. A montadora do Faustão aposta em um portfólio elétrico e na picape Hunter para superar o passado e competir com as grandes.
A trajetória da JAC Motors no Brasil é uma história de resiliência e reinvenção. A marca desembarcou no país com uma forte campanha de marketing estrelada pelo apresentador Fausto Silva, o que lhe rendeu o apelido de “montadora do Faustão”. No entanto, essa estratégia agressiva não impediu que a empresa enfrentasse ceticismo e uma imagem controversa em seus primeiros anos. Hoje, a marca busca redefinir sua posição com foco em elétricos e uma nova picape média.
Conheça a complexa jornada da JAC Motors. Veremos seu início desafiador, a ousada mudança estratégica para a mobilidade elétrica e a recente aposta na picape Hunter para, finalmente, brigar de igual para igual com as gigantes do mercado.
A chegada da “montadora do Faustão” ao Brasil: marketing agressivo e a dura realidade
A JAC Motors chegou ao Brasil em março de 2011. O lançamento do compacto J3 foi apoiado por uma forte campanha de marketing estrelada pelo apresentador Fausto Silva. A promessa era oferecer carros bem equipados a preços competitivos.
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No entanto, a percepção pública logo se tornou um desafio. A associação com o apresentador, embora tenha gerado notoriedade, virou motivo de piada, especialmente quando os primeiros modelos apresentaram problemas.
Havia um ceticismo geral com a qualidade dos carros chineses, e a JAC não escapou. Relatos sobre o J3 apontavam para desgaste acentuado na transmissão e, principalmente, a grande dificuldade de encontrar peças de reposição, minando a confiança do consumidor.
A estratégia para deixar de ser piada
Diante de uma imagem desgastada, a JAC Motors tomou uma decisão audaciosa. A marca realizou um pivô estratégico, focando predominantemente em veículos elétricos (EVs). Por um período, chegou a ser a primeira a exportar exclusivamente carros totalmente elétricos para o Brasil.
Essa mudança buscou diferenciar a JAC em um mercado saturado e atrelar a marca à inovação. Um passo crucial foi a intensificação da parceria com o Grupo Volkswagen, que em 2022 adquiriu 75% da JAC chinesa. No Brasil, a campanha “Você sabia que a JAC também é Volkswagen?” foi usada para transmitir confiança e credibilidade à sua nova linha de produtos eletrificados.
A JAC Hunter entra na arena: uma ameaça à Hilux, S10 e Ranger?
No final de 2024, a JAC surpreendeu o mercado novamente. A montadora do Faustão lançou a picape Hunter T9 com motor a combustão, um retorno estratégico ao segmento de picapes médias, um dos mais lucrativos do país. Além da versão diesel, estão previstas variantes totalmente elétricas e híbridas plug-in (PHEV).
A Hunter T9 diesel chega com motor 2.0 turbodiesel de 191 cv e câmbio automático ZF de oito marchas. Seus maiores atrativos são a capacidade de carga de 1,4 tonelada e a garantia de oito anos, a mais longa do segmento. O presidente da JAC, Sérgio Habib, afirmou que foi “forçado” a lançar uma picape a diesel para competir efetivamente com gigantes como Toyota Hilux e Ford Ranger, especialmente no interior do país.
A JAC Motors conseguiu virar o jogo?
Especialistas e analistas de mercado veem a trajetória da JAC Motors com uma mistura de reconhecimento e cautela. A mudança para veículos elétricos é vista como uma estratégia inteligente para se reposicionar e construir uma nova imagem, associada à tecnologia. A JAC alcançou a 4ª posição em vendas de EVs no Brasil em 2024, um feito notável.
No entanto, o legado do passado ainda pesa. Especialistas apontam que a confiabilidade a longo prazo e a qualidade do pós-venda são os maiores desafios. A rede de concessionárias, historicamente pequena, precisa se expandir e se qualificar para dar suporte a veículos complexos como os EVs e a nova picape Hunter. A percepção do consumidor, segundo as análises, só mudará completamente com uma consistência de excelência em produtos e, principalmente, em serviços.
A reinvenção da JAC Motors no Brasil está completa?
A JAC Motors deu passos substanciais em sua reinvenção. A marca não é mais definida apenas por suas dificuldades iniciais. O sucesso no nicho de EVs e a ambiciosa aposta na picape Hunter mostram uma empresa mais madura e estratégica.
Contudo, a transformação de uma marca é uma maratona. A antiga “montadora do Faustão” ainda precisa dissipar totalmente as preocupações sobre confiabilidade e suporte ao cliente. O sucesso da Hunter será um teste decisivo. Se a picape provar ser robusta e o pós-venda, eficiente, a JAC poderá, finalmente, consolidar sua nova identidade e se tornar uma competidora respeitada no desafiador mercado brasileiro.
Posso estar errado mais acho que essa empresa não é do Faustão não se ela é japonesa.pelo que eu saiba o Faustão só faz propaganda
Eu tive o meu primeiro carro Zero que foi da JAC,e não tenho arrependimento nem um.
Pós o carro me atendeu bem durante 2 anos,depôs vendi.
Comprei um j3 em 2024 com 86.000,estou satisfeito o carro já está com 137.000,