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O maior investimento militar da história do Brasil: 57,2 bilhões de reais para revolucionar a defesa aérea e duplicar sua frota com caças Gripen e aviões C-390!
Em um passo histórico para o fortalecimento da defesa nacional, o Brasil anunciou um plano ambicioso para duplicar sua frota aérea com um investimento de 57,2 bilhões de reais. Esse esforço inclui a aquisição de caças Gripen e aviões C-390, proporcionando à Força Aérea Brasileira (FAB) capacidades tecnológicas e operacionais inéditas no país.
Um programa de investimentos sem precedentes
O governo brasileiro, liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, planeja destinar um total de 57,2 bilhões de reais, o que equivale a aproximadamente 10,6 bilhões de dólares, a projetos de pesquisa, desenvolvimento e aquisição de equipamentos militares. Dentro deste orçamento, um dos focos principais é a expansão da frota de caças Gripen e o apoio a projetos aeronáuticos locais, como o desenvolvimento de aeronaves de reabastecimento aéreo pela Embraer, fabricante nacional.
Este anúncio, realizado em agosto de 2023, faz parte do relançamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), uma iniciativa que já havia sido implementada durante os dois primeiros mandatos de Lula da Silva, entre 2002 e 2010. O PAC tem como objetivo revitalizar e fortalecer diversas áreas-chave para o desenvolvimento do país, com um foco especial na defesa. O programa global projeta um gasto total de 1,7 trilhões de reais em várias áreas, incluindo a defesa como pilar fundamental para a segurança e soberania nacional.
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O PAC e sua relevância na defesa
O PAC foi projetado como um programa de investimento federal que não requer aprovação do Congresso, já que é financiado diretamente com recursos do governo, além de contar com contribuições dos estados e do setor privado por meio de concessões. No entanto, o setor de defesa depende majoritariamente de fundos públicos, o que pode apresentar desafios financeiros a longo prazo. De acordo com Cristiano Noronha, vice-presidente da consultoria Arko Advice, especializada em inteligência política e análise estratégica, o sucesso deste programa ambicioso dependerá muito da capacidade fiscal do governo.
“O governo tem realizado cortes orçamentários ao longo dos anos, por isso a viabilidade desses projetos dependerá de fatores como o controle dos gastos públicos e o crescimento econômico do país”, explicou Noronha em entrevista ao veículo especializado Defense News. Ele acrescentou que, embora o plano do PAC represente uma grande oportunidade, também pode ser percebido como uma “declaração de intenções” se os obstáculos fiscais e burocráticos, que normalmente dificultam grandes projetos públicos, não forem superados.
Caças Gripen: modernizando a frota de combate
Um dos componentes mais destacados do plano é a produção e aquisição de 34 caças F-39 Gripen, o que praticamente duplicará a frota atual da Força Aérea Brasileira. O Brasil assinou um contrato inicial de 5,04 bilhões de dólares com o fabricante sueco Saab em 2014 para a compra de 36 caças Gripen, com entregas previstas até 2027. No entanto, em 2022, o acordo foi ampliado para incluir quatro unidades adicionais, totalizando 40 aeronaves. investimento
Até o momento, o Brasil recebeu seis Gripen, dos quais quatro já estão em operação. Uma parte fundamental deste acordo é a transferência de tecnologia entre engenheiros brasileiros e suecos, permitindo que o Brasil não apenas receba as aeronaves, mas também produza parte delas em território nacional. Segundo o acordo, 15 dos caças serão montados na fábrica da Embraer localizada em Gavião Peixoto, no estado de São Paulo. A inauguração da linha de produção do Gripen nesta planta foi realizada em maio de 2023, marcando um marco importante na cooperação tecnológica entre Saab e Brasil.
O ministro da Defesa, José Mucio Monteiro Filho, destacou que a renovação da frota de caças é um dos principais projetos do PAC. “O Gripen é o avião de combate mais moderno da América Latina. Esta aquisição permitirá ao Brasil aumentar significativamente sua capacidade de defesa aérea, o que é crucial dado o tamanho e a complexidade territorial do país”, afirmou o ministro durante uma coletiva de imprensa.
Expansão do C-390 Millennium e novas capacidades estratégicas
Além dos caças Gripen, outro projeto essencial no âmbito do PAC é a aquisição de nove aviões C-390 Millennium, fabricados pela Embraer. Inicialmente conhecidos como KC-390, esses aviões representam uma das plataformas mais avançadas em termos de transporte militar e podem ser adaptados para cumprir diversas funções, incluindo o reabastecimento aéreo. A Embraer também trabalha no desenvolvimento de uma nova versão do C-390 especificamente para missões de reabastecimento.
O ministro José Mucio Monteiro Filho destacou a versatilidade do C-390 durante o anúncio do PAC. “Ele não só cumpre um papel fundamental no âmbito militar, mas o C-390 também pode ser utilizado em missões de ajuda humanitária tanto a nível nacional quanto internacional, apoiando em situações de emergência e no combate a incêndios”, explicou.
O C-390 tem sido reconhecido internacionalmente por sua capacidade de operar em missões multifuncionais e sua tecnologia avançada. Esta aeronave já foi selecionada por várias forças aéreas no mundo, reforçando a reputação da Embraer como um dos principais fabricantes de aeronaves militares e comerciais a nível global.
Aeronaves Airbus A330: além do transporte militar
O governo brasileiro também revelou planos para converter dois aviões Airbus A330 em plataformas que poderão cumprir funções tanto de reabastecimento aéreo quanto de transporte aeromédico. Essas aeronaves serão destinadas a apoiar operações militares e civis, ampliando a capacidade de resposta da Força Aérea em diversas situações.
Essa decisão de converter os Airbus A330 responde à necessidade de ter uma frota mais flexível que possa ser utilizada em missões estratégicas, não apenas no contexto militar, mas também em operações de resgate e assistência médica em longas distâncias.
Um futuro de investimentos para a defesa brasileira
Com essas aquisições e o aumento significativo nas capacidades da Força Aérea Brasileira, o governo de Lula da Silva aposta em fortalecer a defesa do país, garantindo que o Brasil esteja na vanguarda em termos de tecnologia militar na América Latina. Embora o sucesso do PAC dependa de fatores econômicos e fiscais, o plano tem o potencial de transformar a estrutura militar do país, elevando sua capacidade de dissuasão e resposta em um cenário global cada vez mais complexo.
O fortalecimento da Força Aérea com aeronaves como o Gripen e o C-390 reforça o compromisso do Brasil com sua soberania e sua capacidade de projetar poder aéreo na região, garantindo que o país esteja preparado para os desafios do século XXI.
