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Combustível do futuro é sancionado: mudanças na mistura do etanol na gasolina e metas para aviação

Escrito por Rafaela Fabris
Publicado em 08/10/2024 às 14:13
Combustível do futuro é sancionado: mudanças na mistura do etanol na gasolina e metas para aviação
O que muda com o novo combustível? (Imagem: Representação)

Proposta amplia cotas mínimas de biocombustíveis em gasolina e óleo diesel e traz meta para inclusão do biometano como parcela obrigatória no gás natural

Você não vai acreditar nas mudanças que estão chegando! O presidente Lula sancionou hoje, em ato solene na Base Aérea de Brasília, o projeto do combustível do futuro, que revoluciona a mistura do etanol na gasolina e estabelece metas ambiciosas para a aviação.

Segundo o Ministério de Minas e Energia, o programa vai destravar investimentos de R$ 260 bilhões em diversas áreas, evitando a emissão de 705 milhões de toneladas de CO2 até 2037. A sanção ocorreu durante a feira Liderança Verde Brasil Expo, que demonstra as principais tecnologias de descarbonização em atividade no país.

Os avanços que teremos em razão dessa lei do ‘combustível do futuro’ são inéditos — destacou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira

Um dos grandes benefícios do projeto é o estímulo à produção de combustíveis sustentáveis, como o diesel verde, produzido a partir de gorduras de origem vegetal e animal, cana-de-açúcar, etanol e biomassas. Esses novos combustíveis vão contribuir significativamente para a redução das emissões de carbono, especialmente de veículos pesados.

Também estão no foco o incentivo ao biometano, alternativa ao gás natural usado no transporte de passageiros e cargas, e o Combustível Sustentável de Aviação (SAF), obtido de matérias-primas renováveis para uso no setor aéreo.

Mudanças nas misturas do combustível

Pelo projeto, o percentual de mistura do etanol na gasolina passa a ser de 27%, podendo o Poder Executivo ajustar entre 22% e 35%. Atualmente, a mistura varia até 27,5%, com mínimo de 18% de etanol.

Em relação ao biodiesel no diesel, atualmente em 14% desde março pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), o projeto prevê um acréscimo de um ponto percentual anualmente a partir de março de 2025, chegando a 20% em março de 2030.

A proposta também estabelece que o diesel verde terá participação volumétrica mínima obrigatória nos combustíveis, definida pelo CNPE até 2037, sem exceder 3% ao ano. O diesel verde é produzido exclusivamente de biomassa renovável.

Estocagem de carbono

O projeto cria regras para a autorização de estocagem geológica de dióxido de carbono, que envolve a injeção do gás em reservatórios geológicos através de perfuração do solo. Empresas brasileiras poderão solicitar autorização à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para realizar a atividade. A ANP será responsável por regular e fiscalizar a estocagem, garantindo segurança e eficiência no processo.

Durante a exposição na feira, os visitantes puderam conferir aeronaves das empresas aéreas Azul, Latam e Gol, além de veículos das montadoras Mercedes-Benz, Toyota, Volvo, Renault e Volkswagen. Ao todo, foram apresentados 66 veículos, incluindo caminhões, tratores, ônibus e carros de passeio, todos alinhados com as novas diretrizes do combustível do futuro.

E você, o que acha dessas mudanças na mistura do etanol na gasolina e das novas metas para a aviação? Acredita que o ‘combustível do futuro’ vai transformar o setor energético no Brasil? Deixe sua opinião nos comentários!

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Rafaela Fabris

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